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LIZANDRA ALVES DA SILVA

Impacto da Qualidade dos Epi´s na Saúde e Segurança dos Trabalhadores de Saúde em Hospitais

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Impacto da Qualidade dos Epi´s na Saúde e Segurança dos Trabalhadores de Saúde em Hospitais

Centro de Profissionalização e Educação Técnica

Impacto da Qualidade dos Epi´s na Saúde e Segurança dos Trabalhadores de Saúde em Hospitais

lizandra alves da silva

Resumo

A saúde do trabalhador é um assunto de grande relevância e de grande
importância no que diz respeito a qualidade e segurança de vida do profissional
da área da saúde. Todos os dias estes profissionais estão sujeitos a adquirir
vários e quaisquer tipos de infecções hospitalares, sejam elas transmitidas pelo
ar, materiais contaminados, ou até mesmo procedimentos realizados sem a
utilização adequada dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s). A
finalidade dos EPI´s é, sem dúvida, proteger. Mas, os riscos ou benefícios que
os equipamentos de proteção individual podem gerar dependerão somente da
escolha correta desses EPIs, do uso responsável e consciente pelos
colaboradores, e do apoio e fiscalização por parte dos gestores empresariais.
Sabemos que muitas infecções transmissíveis podem acarretar em doenças
graves como a Tuberculose, que na maioria dos casos é irreversível. Diante da
gravidade e do avanço de problemas e doenças relacionadas a não utilização e
ao uso inadequado dos EPI´s, é importante ressaltar que palestras preventivas
tornam-se necessárias, tendo em vista que medidas de promoção, prevenção e
vigilância deverão ser orientadas para mudar ambiente de trabalho.

Palavras-chave: Segurança do trabalho; Saúde do trabalhador; EPI´s

Abstract

Workers' health is a subject of great relevance and great importance with regard
to the quality and safety of life of healthcare professionals. Every day these
professionals are subject to acquiring various types of hospital infections,
whether transmitted through the air, contaminated materials, or even
procedures carried out without the appropriate use of Personal Protective
Equipment (PPE). The purpose of PPE is, without a doubt, to protect. However,
the risks or benefits that personal protective equipment can generate will only
depend on the correct choice of this PPE, the responsible and conscious use by
employees, and the support and supervision by business managers. We know
that many transmissible infections can lead to serious diseases such as
Tuberculosis, which in most cases is irreversible. Given the severity and
advancement of problems and illnesses related to non-use and inappropriate
use of PPE, it is important to highlight that preventive lectures become
necessary, bearing in mind that promotion, prevention and surveillance
measures must be oriented to change working environment

Keywords: Keywords: Work safety; Worker health; PPE's

Introdução

A qualidade de vida no trabalho é descrita como um conjunto de ações

que uma empresa realiza para implantar melhorias e inovações, nos âmbitos

gerencial, tecnológico e estrutural (FERREIRA, 2013; ALBUQUERQUEFRANÇA, 1998) “dentro e fora do ambiente de trabalho, visando propiciar

condições plenas de desenvolvimento humano para e durante a realização do

trabalho” (ALBUQUERQUE- FRANÇA, 1998, p. 42). Sendo assim, pode-se

dizer que uma organização deve estar interessada em oferecer uma melhor

qualidade de vida no trabalho para seus colaboradores buscando a

implantação de melhorias e inovações que irão contribuir para um ambiente

de trabalho de qualidade e mais seguro.

Neste sentido é relevante mencionar que a segurança do trabalho

analisa os diversos fatores que estão relacionados a acidentes e incidentes

nas ações de trabalho, e tem como objetivo essencial prevenir acidentes,

doenças ocupacionais e quaisquer outros danos que possam atingir a saúde

do trabalhador. A mesma alcança seu propósito quando consegue

proporcionar ao empregado e empregador um ambiente saudável e seguro

para suas atividades laborais. (BARSANO, BARBOSA, 2018).

Para Mattos et al (2011 apud BARSANO; BARBOSA, 2018, p. 23) o

reconhecimento de causas que geram a ocorrência de acidentes e doenças

ocupacionais devem ser analisadas pela segurança do trabalho juntamente

com outras ciências como, a medicina do trabalho, ergonomia, saúde

ocupacional e segurança patrimonial. Estas áreas precisam avaliar os efeitos

desses acidentes e doenças na saúde do trabalhador, e sugerir “medidas de

intervenção técnica a serem instituídas nos ambientes de trabalho”. Ainda

mais, Mattos (2019) ressalta a importância de um planejamento para o

desenvolvimento do trabalho de forma que evite perdas dos ativos tangíveis e

intangíveis, acidente de trabalho, doenças ocupacionais e outros danos à

saúde do trabalhador são expostos como perdas intangíveis.

Com relação aos acidentes de trabalho, Barsano, Barbosa (2018)

relatam que as causas destes são complexas, mas existem três fatores que

2

podem atuar diretamente ou indiretamente em um acidente, são eles: atos

inseguros, que são atos voluntários ou involuntários do trabalhador, estes atos

pode advir de: uma imprudência ou negligência; de condições inseguras, estas

são provenientes dos fatores de risco que o trabalhador está exposto e o

mesmo não tem nenhum controle; e por fim o fator pessoal de insegurança,

quando o colaborador não tem condições físicas, psíquica ou a experiência

necessária para executar as atividades laborais.

Desta forma é considerado fundamental o investimento em pesquisas

sobre o clima organizacional para conhecer e entender aspectos essenciais

sobre a motivação e satisfação dos trabalhadores, possibilitando informações

para a melhora da QVT no local de trabalho (FERREIRA, 2013).

Para Ferreira (2013) quando uma pessoa está satisfeita com o trabalho

geralmente é mais responsável e esforçada, no entanto quando se encontra

insatisfeita, propende a faltar, se atrasar, a ter baixo envolvimento e

rendimento, procurar outras oportunidades podendo até mesmo se demitir.

Desta forma, a insatisfação no trabalho pode ocasionar ao absenteísmo e a

rotatividade, também pode originar várias doenças como estresse, problemas

de coração, pressão e úlceras, devido à tensão e pressão desenvolvidas no

ambiente de trabalho, que por consequência podem gerar altos gastos com

assistência médica nas organizações.

Segundo Siqueira (2011, p. 267) cinco dimensões integra o conceito de

satisfação do trabalho:

Satisfação com o salario, com os colegas de trabalho, com a

chefia, com as promoções e com o próprio trabalho. [... A] “satisfação no

trabalho” representa a totalização do quanto o individuo que trabalha

vivência experiências prazerosas no contexto das organizações. Assim

sendo, cada uma das cinco dimensões de satisfação no trabalho

compreende um foco, uma fonte ou origem de tais experiências

prazerosas sendo, portanto, utilizadas as expressões “satisfação com ”

(o salário, os colegas, a chefia, as promoções e o próprio trabalho).

Investigar satisfação no trabalho significa avaliar o quanto os retornos

ofertados pela empresa em forma de salários e promoção, o quanto a

convivência com os colegas e as chefias e o quanto a realização das

tarefas propiciam ao empregado sentimentos gratificantes ou

prazerosos.

3

Ainda, com relação à satisfação no trabalho, Callefi, Teixeira e Santos

(2021, p. 107) assinalam:

Diversos autores encontraram relações entre uma alta

satisfação no trabalho com um melhor desempenho nas organizações

(Judge, Thoresen, Bono, Patton, 2001). Se de um lado, encontramos

intervenções promissoras em organizações para promover a satisfação

no trabalho (Harter, Schmidt, Hayes, 2002), de outro são recorrentes na

literatura os estudos que abordam os impactos do trabalho sobre a

saúde, explicitando casos em que a insatisfação e as condições laborais

podem levar ao adoecimento do indivíduo (Carlotto & Câmara, 2007;

Souza, Pereira, Oliveira, Pinho, Gonçalves, 2015).

Assim, ao tratar da qualidade de vida no trabalho é muito relevante

relacioná-la com a segurança e saúde no trabalho sendo relevante destacar

que em 1979 a (OMS) Organização Mundial da Saúde, considerou a

importância e a necessidade de propiciar programas especiais voltados para a

saúde dos trabalhadores com o objetivo de proporcionar uma melhor qualidade

de vida e trabalho nos países que estão em desenvolvimento. (FREITAS et al.,

1985 apud LACAZ, 2000)

1.1 OBJETIVO

1.1.1 Objetivos gerais

 Compreender e identificar a importância do uso dos equipamentos de

proteção individual, pela equipe de saúde, para se prevenir de possíveis riscos

e doenças presentes no ambiente hospitalar, mostrando os riscos de

exposições, os EPIs obrigatórios, suas funções e como se pode contribuir para

a diminuição dos riscos.

1.1.2 Objetivo específico

 Identificar índices, ocorrências e complicações em relação ao uso

inadequado dos EPI´s, no que diz respeito a segurança do trabalhador de

saúde;

 Observar esses casos e identificar possíveis métodos e formas para

melhor resolução do problema. Manter consciente os gestores sobre o cuidado

e a importância da falta desses EPI´s no âmbito hospitalar.

4

 Identificar problemas de causas e levar a uma solução. Visar a saúde

do trabalhador e a situação em que se encontra e mostrar métodos que sejam

eficazes e seguro para o ambiente de trabalho.

1.2 PROBLEMA

A área hospitalar, no geral, requer de uma preparação para receber

qualquer tipo de paciente em estado leve ou grave, e uma atenção redobrada

não só com uso correto dos EPI’s, mas também com a sua higienização e

descarte de materiais. Pois os perigos nessas áreas são grandes,

principalmente o de contaminação, referente a isto é preciso agir com rigidez

para que os cuidados implantados consigam garantir de forma a evitar que

esses riscos aconteçam. Os acidentes de trabalho ocorrem de formas variadas,

tais como o descuido, a pressa, a falta de EPIs, o cansaço por excesso de

trabalho, mau uso ou manuseio de equipamento, e até mesmo armazenamento

inadequado de materiais (ROCHA; OLIVEIRA; SILVA, p. 452, 2010).

Portanto, a necessidade de se falar da segurança do trabalhador na área

da saúde que não usufruem de equipamentos de proteção adequados e/ou não

sabem como fazer o uso corretamente é de extrema urgência, pois grandes

são as chances destes, acabarem sendo contaminados de diversas formas

durante uma assistência hospitalar.

Dentre os métodos de prevenção de acidentes destaca-se o uso de

equipamentos de proteção, pois estes equipamentos diminuem e/ou eliminam

os riscos e a gravidade de acidentes durante a realização das atividades

laborais. (FRAGA, et.al, p. 72, 2014).

Os equipamentos de proteção individual (EPIs) possuem enorme

importância para o trabalhador, uma vez que permitem que o profissional

desenvolva sua função de forma segura, sem colocar em risco sua saúde e

integridade física. A não utilização pode trazer resultados desastrosos não só

para o empregado, mas também para o empregador e para a população em

geral, uma vez que ocasionam o aparecimento de doenças e a ocorrência de

acidentes de trabalho, com negativas consequências econômicas e sociais.

5

1.3 JUSTIFICATIVA

No mundo em que vivemos onde a segurança do trabalhador é

prioridade, a segurança e a saúde nos ambientes de trabalho devem ser

garantidas por medidas de ordem geral e/ou específicas que assegurem a

proteção coletiva dos trabalhadores. Porém, na inviabilidade da adoção de

medidas de segurança em caráter coletivo, ou quando estas não garantem a

proteção total do trabalhador, ou ainda como uma forma adicional de proteção,

devem ser utilizados equipamentos de proteção individual (EPI).

Ampliando um pouco mais sobre a importância da utilização do EPI pelo

trabalhador, Montenegro e Santana (2010, p. 1) destacam que:

A prevenção é motivo de segurança do indivíduo no ambiente de

trabalho e é de fundamental importância, porque, sem esta prevenção,

poderão ocorrer acidentes, prejudicando não só a empresa, mais

também o operário, seus familiares e a sociedade.

Na visão de Almeida-Muradian (2002) a principal finalidade do EPI é a

de proteger a saúde do trabalhador, reduzindo os riscos que a exposição a

determinados produtos, equipamentos, ambientes podem produzir na saúde do

empregado. Ainda para esse autor, essas ferramentas de trabalho têm

importância fundamental na vida do trabalhador e do empregador e devem ser

testadas e aprovadas pela autoridade competente que é a mais adequada para

garantir sua eficácia.

Ou seja, os trabalhadores e empregadores devem estar cientes da

absoluta necessidade do uso do EPI, pois a não utilização causam transtornos

e prejuízos que afetam não só a saúde do funcionário, mas as relações

psicossociais, familiares e de trabalho, além de problemas financeiros e 16

trabalhistas para o empregador (TAVARES; SALES, 2006).

Um ponto levantado por Souza et al. (2008) quanto aos motivos do não

uso dos equipamentos de proteção é a falta de consciência da necessidade ou

falha nos treinamentos dos gestores para que possam desenvolver ou orientar

os funcionários quanto a políticas e diretrizes de segurança na empresa. Essa

orientação, mostrando que a utilização de EPIs é obrigatória, oferece

condições de trabalho dignas e protege a saúde e a integridade de quem os

6

usa corretamente. Esses gestores devem demonstrar que nenhum

empreendimento ou pessoa está livre de falhas humanas ou atos inseguros.

Nesse caso, se o trabalhador estiver protegido e respeitando a legislação, os

danos serão nulos ou bem menores com o uso dos equipamentos de proteção.

Com o objetivo de atrair a atenção para o tema, o trabalho apresentará

os problemas em relação a saúde do trabalhador e como o cuidado com os

EPI´s influenciará no ambiente hospitalar do mesmo. Ao observar a lacuna no

processo de equipamentos de proteção, abordaremos sobre como essas

questões de uso e falta influenciará na melhoria da qualidade de trabalho

seguro

REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO

Saúde do trabalhador abrange um campo de saberes e práticas com

objetivos de estudo, análise e intervenção nas relações entre trabalho, saúde

e

doença, se organizado dentro de propostas programáticas no campo da saúde

pública (LACAZ, 1996). Tais saberes são oriundos de diversas disciplinas,

dentre elas: a Clínica Médica, a Sociologia, a Psicologia, a Medicina do

Trabalho, a Psiquiatria, a Ergonomia e a Epidemiologia Social (NARDI, 1997).

Os saberes que fundamentam o campo da Saúde do trabalhador

esclarecem o uso de determinados marcos teórico-conceituais e de uma

proposta programática que estão ancorados na saúde coletiva, na Medicina

Social latino-americana e na Saúde Pública (MINAYO-GOMEZ; THEDIMCOSTA, 1997; LACAZ, 1996)

Saúde do Trabalhador traz consigo uma ótica da relação entre o trabalho

e o processo de saúde-doença que supera às condições do ambiente de

trabalho (de natureza física, química, biológica e mecânica), às doenças

ocupacionais e aos acidentes de trabalho, incluindo as relações sociais de

produção e como estas interferem neste processo. O biológico e o psíquico

interagem, formando um nexo psicofísico indissociável, cujo desequilíbrio,

mediado pelas relações sociais, pode expressar-se numa ampla e variado

gama de transtornos, classificados como doenças, mal-estares difusos,

sofrimentos e danos, que se somam às doenças ocupacionais clássicas, aos

acidentes do trabalho e às doenças relacionadas ao trabalho (CREPOP, 2007).

A Saúde do Trabalhador, portanto, propõe uma nova forma de

compreensão das relações entre trabalho e saúde e novas práticas de

atenção à saúde dos trabalhadores e de intervenção nos ambientes de

trabalho. Busca-se, sobretudo, compreender a ocorrência dos

problemas de saúde à luz das condições e dos contextos de trabalho,

tendo em vista que medidas de promoção, prevenção e vigilância

deverão ser orientadas para mudar o trabalho. Evita-se, assim, o

“psicologismo”, que explica os eventos sociais por fatores psíquicos

individuais ou a abordagem de tipo band-aid, que traduz medidas de

“natureza post hoc (reativa), como, por exemplo, aconselhamento de

trabalhadores estressados, psicoterapia individual, relaxamento ou

biofeedback” (KOMPIER; KRISTENSEN, 2003, p. 41)

8

Historicamente, a percepção coletiva dos trabalhadores de que o

trabalho por eles realizado era fonte de exploração econômica e social,

ocasionando prejuízos para a saúde e gerando adoecimento e morte, produziu

sucessivas mobilizações sociais reivindicando ao Estado sua interferência nas

relações entre patrões e empregados, com o intuito de reduzir os riscos

ocupacionais (CHAGAS, SALIM, SERVO, 2012).

Neste percurso histórico, surgem então as primeiras normas

trabalhistas na Inglaterra (Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes, de

1802), que posteriormente foram seguidas por outras semelhantes nas

demais nações em processo de industrialização (ROSEN, 1994, p. 302-

315). A criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em

1919, logo após o final da Primeira Grande Guerra, mudou

acentuadamente o ritmo e o enfoque das normas e práticas de proteção

à saúde dos trabalhadores, sendo atualmente a grande referência

internacional sobre o assunto (CHAGAS; SALIM; SERVO, 2012, p. 22)

.

No Brasil, a Constituição da República Federativa do Brasil (1988)

menciona no Art. 7º direitos trabalhistas urbanos e rurais, apontando no inciso:

XIII – “duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta

e quatro horas semanais, facultada a compensação de horários e a redução

da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”; XIV –

“jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de

revezamento, salvo negociação coletiva”; XV – “repouso semanal remunerado,

preferencialmente aos domingos”; XXII- “redução dos riscos inerentes ao

trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança”; XXIII- “adicional

de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma

da lei”; XXVIII- “seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador,

sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo

ou culpa”; XXXIII- “proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a

menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de 16 anos, salvo na

condição de aprendiz, a partir de quatorze anos”. Ainda, no seu Art 196

defende que “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante

políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de

outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a

sua promoção, proteção e recuperação” (BRASIL, 1988, s. p.).

9

Assim, as organizações brasileiras têm o dever de oferecer ambientes

de trabalho que outorguem segurança e saúde a seus colaboradores. Neste

sentido é relevante mencionar que a segurança do trabalho analisa os diversos

fatores que estão relacionados a acidentes e incidentes nas ações de trabalho,

e tem como objetivo essencial prevenir acidentes, doenças ocupacionais e

quaisquer outros danos que possam atingir a saúde do trabalhador. A mesma

alcança seu propósito quando consegue proporcionar ao empregado e

empregador um ambiente saudável e seguro para suas atividades laborais.

(BARSANO, BARBOSA, 2018).

A discussão voltada aos problemas sanitários e de saúde no Brasil foi

iniciada no período entre 1937 a 1950, provinda do movimento popular de base

e das 1ª e 2ª Conferências Nacionais de Saúde. Nestas foram abordados

temáticas referentes às legislações sobre higiene e segurança no trabalho,

como também a prestação de assistência médica sanitária e preventiva para os

trabalhadores e as gestantes (BRASIL, 2002c).

A partir de meados dos anos 70 e 80, houve o movimento de Reforma

Sanitária atrelada à reforma da saúde onde se buscava uma nova concepção

de Saúde Pública brasileira. A Saúde do Trabalhador passou a ser uma das

vertentes, pois, os reformistas eram também trabalhadores e seu lema de luta

em movimento sindical era, inclusive, a mudança por um modelo de saúde para

todos (GOMEZ, COSTA, 2007; FLEURY, 1997).

A eclosão da saúde do trabalhador se deu nesta mesma época por volta

do ano de 1986 na 1ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador no

Brasil, realizada a partir de decisões tomadas na VIII Conferência Nacional de

Saúde. Nesta conferencia como principal houve a formulação de conteúdos

para a Política Nacional de Saúde do Trabalhador. Já no ano de 1992 houve a

2ª Conferência Nacional, a qual teve como tema central a Política de Saúde do

Trabalhador e as Estratégias de Avanço e implantação do plano (BRASIL, 2001

a).

As temáticas da produção e do trabalho, nos tempos atuais, estão se

destacando em decorrência das mudanças expostas pela instabilidade ligada à

incerteza dos mercados competitivos, à flexibilidade tecnológica, à quebra dos

10

modelos administrativos tradicionais, ao progresso organizativo da classe

trabalhadora e à conscientização política das sociedades civis. Todas estas

transformações em andamento apresentam diversas inovações na prática da

gestão, gerando novos conceitos e abordagens, requerendo dos grupos

gerenciais competência e capacidade para lidar com os desafios do mercado,

integrando, para tanto, os diversos fatores organizacionais, dando ênfase

especial ao fator trabalho. Este fator se consolida na contemporaneidade como

recurso estratégico fundamental, envolvendo objetivos de maior capacidade

técnica e competência educacional, de criatividade, inovação e autonomia, de

participação dos trabalhadores nos processos de tomada de decisões e de

condições, e ambientes de trabalho seguros, ligados a valores de satisfação e

bem-estar (FERNANDES; TEIXEIRA, 1996).

Desta forma ao falar sobre qualidade de vida no trabalho não se pode

deixar de ressaltar a relevância de ambientes de trabalho seguros. Neste

sentido Mukai (2012, p. 81) afirma que a “questão da saúde e segurança no

trabalho abrange a importância da atuação socialmente responsável por parte

das empresas, no sentido de avaliar e identificar como sua atuação interfere na

qualidade de vida de seus trabalhadores.”

Para Mattos et al (2011 apud BARSANO; BARBOSA, 2018, p. 23) o

reconhecimento de causas que geram a ocorrência de acidentes e doenças

ocupacionais devem ser analisadas pela segurança do trabalho juntamente

com outras ciências como, a medicina do trabalho, ergonomia, saúde

ocupacional e segurança patrimonial. Estas áreas precisam avaliar os efeitos

desses acidentes e doenças na saúde do trabalhador, e sugerir “medidas de

intervenção técnica a serem instituídas nos ambientes de trabalho”

Ainda mais, Mattos (2019) ressalta a importância de um planejamento

para o desenvolvimento do trabalho de forma que evite perdas dos ativos

tangíveis e intangíveis. Acidente de trabalho, doenças ocupacionais e outros

danos à saúde do trabalhador são expostos como perdas intangíveis. Acreditase que para prevenir as perdas intangíveis é necessária a elaboração de

atividades e práticas sistêmicas que contribuam para o desenvolvimento do

trabalho, eliminando possíveis falhas e desvios no processo. Em vista disso,

11

para o autor é fundamental que a segurança e saúde do trabalhador sejam

integradas na gestão da organização, de forma enfática, e não somente para o

cumprimento da lei. Portanto, a existência de uma cultura de segurança no

trabalho nas organizações é muito relevante.

2.2 A IMPORTÂNCIA DOS EPI’s

Diversos são os termos utilizados para definir os EPI´s sendo a

conceituação mais aceita como todo equipamento que tem por finalidade

proteger o trabalhador, minimizando sua exposição frente a situações que

representem riscos a sua segurança e a saúde no trabalho durante a seu

exercício profissional. Contudo o uso de EPI´s não é escolha por parte do

trabalhador, mais sim uma exigência prevista na Legislação Trabalhista no

Brasil, através da NR 6, contida na Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho

(WILLIAN, 2010).

Segundo Zinet (2012) o uso de EPI´s, se refere a um comportamento de

cunho individual, que garante a proteção apenas do indivíduo que se utiliza de

tais equipamentos, desta forma não garante a segurança a nível coletivo,

chamando assim a atenção de se informar e orientar a toda a equipe de saúde

quanto a sua adesão bem como seu correto e manuseio.

Os equipamentos de proteção individuais, pré-estabelecido na NR 06,

tem como objetivo garantir a saúde e proteger o trabalhador, evitando futuras

consequências, seja leve ou grave, em casos de acidentes e/ou doenças em

seu posto de trabalho. A diversos tipos de equipamentos de proteção

individual, entre eles estão luvas, aventais, máscaras, calcados de proteção,

entre outros.

Conforme a NR32, os postos de trabalho precisaram prover de

equipamentos EPI, descartáveis ou não, em número satisfatório, de modo que

seja assegurado o imediato abastecimento ou reposição. Todos os

trabalhadores, em conformidade coma NR 32, com a probabilidade de

exposição a agentes biológicos, devem usar vestimenta (como aventais,

jalecos, entre outros) de trabalho adequado\propicio e em condições de

conforto, sendo os mesmos oferecidos sem ônus para o empregado, não

12

podendo os mesmo deixar o local de trabalho com os equipamentos de

proteção individual e as vestimentas utilizadas em suas atividades laborais

(FERNANDES; MARZIALE, 2014).

Segundo esta mesma portaria é de responsabilidade da instituição o

fornecimento, como exigir, conduzir e treinar os trabalhadores quanto ao uso

correto, assim como guardar e conservar o mesmo. Para isso, faz-se

necessário o conhecimento amplo da percepção dos profissionais de saúde

com relação a esse assunto (NEVES, 2011).

No que se refere aos EPI´s, passaram a ganhar um grande número de

adeptos mundialmente não apenas no ambiente ocupacional, como também

para a realização de atividades corriqueiras tendo em vista o preocupante

cenário proporcionado pela infecção de indivíduos pelo COVID-19, onde o uso

de tais equipamentos se apresenta como uma forma oportuna de se prevenir

e/ou evitar sua disseminação (BRASIL,2020).

O uso dos equipamentos deverá ser feito somente em últimas ocasiões,

onde não for possível aderir medidas para eliminar o(s) risco(s) presente(s).

Em outras palavras, quando as proteções coletivas não forem eficazes,

suficientes ou mesmo viáveis para a diminuição e/ou eliminação dos riscos

eminentes, de doenças profissionais e do trabalho. Sendo que todos os

equipamentos de proteção devem ser distribuídos de forma gratuita pela

empresa quando não for possível fazer essa eliminação completa dos riscos

presentes.

Há diversas profissões onde os EPIs são requisitados, sendo a área

hospitalar um deles, e nela podemos dizer que é impossível eliminar todos os

riscos eminentes, pois o local tem como um dos seus focos principais o

tratamento de pessoas doentes, assim, expondo os seus trabalhadores a riscos

biológicos em maior parte de seu tempo, riscos físicos, químicos, ergonômicopsicossociais e de acidentes diz Sheila Tetamanti, uma especialista em

Enfermagem do Trabalho (Portal Coren-SP). Assim consequentemente

obrigando os trabalhadores há utilizarem EPIs para manter a sua saúde mais

segura.

13

Um dos maiores desafios dos gestores das áreas da saúde e essa

prevenção das infecções pelos agentes contaminantes, sendo eles bactérias,

vírus e outros microrganismos. Por isso devemos capacitar os profissionais

com treinamentos sobre os cuidados, medidas de controle e o uso correto dos

EPIs para que eles sejam aptos a realizarem seu trabalho da melhor forma.

Mesmo os profissionais sejam aptos não muda o fato que eles precisam sim

recorrer aos EPIs hospitalares, para que possam realizar seu trabalho de forma

mais eficaz e segura, combatendo o grande risco de contaminação que há no

seu posto de trabalho.

2.3 TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

A utilização de determinados EPIs varia de acordo com a atividade

laboral ou mesmo os riscos à saúde e segurança do trabalhador e da estrutura

corporal no qual se deseja determinada proteção, sendo os mais comuns na

área da saúde: máscaras e filtro para proteção respiratória, óculos e viseiras

que confere proteção facial ou mesmo visual; toucas e capacetes; luvas de

procedimentos ou mesmo cirúrgicas, sapatos. Dentre estes os capacetes,

protetores auriculares, botas, além de mangas de proteção e outros inúmeros

equipamentos proporcionam a saúde, e minimizam transtornos relacionados a

acidentes de trabalho (PAIVA, 2013).

Antecedendo a utilização de qualquer equipamento de proteção deve

ocorrer criteriosamente a lavagem das mãos, que consiste na a fricção manual

e vigorosa das mãos e punhos, com o auxílio de sabão/ detergente, em

seguida realizar seu enxague em água corrente, medida aparentemente

simples e de pouca importância representa uma das principais formas de

prevenção contra infecções hospitalares (TALHAFERRO et al., 2010).

Um dos EPI´s de grande relevância aos trabalhadores da saúde, no que

se refere as Luvas de procedimento, são utilizadas sempre que haja o contato

com sangue e secreções corporais e/ou mucosa e pele não integra,

ressaltando que a equipe de enfermagem frequentemente são os primeiros a

terem o primeiro contato com os pacientes e consequentemente responsáveis

por realizar procedimentos complexos como punção venosa periférica e outros

que expões o profissional, tornando obrigatório o uso luvas para sua

14

realização, é valido ressaltar que o uso de luvas não dispensa a lavagem das

mãos antes e após a realização de qualquer procedimento (SILVA et al., 2017).

No que se refere as luvas cirúrgicas, são referenciadas para

procedimentos que priorizam uma técnica asséptica, tem por finalidade

minimizar a probabilidade de transmissão de organismos patógenos das mãos

do profissional ao campo operatório ou estéril, e assim evitar uma exposição

maior quanto a saúde do cliente (FERNANDES; MARZIALE, 2014).

O uso de máscaras também deve ser implementado no exercício

profissional, para evitar a contaminação por meio de respingo de sangue e

demais fluidos corpóreos por meio do ato de tosse ou espirros, e além dos

profissionais de saúde segundo a Lei Nº 14.019, sancionada em 2 de Julho de

2020 torna obrigatório o uso de máscaras de proteção individual para toda a

população, seja em locais públicos ou privados devido ao enfrentamento

pandemia do novo corona vírus (BRASIL, 2020).

O uso de capacetes e aventais são importantes devido a exposição de

material biológico, e superfícies contaminadas; a presença de Sapatos

fechados, para a prevenção e proteção de eventuais acidentes, bem como a

possível queda de materiais perfuro cortante em direção ao pés do profissional,

minimizando assim o contato com locais úmidos ou presença de materiais

infectante. No que se refere ao avental se encontram sob duas apresentações

o de uso diário, corriqueiramente conhecido como jaleco e o avental para a

realização de procedimentos invasivos ou capote, onde exista uma exposição

de maior complexidade de sangue e micro- organismos multirresistentes (MTE,

2015).

Óculos de Segurança é outra ferramenta de proteção, deve conter lentes

incolores e transparentes e conferem proteção aos olhos e parte da face para

eventuais contatos com secreções corpóreas e partículas voláteis em setores

emergenciais fazem parte da rotina durante a realização de procedimentos de

suturas, passagem de sondas vesicais, nasoenterais e nasogástricas (PAIVA,

2013). Com isso, uma das medidas implantadas para diminuição desses riscos

são a utilização dos EPI’s. Sendo os equipamentos mais comuns e recorrentes

da área da saúde os seguintes.

15

Logo abaixo alguns equipamentos mais importantes e indispensáveis na área

da saúde:

1. Luvas

(Em grande parte dos procedimentos realizados na área da saúde o uso

de luvas descartáveis é um dos principais métodos de proteção as mãos contra

infecções. E quando falamos de pandemia as luvas ganham um destaque

ainda maior pelo fato de se tratar de uma doença viral onde há chance de

contaminação por meio de todas as mucosas do corpo humano, principalmente

nas vias áreas, boca e olhos. Por isso o uso das luvas o uso dela e essencial

durante esse tempo, caso contrário as mãos podem acabar acumulando uma

carga viral de todas as superfícies encostadas, que sem você prestar atenção

pode acabar se auto contaminado levando as mãos nos olhos, bocas e nariz.)

2. Óculos de proteção

Os óculos serão usados na existência de riscos de excreções ou

secreções respingaram no colaborador. Protegendo os olhos contra riscos

biológicos, químicos, entre outros. Sendo que eles precisam estar de acordo

com as normas, sendo eles de acrílico, de maneira que não interfira na visão,

com proteção lateral e dispositiva para que não embace a superfície.

3. Avental

(Em maior parte de suas vezes e usados em práticas cirúrgicas. Sua

função e proteger o colaborador servindo como uma barreira contra secreções

e substancias infecciosas. E como o vírus do SARS-CoV-2 pode estar presente

na maioria das superfícies as roupas também podem acabar sendo um local

para concentração viral, por isso o uso dele durante essa pandemia também

ganhou uma importância a mais, como já dito para servir como uma barreira do

trabalhador do vírus.)

4. Máscara cirúrgica

A máscara cirúrgica e utilizada em diversos procedimentos hospitalares

como meio de combater os riscos biológicos, e evita também a transmissão de

doenças durante o contato dos pacientes e dos profissionais. Bom e como já

16

dito também o principal meio de contaminação do SARS-CoV-2 são pelas vias

áreas, portanto esse equipamento virou o principal meio de combate ao vírus.

5. Sapatos fechados

(Os sapatos fechados são usados pelos colaboradores durante o seu

cotidiano no seu meio de trabalho e também em procedimentos hospitalares.

Em locais com umidade e quantidade consideravelmente alta de material

infectante eles são indispensáveis. Além que eles estão listados nas NRs como

equipamentos de proteção essenciais.)

6. Touca - (Protege os colaboradores contra contaminantes presentes,

mas também evita a queda de cabelo durante a realização das tarefas)

7. Máscara com filtro químico

A utilização da máscara com filtro químico é somente em trabalhos onde

se precisa manipular substancias químicas tóxicas, como o próprio nome diz

projete contra os riscos químicos presente no meio hospitalar.

8. Máscara PFF2/N95

Esses tipos de máscaras protegem os colaboradores contra doenças

especificas, pois impede que os agentes nocivos presentes no ar entrem em

contato com os colaboradores da saúde, evita, por exemplo, a contaminação

da COVID-19 que e provocada pelo vírus da SARS-CoV-2 e outros como o

sarampo, a tuberculose e outra doenças.

9. Protetor facial de acrílico

Utilizado em laboratórios e durante a limpeza mecânica de instrumentos

hospitalares. Feito de acrílico para permitir a visão durante os procedimentos,

protegendo toda a face, até mesmo a parte lateral do rosto. Com isso esse

equipamento deve ser adaptado ao rosto do profissional. O vírus (SARS-CoV2) também tem potencial de contaminação em contato com os olhos, então

esse equipamento além de proteger contra respingos nos olhos, protege de

forma geral o rosto do profissional, sendo mais comum a utilização por

17

profissionais da saúde e outras profissões que mantem frequência o contato

direto com outras pessoas contaminadas.

 METODOLOGIA

 

A pesquisa é baseada no método descritivo que tem seus fundamentos

teóricos em livros e outros trabalhos acadêmicos, com referências

bibliográficas relacionadas ao tema. Dessa forma, usamos o método hipotéticodedutivo que baseia-se em resultados estáveis, de forma que corrobora ou

refuta ao objetivo central (VIEIRA et al., 2017).

Para este trabalho foi realizado um levantamento sistemático dos principais

autores da temática, foram utilizados dados documentais em artigos periódicos

e trabalhos acadêmicos. Para assim, apresentar dados relevantes quanto ao

cenário da importância dos cuidados do profissional em relação ao uso dos

EPI´s no ambiente de trabalho.

A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências

teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como

livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico

inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer

o que já se estudou sobre o assunto. (FONSECA, 2002, p. 32).

Com olhar crítico ao assunto, de forma que possa ter uma base teórica para

descrever sobre o problema já esclarecido, que é o cuidado que o profissional

da saúde deve ter no que diz respeito a necessidade de se usar equipamentos

de proteção de forma correta.

3.1 FONTE

Como o estudo de pesquisa é desenvolvido por meio de trabalhos, artigos

científicos, revistas e sites, a primeiro momento foi levantado problemas de

infecções dentro de hospitais, ações do enfermeiro quanto ao uso adequado

dos EPI´s nos setores especializados e intervenções que possam melhorar

esse quadro. Para o desenvolvimento foi realizado pesquisa em sites

disponíveis na rede de internet como: Google acadêmico, Scientific Library

Online (SciELO) e sites de universidade.

18

3.2 COLETAS DE DADOS

A coleta dos dados, foi iniciado primeiramente a leitura com caráter

eliminatório de todo o material selecionado, sendo uma leitura rápida afim de

verificar se enquadrava no interesse do trabalho. As variáveis pesquisadas

foram de natureza qualitativa. No trabalho, foram analisadas apenas as

questões que tiveram maior destaque e relevância na compreensão discussão

da temática.

Em seguida foi realizada a exclusão de algumas obras que não se

encaixavam nas especificações da pesquisa, logo foi realizado a leitura de um

total de 30 (trinta) documentos que estivessem relacionados com o tema,

correspondendo com o objetivo do trabalho. Com os trabalhos postos foi dada

prioridade nas partes de mais interesse com vista para o registro e obtenção de

uma visão de trabalho mais eficaz. Para isso nos limitamos em bases textuais

focando nas partes de mais interesse, e por fim foi registrado as informações

julgadas importantes para apresentar os resultados, a saber: autor, ano de.

3.3 ANÁLISE

A análise dos dados foi feita através das técnicas de análise fatorial

exploratória (BORGES; MEDEIROS, 2007). Apresentando os dados de forma

qualitativa, destacando os métodos, ações e intervenções em relação aos

EPI´s que o profissional de saúde deve usar para evitar doenças e transtornos

dentro do ambiente de trabalho.

Com olhar crítico ao assunto, de forma que possa ter uma base teórica

para descrever sobre o problema já esclarecido, que é o uso adequado dos

EPI´s dentro da área hospitalar e a necessidade de se falar sobre o assunto

nos dias atuais.

 RESULTADOS E DISCUSSÃO 

Figura 1 — Tabela 1 - Trabalhos analisados sobre a temática estudada.
Tabela 1 - Trabalhos analisados sobre a temática estudada.
O autor (2024).

Para a construção deste trabalho foi utilizado um total de 30 (trinta)

documentos que estivessem relacionados com a temática estudada, porém,

20

para uma análise mais aprofundada foram selecionados somente 4 (quatro)

textos bases. Os resultados alcançados possibilitaram a verificação de uma

mudança significativa no que diz respeito ao cuidado com o trabalhador ao

usar os equipamentos de proteção individual, mais especificamente os

profissionais da saúde, e o tipo de publicações fornecidas nas bases de

dado disponíveis na web.

Contudo, verificou-se que, existe uma lacuna, em se tratando de

publicações no que tange à temática referente à importância de falar sobre

os EPI´s, e a existência de poucos trabalhos sobre as preocupações da

qualidade de vida desses trabalhadores, tal resultado corrobora com o

encontrado por Mattos. (2019) que pesquisou afundo sobre a necessidade

de se falar das prevenções contra doenças e acidentes hospitalares.

Enriquecer estudos voltados a essa temática é importante, pois, além de

compreender o que se passa na vida dos trabalhadores evitando acidentes

de trabalho, auxilia significativamente na construção de um ambiente

melhor.

Assim, ao tratar da qualidade de vida no trabalho é muito relevante

relacioná-la com a segurança e saúde no trabalho sendo relevante destacar

que em 1979 a (OMS) Organização Mundial da Saúde, considerou a

importância e a necessidade de propiciar programas especiais voltados

para a saúde dos trabalhadores com o objetivo de proporcionar uma melhor

qualidade de vida e trabalho nos países que estão em desenvolvimento.

(FREITAS et al., 1985 apud LACAZ, 2000)

Analisando a tabela 1, observa-se ainda que, os trabalhos selecionados

apresentam títulos com relação pertinentes com o trabalho em tela, todavia,

seus objetivos apresentam diversas particularidades. Esse resultado tem

relação com o tipo de pesquisa adotado pelos autores, pois nem todos os

trabalhos são revisão de literatura.

 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base no trabalho exposto sobre a devida importância da utilização

dos EPIs para os profissionais da enfermagem que estão dentro dos

hospitais, pode-se dizer que foram apontados diversos aspectos diferentes,

mas ainda sim dentro do tema.

Outra coisa citada foi sobre os EPIs de maneira geral, que estão

estabelecidos dentro da norma regulamentadora N6 para garantir a saúde e

segurança do seu trabalhador em caso de não ser possível eliminar os

riscos eminente e também sobre as responsabilidades dos envolvido, seja

para o empregador, empregado ou mesmo fornecedor.

O que podemos concluir também sobre os EPIs e que em como

qualquer outra área são de extrema importância, mas especificamente na

área da saúde, eles ganharam uma relevância redobrada por conta do vírus

do SARS-CoV-2. Além também de conhecer os equipamentos necessários

para essa área conhecemos também sobre os profissionais e suas

respectivas funções. E por fim sabendo dos riscos que estão presentes e

suas respectivas medidas de controles.

Então pode-se falar de forma geral que tudo que se foi apresentado

como objetivo deste trabalho foi concluído de maneira como se foi colocado

ao inicio deste trabalho, apresentando sobre os EPIs necessários no

hospital, também sobre a conscientização do uso deles juntamente com os

riscos presente no local e as demais coisa citadas neste trabalho.

Referências

. Disponível em: https://nuria.com.br/interoperabilidade . Acesso em: 9 dez. 2024 .

. Disponível em: https://setrab.com.br/mapa-de-risco-o-que-e-como-fazer-e-por-que-e-importante-para-a-seguranca-do-trabalho/#:~:text=O%20mapa%20de%20risco%20%C3%A9%20uma%20representa%C3%A7%C3%A3o%20gr%C3%A1fica,afetar%20a%20sa%C3%BAde%20e%20a%20seguran%C3%A7a%20dos%20trabalhadores. . Acesso em: 9 dez. 2024 .

Coelho Beatriz Conclusão de trabalho: um guia completo de como fazer em 5 passos Blog Mettzer . Florianópolis , 2020 . Disponível em: https://blog.mettzer.com/conclusao-de-trabalho/ . Acesso em: 10 mai. 2021 .

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DMITRUK Hilda Beatriz   (Org.) Cadernos metodológicos diretrizes da metodologia científica . 5 ed . Chapecó : Argos , 2001 123 p .

Mettzer O melhor editor para trabalhos acadêmicos já feito no mundo Mettzer . Florianópolis , 2016 . Disponível em: http://www.mettzer.com/ . Acesso em: 21 ago. 2016 .

Naína Tumelero TCC pronto em apenas 5 passos do início à defesa . 2019 . Disponível em: https://blog.mettzer.com/tcc-pronto/ . Acesso em: 11 mai. 2021 .

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