
Centro de Profissionalização e Educação Técnica
Estudo de Caso Sobre a Importância da Utilização de Epi's na Mineração
LARA JÚLIA DA SILVA COSTA
Orientador: Adriana Moraes
Coorientador: Marcia Cristiane
Resumo
Este trabalho apresenta um estudo de caso em operações de mineração analisando as condições de trabalho no cumprimento das normas vigentes sobre o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). A pesquisa investiga os motivos, sejam eles ergonômicos ou financeiros, que levam os trabalhadores a optarem pelo não uso desses equipamentos durante a execução de suas atividades em áreas de risco. Para o desenvolvimento deste estudo, foram entrevistados um trabalhador da empresa Anglo American, que utiliza o EPI diariamente, e dois técnicos de segurança do trabalho que lidam com esses desafios diariamente.
Palavras-chave: Equipamento de proteção individual; Segurança do trabalho; Mineração.
Abstract
This work presents a case study in mining operations,analyzing working conditions in compliance with current regulations on the use of Personal Protective Equipment (PPE). The research investigates the reasons, whether ergonomic or financial, that lead workers to choose not to use this equipment while carrying out their activities in risk areas. To develop this study, a worker from the company Anglo American, who uses PPE daily, and two occupational safety technicians who deal with these challenges daily were interviewed. Keywords: Personal protective equipment; Work safety; Mining.
Keywords: Equipment for individual safety; Workplace safety;
INTRODUÇÃO
A indústria mineral contribui de maneira relevante para gerar superávits à balança comercial brasileira. O balanço apresentado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) revela que, no segundo trimestre de 2020, as exportações minerais representaram 13,9% das exportações do país, correspondendo a US$ 7,4 bilhões.
Em 2018, o Brasil exportou um volume de mais de 409 milhões de toneladas de bens minerais e gerou divisas de US$ 29,9 bilhões. Este valor representou 12,5% das exportações totais brasileiras, e 36,6% do saldo comercial. Segundo dados da Agência Nacional de Mineração (ANM), no segundo semestre de 2019, a produção do setor representou um crescimento de 20,4% em relação ao mesmo período de 2018.
Além do minério de ferro, que é o produto mais exportado, o ouro, cobre, ferronióbio, pedras naturais, alumínio e caulim também têm destaque na produção nacional. O principal mercado das exportações brasileiras da indústria extrativa mineral continua sendo a China, com participação acima de 50%. Reino Unido, Canadá e Emirados Árabes Unidos figuram entre os principais compradores do Brasil.
A mineração e a indústria extrativista representam 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e contribuem com 25% do saldo comercial do país. O Brasil é rico em recursos minerais, como alumínio, cobre, estanho, ouro, ferro, níquel, cromo, manganês, prata, tungstênio e zinco.
A mineração é uma vocação do Brasil desde o período colonial, quando a descoberta de ouro e diamantes no século XVIII transformou Minas Gerais no epicentro econômico e social do país.
No primeiro trimestre de 2024, o faturamento do setor de mineração foi de R$ 68 bilhões, com alta de 25% em relação ao mesmo período do ano anterior. Minas Gerais e o Pará foram os estados que mais se destacaram, com alta de 29% e 34%, respectivamente.
Em termos de saúde e segurança do trabalho, este é um dos setores mais perigosos para seus trabalhadores, devido às mais baixas condições de segurança que oferece aos trabalhadores, que estão sujeitos aos mais diversos tipos de riscos com potencial de acarretar acidentes. Uma vez que as condições reais dos canteiros de obra já se configuram como riscos para o trabalhador, a improvisação aliada à falta de treinamentos, mau emprego dos equipamentos de proteção individuais (EPI) e a baixa qualificação dos trabalhadores agravam o problema de segurança nas obras.
Os acidentes de trabalho contribuem negativamente para a economia do país, seja na forma de indenizações e benefícios pagos ao trabalhador em momentos em que este não está sendo um elemento produtivo, diminuindo a eficiência econômica do país, seja justamente pelo fato de que o acidente de trabalho também priva a empresa de parte de sua força de produção. Neste sentido, a saúde e segurança do trabalho se propõem a aumentar a eficiência dos processos produtivos e reduzir custos fixos governamentais e privados, simplesmente por adotar uma postura proativa e prevencionista.
Pode-se definir segurança e saúde no trabalho como um conjunto de diferentes medidas a serem tomadas que visem à prevenção de doenças e acidentes de trabalho (MELO, 2001), nas quais estas podem ser utilizadas para reconhecimento e controle de riscos associados ao ambiente de trabalho e ao processo produtivo, englobando equipamentos, procedimentos corretos de manuseio e materiais.
As Normas Regulamentadoras (NRs) são normas de segurança e saúde no trabalho criadas pelo extinto Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), atualmente Secretaria do Trabalho. Elas têm como objetivo regulamentar e estabelecer parâmetros obrigatórios para proteger o trabalhador e garantir a segurança nos ambientes laborais.
Um exemplo relevante no setor de mineração é a Norma Regulamentadora nº 22, que estabelece as diretrizes para a segurança e saúde no trabalho na indústria da mineração. Ela define medidas de controle e procedimentos para reduzir os riscos presentes nas atividades mineradoras, tanto em relação ao ambiente de trabalho quanto aos processos utilizados. Além disso, a NR 06, que trata dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), é fundamental para prevenir acidentes e minimizar lesões no corpo do trabalhador. A NR 35, que estabelece requisitos para o trabalho em altura, também é crucial, pois muitos trabalhadores da mineração estão expostos a atividades em locais elevados, como escavações profundas e operações em plataformas de mineração.
Embora a conscientização sobre a importância da segurança no setor mineral tenha aumentado nos últimos anos, os números continuam sendo alarmantes. De acordo com o Jornal BDF
“Minas Gerais e Pará são os estados brasileiros onde trabalhadores têm mais probabilidade de morrer no trabalho. Não por coincidência, eles envolvem a principal região mineradora do país.
De 2000 a 2010, a Fundação Jorge Duprat e Figueiredo (Fundacentro) constatou que o Índice Médio de Acidente Geral no Brasil foi de 8,66%. Já o indicador médio de acidente da mineração, em Minas Gerais, foi de 21,99%, quase três vezes mais que a média nacional’’.
Esse cenário reforça a necessidade urgente de um foco constante na segurança nas minas.
Os trabalhadores da mineração estão sujeitos a vários tipos de acidentes, como deslizamentos de terra, quedas de altura, soterramentos, e acidentes com equipamentos pesados. Muitas vezes, esses acidentes acontecem devido ao não uso adequado dos EPIs, seja por desconforto, falta de treinamento, ausência de conscientização sobre a importância da proteção ou até mesmo a falta de fiscalização. Portanto, é essencial que os trabalhadores do setor de mineração compreendam plenamente os riscos aos quais estão expostos e as formas de prevenção adequadas. Além disso, os EPIs devem estar sempre acessíveis e ser eficazes, sem prejudicar a execução das atividades, garantindo a segurança sem comprometer a produtividade.
Justificativa
A segurança do trabalho na mineração é fundamental para proteger os trabalhadores contra os riscos presentes no ambiente de trabalho, especialmente nas minas, onde os perigos são muitas vezes elevados. Além de proteger os trabalhadores, as medidas de segurança também resguardam os empregadores de eventuais imprevistos que possam prejudicar o andamento das operações ou gerar custos inesperados.
A saúde e segurança do trabalhador são questões de grande relevância no contexto atual, sendo um fator preponderante tanto social quanto economicamente. Por isso, a escolha deste tema se justifica pela importância de entender os motivos que levam os mineradores a se queixarem de determinados Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), o que, muitas vezes, resulta no não uso desses itens essenciais.
Os EPIs são ferramentas que permitem aos trabalhadores mineradores desempenharem suas funções de maneira mais segura. Além de melhorar as condições de segurança, o uso adequado desses equipamentos contribui para a redução de custos com interrupções nas operações e com acidentes ou doenças ocupacionais. Portanto, um EPI confortável e adequado à função exercida proporciona maior segurança, ao mesmo tempo em que contribui para a produtividade.
Nos ambientes industriais, como nas minas, o uso de EPIs é obrigatório para prevenir e controlar acidentes, tanto os mais leves quanto os graves. Esses equipamentos devem estar em perfeitas condições de uso e ser ajustados às especificidades das funções realizadas pelos trabalhadores.
O uso adequado e confortável dos EPIs gera maior proteção para os trabalhadores, o que resulta em benefícios econômicos para os empregadores e para o governo, ao reduzir os custos com acidentes e doenças ocupacionais. Isso se traduz na neutralização de riscos físicos, como lesões, e na minimização das consequências de acidentes de trabalho (GROHMANN, 2014).
A adequação dos equipamentos de proteção tem sido uma estratégia eficaz para reduzir as consequências de acidentes, promovendo uma maior aceitação por parte dos trabalhadores e tornando o uso dos EPIs mais confortável e eficiente. Embora o desenvolvimento e aprimoramento de EPIs ainda seja um tema em evolução, sua relevância no setor de mineração tem se destacado cada vez mais.
Um exemplo de sucesso na adequação de EPIs no setor de mineração pode ser observado no trabalho de Rodrigues et al. (2017), que adaptaram luvas de proteção elétrica para torná-las mais confortáveis e menos restritivas ao movimento das mãos. Essa inovação resultou em maior desempenho no trabalho dos mineradores, pois a luva adaptada oferece mais conforto e segurança.
Assim como a adequação da luva, tem-se uma segunda adequação que é a proposta de Silva (2013), em que trata de uma adequação de capacete de proteção com sistema de ventilação interno proposto
Uma terceira adequação seria a sugerida por Silva (2018), através do qual surge a possibilidade de oferecer maior proteção com uma camada de isolante térmico que além de reforçar o casco para proteção da cabeça contra impactos, possibilita maior conforto ao usuário.
REVISÃO DE LITERATURA
Para que este trabalho alcance o objetivo proposto, torna-se essencial uma contextualização teórica dos temas que o trata com propósito de fundamentar tecnicamente o estudo. Com isso os temas tratados são: História dos acidentes e evolução das condições de trabalho, Origem dos EPI 's, Tipos de capacetes de proteção, Normas regulamentadoras, em especial NR 06 (EPI), além de Pesquisas relacionadas. Estes conhecimentos serão usados como direcionamento para a análise da problemática citada neste trabalho.
Estrutura Do Trabalho
O trabalho é composto por sete capítulos principais que se resumem nesta seção.
No primeiro capítulo é apresentado uma introdução sobre o tema abordado e a justificativa de sua importância
O Capítulo 2 apresenta os objetivos deste trabalho, com foco na análise da segurança do trabalho no setor da mineração e a importância dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para a proteção dos trabalhadores.
No Capítulo 3, é desenvolvido o embasamento teórico, abordando a história da segurança no trabalho, demonstrando que essa não é uma preocupação recente. Este capítulo explora a evolução dos acidentes de trabalho e das condições de segurança nas atividades mineradoras, além do surgimento dos EPIs e dos tipos de capacetes de proteção utilizados nas minas. Também são discutidas as Normas Regulamentadoras, com especial atenção para aquelas mais relevantes para a mineração, como a NR 06 (Equipamentos de Proteção Individual), a NR 22 (Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração) e a NR 35 (Trabalho em Altura), além de outras regulamentações específicas que afetam diretamente os trabalhadores no setor minerador.
No Capítulo 4, são detalhados os métodos e materiais utilizados na pesquisa, explicando como as ferramentas e os procedimentos adotados ajudaram a alcançar os objetivos do estudo. O Capítulo 5 apresenta os resultados da pesquisa, incluindo a análise dos problemas identificados em alguns EPIs utilizados nas operações de mineração. Este capítulo também traz uma discussão sobre as deficiências observadas nos EPIs e propõe melhorias, baseadas nos dados coletados, para aumentar a eficácia e o conforto dos equipamentos no contexto minerador.
Por fim, o Capítulo 6 oferece a conclusão do trabalho, resumindo os principais achados da pesquisa e as recomendações para melhorar as condições de segurança no trabalho nas minas, com foco na adaptação e uso eficiente dos EPIs.
História dos acidentes e evolução das condições de trabalho
Que o trabalho é fonte de lesões, doenças e morte é fato conhecido desde a antiguidade. Embora de modo esparso, há citações de acidentes de trabalho em diversos documentos antigos. Há inclusive menção a um deles no Novo Testamento de Lucas, acerca do desabamento da Torre de Siloé, no qual faleceram dezoito prováveis trabalhadores (CHAGAS et al., 2011).
Desde a Antiguidade, há registros de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, mas somente no século XVIII, com Bernardino Ramazzini, surgiram estudos médicos específicos sobre o tema. A Revolução Industrial intensificou os problemas ao substituir o trabalho artesanal por maquinário, aumentando riscos e gerando jornadas exaustivas e ambientes insalubres. No século XIX, começaram a surgir leis de proteção, como a Lei das Fábricas, e, em 1919, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) foi fundada para promover condições de trabalho mais seguras.
No Brasil, as regulamentações chegaram mais tarde, especialmente após a criação do Ministério do Trabalho em 1930 e da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em 1943. O desenvolvimento de normas específicas para segurança, como as Normas Regulamentadoras (NRs), iniciou-se em 1978 e, atualmente, há 37 NRs em vigor, promovendo melhores condições para os trabalhadores.
ORIGEM DO EPI
A segurança do trabalho, como alternativa de proteção à vida, sempre acompanhou a evolução do homem, até mesmo nos momentos mais difíceis. Os princípios da segurança do trabalho remontam, praticamente, desde os primórdios. Apesar de o homem ainda não saber denominar os equipamentos e os procedimentos de segurança, os quais tinham por objetivo resguardar sua integridade física e psíquica durante os períodos de caça, ele já os utilizava, na forma de vestimentas de pele de animais, para sua proteção contra mordidas de animais peçonhentos e contra as fortes intempéries da época. (FERNANDES, 2018).
TIPOS DE CAPACETES DE PROTEÇÃO
O capacete de proteção é um dos principais EPI 's utilizados no setor da mineração, como o principal resultado deste trabalho envolve fundamentalmente este EPI, sendo assim adentramos a seguir, sobre alguns tipos de capacetes e suas funções.
O capacete de proteção é um Equipamento de Proteção Individual (EPI) essencial no setor de mineração, composto por uma copa (ou casco), aba frontal, suspensão e jugular. O casco, fabricado em material plástico rígido de alta resistência ao impacto, é projetado para desviar objetos que possam cair, direcionando-os para os lados, o que ajuda a evitar lesões no pescoço do trabalhador. A suspensão permite um ajuste preciso à cabeça, além de proporcionar conforto e amortecer os impactos (LEAL, 2009). Sua principal função é proteger a cabeça contra impactos externos diversos, minimizando os riscos de acidentes na região craniana.
O uso do capacete de proteção é obrigatório em ambientes de mineração, conforme as normas estabelecidas pela NR 06 e outras regulamentações específicas do setor, que visam garantir a segurança do trabalhador. O capacete de segurança na mineração tem como objetivo proteger a cabeça e o rosto dos profissionais expostos a riscos diários, como quedas de materiais, impactos com equipamentos, e outros perigos presentes nas minas, garantindo maior proteção nas atividades de escavação, perfuração e transporte de materiais.
Os capacetes podem ser separados em tipos, de acordo com o risco do trabalho e suas especificações. Quanto ao risco, a NR-6 classifica como: Capacete para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio, para proteção contra choques elétricos e proteção contra agentes térmicos. Quanto às especificações, tem-se a norma ABNT NBR 8221:2019, esta estabelece tipos e classes de capacetes de segurança para uso ocupacional, fixa os requisitos mínimos quanto às características físicas e de desempenho, e prescreve os ensaios para a avaliação dos referidos capacetes, os quais são destinados à proteção da cabeça contra
impactos, penetração e riscos elétricos no uso ocupacional.
Conforme a ABNT NBR 8221:2019, em geral, existem dois tipos de capacetes de segurança: classe A e classe B. A definição de qual modelo é ideal depende das condições do ambiente de trabalho e os riscos aos quais os trabalhadores estarão expostos. Os capacetes da Classe A são indicados para uso geral, e é o mais utilizado na área da mineração, este modelo também é indicado para trabalhos em altura, como resgate, alpinismo e em ambientes florestais. Sua utilização em trabalhos com rede elétrica é contraindicado. Os capacetes da Classe B possuem isolamento elétrico e são muito parecidos em forma e composição aos de Classe A. Porém, possuem maior rigidez dielétrica e tensão elétrica aplicada em sua composição, sendo adequado à atividades ligadas ao manuseio de rede elétrica. Estes modelos se subdividem em: aba total (Tipo I), aba frontal (Tipo II) ou sem aba (Tipo III).
Normas regulamentadoras (NR's)
As NR 's são normas elaboradas pelo antigo ministério do trabalho, atual secretaria dirigida pelo ministério da economia, e que em concordância com esse órgão administrativo, foram criadas com a finalidade de promover a saúde e a segurança do trabalho na empresa. Em outras palavras, tratam-se do conjunto de requisitos e procedimentos relativos à segurança e medicina do trabalho, de observância obrigatória às empresas.
As normas regulamentadoras foram criadas para o trabalhador ter segurança no trabalho e, portanto, elas têm o propósito de criar ambientes adequados, seguros e salubres, de maneira que o não cumprimento delas deriva em multas, processos judiciais e outras complicações (SANTOS et al., 2018).
Uma empresa que está aliada à segurança do trabalho, e, assim, segue a NRs de acordo com o trabalho que oferece, certamente irá reduzir acidentes de trabalho e doenças ocupacionais e ainda proteger a integridade do trabalhador. Isso porque a segurança no trabalho reduz riscos de acidentes, promove a saúde e a satisfação dos trabalhadores, melhora os resultados operacionais (GUEDES; SILVEIRA, 2017).
Para este trabalho tem-se ênfase às normas regulamentadoras, com maior predominância no setor da mineração são elas:
NR 06 - Equipamento de Proteção Individual.
NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração.
NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA): Aplica-se para a avaliação e controle de riscos ambientais, como poeira, ruído, gases e vibrações, presentes nas atividades mineradoras.
Norma regulamentadora de número 06
Conforme mencionado no item anterior, são as normas regulamentadoras da secretaria do trabalho que estipulam os principais parâmetros de segurança a serem seguidos pelo setor construtivo.
Segundo a NR 06, intitulada como Equipamento de Proteção Individual, entende-se por EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos capazes de ameaçar a sua saúde e segurança, em seu ambiente de trabalho.
É obrigação do empregador fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e, para atender a situações de emergência (ALVES, 2013).
Os Equipamentos de Proteção Individual devem ser fornecidos gratuitamente por qualquer empresa. De acordo com o item 6.6.1 da norma NR 06, o empregador pode e deve exigir que seus empregados usem os EPI 's fornecidos, desde que o EPI esteja alinhado aos riscos de cada atividade. É seu direito exigir o uso, assim como é dever do funcionário usar. Se o empregado for flagrado, por órgãos de fiscalização, sem o capacete ou qualquer equipamento de segurança obrigatório, a multa é aplicada ao empregador. É responsabilidade do empregador, quando necessário, providenciar treinamento e orientação ao trabalhador, no que diz respeito ao uso adequado e conservação de seus EPI 's. Antes de adquirir EPI 's para os empregados, é importante conferir o certificado de aprovação dele. O certificado é a garantia
de que o equipamento atende aos padrões estabelecidos em lei (GOULART, 2017).
Os trabalhadores, por sua vez, também acumulam responsabilidades em relação aos EPI 's. Dentre elas: utilizar o equipamento apenas para a finalidade a que se destina, se responsabilizar quanto à sua conservação e guarda, comunicar aos empregadores quando um dano ou alteração afetar seu uso, além de seguir todas as determinações dos empregadores sobre o seu uso (BRASIL, 2009)
Ainda na NR 06, a secretaria do trabalho apresenta, em anexo, uma lista dos equipamentos de proteção individual que devem ser disponibilizadas pelos empregadores, Logo, os principais EPI's estão organizados em conjuntos como: proteção para cabeça, para olhos e face, audição, respiração, do tronco, dos membros superiores e inferiores, do corpo inteiro e contra quedas de diferença de nível.
Com os EPI 's disponíveis para o trabalhador torna-se mais fácil a prática de atividades e execução do trabalho de maneira mais segura. Porém, por mais básico que seja o uso dos itens mencionados acima, é indiscutível que, em um ambiente com tantas pessoas, como o canteiro de obras, se torna difícil garantir que todos o façam do modo correto.
Deste modo torna-se fundamental treinar a todos os profissionais, assegurando não só que cada um deles faça o uso adequado do EPI, mas que também compreenda a sua importância (GOULART, 2017).
No entanto, mesmo com esse cuidado, é preciso ter em mente que nem todos têm esse compromisso. E que basta apenas uma pessoa desprotegida para que a segurança do ambiente esteja em risco.
Assim evidencia-se a importância de um monitoramento da distribuição e uso de EPI para melhorar a segurança no ambiente de trabalho.
Norma regulamentadora de número 22
A NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração é uma norma regulamentadora específica para o setor de mineração, com o objetivo de garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores em atividades mineradoras, tanto em minas subterrâneas quanto a céu aberto. Ela estabelece diretrizes abrangentes para o controle e a prevenção de riscos, além de definir as condições adequadas de trabalho.
Entre os principais pontos abordados pela NR 22, destacam-se:
Riscos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): A norma define os tipos de EPIs que devem ser usados pelos trabalhadores para se proteger contra os riscos específicos de cada atividade mineradora, como quedas de rochas, exposição a poeira, gases e produtos químicos.
Condições de Trabalho: Estabelece exigências para o ambiente de trabalho, incluindo ventilação adequada, sinalização de segurança, iluminação, e controle de poluentes, como poeira e ruídos.
Treinamento e Capacitação: Exige que os trabalhadores recebam treinamentos regulares sobre segurança e saúde no trabalho, com ênfase nas práticas de prevenção de acidentes e no uso correto dos EPIs.
Organização do Trabalho: A NR 22 também aborda a organização das atividades mineradoras, garantindo que sejam seguidas as melhores práticas para prevenir acidentes e doenças ocupacionais.
Segurança na operação de equipamentos: A norma regulamenta o uso e manutenção de máquinas e equipamentos, com a finalidade de minimizar os riscos durante a operação.
Plano de Emergência: Estabelece a necessidade de planos de emergência específicos para situações de risco, como desabamentos, explosões e outros acidentes graves.
Com a NR 22, o setor de mineração busca garantir condições de trabalho seguras, reduzir os riscos de acidentes e proteger a saúde dos trabalhadores expostos a ambientes potencialmente perigosos.
Lista de equipamentos de proteção individual conforme NR 22:
- Máscaras respiratórias contra gases e pós
- Protetores auriculares
- Óculos de proteção
- Capacete
- Calçados de segurança
- Luvas de segurança
- Máscara para solda
Proteção contra quedas, como cinturão e acessórios
A NR 22 também estabelece que a empresa é responsável por fornecer os EPIs, orientar sobre o seu uso e verificar o seu emprego correto. Já o uso adequado do EPI é responsabilidade do funcionário
Basta apenas uma pessoa desprotegida para que a segurança do ambiente esteja em risco.
Assim evidencia-se a importância de um monitoramento da distribuição e uso de EPI para melhorar a segurança no ambiente de trabalho.
Intitulada Programa de Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção, a NR 22 é uma das mais importantes da mineração. Esta norma estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção.
A NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração estabelece diretrizes específicas para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores no setor de mineração, tanto em atividades subterrâneas quanto a céu aberto. Assim como o PCMAT na construção civil, a mineração também exige a elaboração de programas voltados para a segurança, com foco na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.
No caso da mineração, o programa equivalente é o PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos), que deve ser elaborado para todas as atividades que envolvem risco à saúde e segurança dos trabalhadores. A implementação do PGR é responsabilidade dos empregadores e deve ser conduzida por um profissional especializado em segurança do trabalho, levando em consideração as características do ambiente minerário e os riscos específicos da atividade.
No PGR, são abordados os seguintes aspectos:
1. Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): O programa detalha as especificações dos EPIs que serão utilizados pelos trabalhadores, adequando-os aos riscos existentes nas atividades mineradoras. A NR 22 exige que os EPIs sejam fornecidos pela empresa de forma gratuita, com a garantia de que estejam em boas condições de conservação e funcionamento. O uso adequado dos EPIs é fundamental para a proteção contra riscos como impactos, quedas, poeiras, gases tóxicos e ruídos intensos, que são comuns no ambiente de mineração.
2. Treinamento e Capacitação: O PGR deve incluir programas educativos sobre prevenção de acidentes, doenças ocupacionais e o uso correto dos EPIs. Os trabalhadores devem receber treinamento adequado sobre os riscos específicos da mineração, como os riscos de soterramento, explosões e o manuseio de máquinas pesadas, para garantir sua segurança no local de trabalho.
3. Organização do Ambiente de Trabalho: O programa deve conter detalhes sobre a infraestrutura da mina, como acessos seguros, ventilação adequada, e áreas de descanso, considerando as necessidades dos trabalhadores e os riscos do ambiente. A NR 22 destaca a importância de garantir condições adequadas para a saúde dos trabalhadores, prevenindo problemas como doenças respiratórias causadas pela inalação de poeira mineral, por exemplo.
4. Prevenção de Acidentes e Doenças: A NR 22 enfatiza a necessidade de identificar e controlar os riscos nos diferentes tipos de atividades mineradoras, desde a extração até o transporte de minérios. Além do uso de EPIs, a implementação de medidas preventivas, como a inspeção constante das instalações e a manutenção dos equipamentos, são essenciais para a redução de acidentes e doenças ocupacionais, que podem afetar não apenas a saúde do trabalhador, mas também prejudicar a produtividade e gerar custos adicionais para a empresa.
A NR 09
É uma norma regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego que estabelece as diretrizes para a elaboração e implementação de programas destinados à preservação da saúde e integridade física dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais existentes nos locais de trabalho.
Os principais aspectos abordados pela NR 09 incluem:
Objetivo: O principal objetivo do PPRA é garantir a proteção da saúde dos trabalhadores, evitando que eles sejam expostos a riscos ambientais que possam causar doenças ocupacionais. Riscos ambientais incluem agentes físicos (como ruído, temperatura e radiações), químicos (substâncias tóxicas, poeiras, fumos e vapores) e biológicos (bactérias, vírus e fungos).
Elaboração e Implementação: A elaboração do PPRA deve ser feita por um profissional qualificado, geralmente o técnico ou engenheiro de segurança do trabalho. O programa deve ser adaptado às especificidades do ambiente de trabalho e à natureza das atividades realizadas pela empresa. O PPRA precisa ser revisado anualmente e sempre que houver modificações nas atividades ou instalações da empresa.
Etapas do PPRA: O programa deve ser estruturado em algumas etapas fundamentais:
Antecipação: Identificação dos riscos antes da exposição do trabalhador, com a adoção de medidas preventivas.
Reconhecimento: Identificação dos riscos no ambiente de trabalho, através de observações, medições e análises.
Avaliação: Determinação da intensidade e extensão dos riscos presentes, avaliando a exposição dos trabalhadores.
Controle: Implementação de medidas para controlar ou eliminar os riscos identificados, como a substituição de substâncias perigosas, o controle de ventilação ou a instalação de sistemas de proteção coletiva.
Responsabilidade do Empregador: A responsabilidade pela implementação do PPRA é do empregador, que deve garantir que as medidas de segurança sejam adotadas e que os trabalhadores sejam adequadamente treinados para minimizar a exposição a riscos. A empresa também é responsável por fornecer os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) necessários para a proteção dos trabalhadores.
Documentação: A NR 09 exige que o PPRA seja documentado e mantido disponível para auditoria e fiscalização, além de ser revisto periodicamente, com a atualização dos riscos e das medidas de controle adotadas.
Condições de Trabalho: O PPRA deve ser estruturado levando em consideração o ambiente de trabalho e os riscos a que os trabalhadores estão expostos, considerando a natureza da atividade e as condições específicas de cada setor (industrial, mineração, construção civil, etc.).
Em resumo, a NR 09 é uma norma essencial para a proteção da saúde e segurança dos trabalhadores, focada no controle de riscos ambientais. Ela obriga as empresas a antecipar e minimizar os riscos a que os trabalhadores estão expostos, promovendo ambientes de trabalho mais seguros e saudáveis.
Pesquisas relacionadas
Muito se tem discutido acerca da utilização do equipamento de proteção individual por parte dos operários e o que leva os operários a rejeitarem ou negligenciar o seu uso.
Na Região do Cariri, estado do Ceará, a mineração do minério calcário laminado, conhecido comercialmente como pedra Cariri, constitui a principal atividade econômica, gerando inúmeros empregos diretos e indiretos nos municípios de Nova Olinda e Santana do Cariri. A produção média anual é estimada em 80 mil toneladas (VIDAL; FERNANDES, 2007 apud MOURA et al., 2013). No entanto, a atividade de mineração e beneficiamento gera grande volume de resíduos, expondo os trabalhadores à poluição ambiental, o que compromete sua saúde e segurança em curto, médio e longo prazo. Os riscos podem resultar em lesões imediatas, doenças ocupacionais, ou até a morte, além de prejuízos legais e patrimoniais para as empresas (SEBRAE; SESI, 2005 apud VASCONCELOS et al., 2013). Na extração da pedra Cariri, essa realidade não é diferente.
Um estudo foi realizado por professores da UFCA - Universidade Federal do Cariri -
no município de Santana do Cariri-CE, por meio de realização de entrevistas com os trabalhadores da mineração da Pedra Cariri. A coleta de dados ocorreu entre os meses de junho e novembro de 2014. Buscando realizar este trabalho com uma amostragem representativa, foi calculado o número de trabalhadores a serem entrevistados, baseando se nos dados do IBGE e no índice de confiabilidade desejado (95%), assim como na margem de erro amostral esperada (5%). De acordo com o último Censo do IBGE (2010), o município de Santana do Cariri possui 109 trabalhadores envolvidos diretamente com a atividade de mineração e 15 mineradoras, segundo pesquisa de campo. Diante destes dados, o tamanho da amostra deste estudo foi de 85 mineradores. Vale destacar que a pesquisa foi realizada em todas as mineradoras do município. As informações foram coletadas por meio de uma entrevista, observação do local de trabalho e registros fotográficos.
Através das entrevistas realizadas verificou-se que a maioria das empresas oferece equipamentos de proteção individual aos mineradores (87%); no entanto, como o uso do EPI é obrigatório este resultado é preocupante, visto que 13% dos trabalhadores executam suas atividades sem nenhuma proteção individual.
Observou-se que o uso de botas e de chapéus ou bonés é frequente, no entanto os chapéus ou bonés servem apenas para amenizar os efeitos dos raios solares, não protegendo adequadamente a cabeça contra impactos ou penetração de objetos, nem contra choques elétricos.
Através das entrevistas realizadas verificou-se que a maioria das empresas oferece equipamentos de proteção individual aos moradores (87%); no entanto, como o uso do EPI é obrigatório este resultado é preocupante, visto que 13% dos trabalhadores executam suas atividades sem proteção individual.
Diante dessa verificação, os trabalhadores foram questionados quanto aos tipos de equipamentos fornecidos pelas empresas. A maioria respondeu que recebem apenas botas (71,7%); os que responderam que recebem óculos e abafador de ruídos totalizaram 30% cada. O percentual de moradores que recebem máscaras e luvas é de cerca de 20% cada. Com relação aos aventais, 13% confirmaram que era fornecido pela empresa e apenas 3% dos trabalhadores receberam capacete, sendo um percentual extremamente baixo.
Quando os trabalhadores foram questionados sobre os tipos de equipamentos que utilizavam, durante a execução das atividades, os resultados foram ainda mais alarmantes.
Os resultados desta análise concordam com as situações observadas no local de trabalho. Ao fazer uma analise verifica-se que alguns EPI, como nos casos das botas e dos aventais, possuem um percentual de utilização pelos mineradores maior que o valor percentual indicativo de fornecimento pelas empresas. Isto acontece porque alguns trabalhadores recebem o EPI de doação, ou até já possuem esses equipamentos. As empresas mineradoras devem oferecer gratuitamente os EPI aos trabalhadores, assim como devem fiscalizar o seu uso; o não cumprimento da lei os coloca numa situação sob pena de multas e processos.
Ressalta-se que os EPI fornecidos devem conter o Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho, garantindo a qualidade e aprovação do equipamento. Em caso dos equipamentos estarem sem condições de uso, os mesmos devem ser substituídos por outro em perfeito estado. Durante a realização deste estudo os moradores informaram que os equipamentos recebidos tinham baixa qualidade e curta durabilidade; e que os EPI não eram fornecidos no primeiro dia de trabalho.
METODOLOGIA
O objetivo deste trabalho foi identificar os problemas relacionados ao uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) na mineração .
Para realizar a pesquisa, foi utilizada a internet como principal fonte de dados. Foi feita uma pesquisa bibliográfica, consultando artigos acadêmicos, normas regulamentadoras, sites especializados e relatórios sobre o uso de EPIs na mineração e foi feita a análise e a descrição da pesquisa ''FRANCO, J. A. R. Dificuldades encontradas no canteiro de obras para a utilização de equipamentos proteção individual'' (EPI’s). 2017. Monografia (Engenharia de Segurança no Trabalho) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Londrina, 2017.
A pesquisa foi baseada em informações sobre as práticas de segurança nos canteiros de obras, incluindo os tipos de EPIs usados, os problemas mais comuns relatados pelos trabalhadores e as recomendações para melhorar a segurança. O estudo foi realizado sem a necessidade de contato direto com as empresas ou trabalhadores, utilizando apenas fontes online disponíveis.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Com base em estudos da NR 09 e nos demais conceitos relacionados à segurança do trabalho em mineração foi possível elencar alguns problemas de segurança associados ao uso de EPI 's, a serem sanados para que se garanta um ambiente de trabalho com uma maior proteção individual ao trabalhador.
De acordo com Luiz Cláudio Costa especialista em palestras SIPAT(2023) ‘’Os trabalhadores às vezes negligenciam o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) por vários motivos. No entanto, abordar essas preocupações e motivá-los a usar EPIs para sua segurança e bem-estar é crucial. Aqui estão 10 razões comuns pelas quais os trabalhadores não usam EPIs e sugestões para motivá-los.’’..
1. Falta de conscientização
A falta de conscientização pode contribuir para que os trabalhadores não usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Os trabalhadores podem não estar familiarizados com os perigos que enfrentam em seu ambiente de trabalho ou com o equipamento projetado para protegê-los desses perigos. Essa falta de conscientização pode resultar de várias razões, como treinamento de segurança inadequado, procedimentos de integração insuficientes, alta rotatividade de funcionários ou um ambiente de trabalho em constante evolução.
2. Desconforto
O desconforto é uma razão comum pela qual os trabalhadores podem evitar o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). O EPI desconfortável restringe o movimento ou causa irritação e pode desencorajar os funcionários a usá-lo de forma consistente. Os empregadores devem se concentrar em fornecer equipamentos ergonômicos e bem ajustados para resolver esse problema e incentivar o uso de EPI.
3. Inconveniência
Os inconvenientes causados pelos EPI podem desencorajar os trabalhadores de usá-los de forma consistente. Equipamentos pesados, volumosos e difíceis de usar podem interferir na capacidade dos trabalhadores de executar tarefas de forma eficiente e até mesmo criar riscos adicionais de segurança. Para resolver esse problema, os empregadores devem optar por EPIs leves e fáceis de usar que minimizem os obstáculos, mantendo a proteção
Proposição de melhoria nos EPI'S
O capacete é um dispositivo básico de segurança em qualquer obra, é usado para dar proteção à cabeça ou partes dela, contra impacto e penetração, deve ser provido de fendas laterais para acoplamento de protetores auriculares e faciais e ter alta resistência à penetração e boa ventilação, de maneira que ofereça conforto ao usuário. (GOUVÊA, 2018). Estes capacetes deverão possuir um Selo de Identificação da Conformidade com características definidas pelo INMETRO, de acordo com a Portaria INMETRO nº 73/2006.
Melhoria no Design e Ajuste:
Suspensão mais ergonômica: Melhorar a suspensão interna do capacete, garantindo que ele se ajuste de forma mais confortável ao formato da cabeça do trabalhador, sem causar desconforto, especialmente em jornadas longas. O ajuste adequado é crucial para a segurança e conforto.
Ajuste rápido e fácil: Implementar sistemas de ajuste de tamanho mais rápidos e fáceis, como a utilização de sistemas de catracas ou tiras elásticas, para permitir que o trabalhador possa ajustar o capacete com facilidade, mesmo em condições adversas.
Incorporação de Sistema de Ventilação:
Sistema de ventilação: Integrar um sistema de ventilação no capacete para garantir melhor circulação de ar e reduzir o acúmulo de calor dentro do equipamento. Isso é essencial para garantir o conforto do trabalhador, especialmente em ambientes de alta temperatura, comuns na mineração.
Aumento da Resistência a Impactos e Penetração:
Material mais resistente: Investir em materiais mais leves, mas de alta resistência a impactos, como compostos de plásticos reforçados ou materiais compostos que oferecem maior proteção sem aumentar o peso do capacete.
Proteção lateral e traseira: Melhorar a proteção lateral e traseira, pois muitas lesões em ambientes de mineração ocorrem nessas regiões, com quedas de pedras ou outros objetos. Capacetes com um casco mais alongado ou com protetores laterais podem ser mais eficazes.
Inclusão de Proteção Auditiva e Visual:
Integração com protetores auriculares: Incorporar protetores auriculares no capacete, oferecendo proteção contra ruídos de máquinas pesadas e explosões, comuns em minas. Isso ajudaria a reduzir os riscos de perda auditiva.
Visor integrado: A inclusão de um visor de proteção integrado (como uma viseira) pode proteger os trabalhadores de partículas no ar, poeira e substâncias químicas, que são comuns em operações de mineração. Isso proporciona uma proteção adicional sem a necessidade de usar óculos separados.
Material Anticorrosivo e Durabilidade:
Resistência à corrosão: Melhorar o revestimento do capacete, tornando-o mais resistente à corrosão e desgaste devido ao contato com substâncias agressivas ou ambientes úmidos, como os encontrados em minas subterrâneas.
Durabilidade aumentada: Utilizar materiais que aumentem a vida útil do capacete, garantindo que ele resista ao desgaste contínuo e possa ser usado por mais tempo sem perder a funcionalidade.
Sinalização e Visibilidade:
Aumentar a visibilidade: Adicionar faixas refletivas ou cores mais visíveis ao capacete para garantir que o trabalhador seja facilmente identificado, especialmente em condições de pouca luz ou em minas subterrâneas. Isso é importante para a segurança, facilitando a localização em caso de emergência.
Treinamento e Conscientização:
Treinamento sobre o uso adequado: Melhorar o treinamento sobre a utilização correta do capacete, destacando sua importância e como ajustá-lo corretamente. O uso inadequado do capacete pode comprometer a segurança do trabalhador.
Monitoramento do uso: Implementar sistemas de fiscalização para garantir que todos os trabalhadores utilizem o capacete de forma adequada e que ele esteja sempre em boas condições de uso.
Essas melhorias podem contribuir para a redução de acidentes, aumento do conforto e da eficácia do EPI, além de promover um ambiente de trabalho mais seguro na mineração.
Proposição de medida administrativa para a luva de proteção
A luva de proteção é um Equipamento de Proteção Individual (EPI) essencial na mineração, sendo usada para proteger as mãos dos trabalhadores contra diversos riscos, como abrasões, perfurações, queimaduras, choques elétricos e exposição a produtos químicos. A adoção de medidas administrativas pode complementar a eficácia desse EPI, garantindo maior segurança e conformidade. A seguir, são apresentadas algumas proposições de medidas administrativas para o uso das luvas de proteção:
Treinamento e Capacitação Contínuos:
Treinamento sobre o uso correto: Realizar treinamentos periódicos para garantir que todos os trabalhadores saibam qual tipo de luva usar para cada atividade específica e como utilizá-la corretamente. O treinamento deve abordar a importância do uso das luvas, o tipo adequado para cada risco e os cuidados necessários.
Capacitação sobre os riscos da falta de uso: Incluir no treinamento orientações sobre as consequências de não usar as luvas adequadas, como lesões nas mãos e doenças ocupacionais, sensibilizando os trabalhadores sobre os riscos e os danos que podem ser causados pela negligência.
Implementação de Procedimentos de Inspeção e Substituição:
Inspeção regular das luvas: Estabelecer procedimentos administrativos que exijam a inspeção regular das luvas de proteção, verificando sinais de desgaste, furos ou danos que possam comprometer a segurança. Essa inspeção deve ser feita antes de cada uso, e as luvas danificadas devem ser substituídas imediatamente.
Registro de uso e substituição de EPIs: Criar um sistema de controle e monitoramento, com registros de fornecimento, uso e substituição de luvas. A empresa deve acompanhar o ciclo de vida do equipamento, garantindo que os trabalhadores utilizem luvas em boas condições de uso.
Adequação ao Tipo de Atividade e Risco:
Seleção adequada de luvas: Estabelecer uma política administrativa que oriente sobre a escolha do tipo de luva de proteção adequado a cada atividade de mineração. Por exemplo, luvas resistentes a cortes para trabalho com ferramentas afiadas, ou luvas de borracha para exposição a produtos químicos.
Padronização e especificação de EPIs: Padronizar o uso de luvas de proteção de acordo com as exigências de segurança para cada função ou setor da mineração. A empresa deve especificar as luvas conforme o risco do ambiente de trabalho e garantir que o trabalhador tenha acesso a modelos adequados.
Acompanhamento de Uso e Conformidade:
Fiscalização e fiscalização rigorosa: Implementar uma política de fiscalização rigorosa sobre o uso de luvas de proteção. Supervisores e gestores devem monitorar de perto o cumprimento das normas de segurança e garantir que todos os trabalhadores utilizem as luvas de forma consistente e correta.
Disciplina para não conformidade: Estabelecer um sistema disciplinar para trabalhadores que não utilizam as luvas de proteção adequadas, com ações progressivas, como advertências e orientações. O não cumprimento das normas pode ser tratado com medidas mais severas, como suspensões, a fim de garantir a segurança de todos.
Gestão de Fornecimento e Armazenamento:
Fornecimento gratuito e periódico: Garantir que as luvas de proteção sejam fornecidas gratuitamente aos trabalhadores e em quantidade suficiente, de acordo com as necessidades e exigências da atividade. A empresa deve garantir a reposição periódica de EPIs para que os trabalhadores não utilizem luvas em mau estado de conservação.
Armazenamento adequado: Estabelecer regras para o armazenamento adequado das luvas, garantindo que sejam mantidas limpas, secas e em local apropriado. O armazenamento inadequado pode danificar o material e comprometer a proteção oferecida.
Incentivo à Participação e Feedback dos Trabalhadores:
Coleta de feedback dos trabalhadores: Implementar um sistema de feedback para que os trabalhadores possam relatar dificuldades ou desconfortos com as luvas de proteção, ajudando a identificar possíveis melhorias no tipo ou ajuste das luvas.
Incentivo à conscientização coletiva: Criar campanhas de conscientização sobre a importância do uso de EPIs, incluindo as luvas, e estimular a participação dos trabalhadores na promoção da segurança, com recompensas ou reconhecimento para aqueles que mantêm boas práticas.
Essas medidas administrativas visam otimizar o uso das luvas de proteção, garantindo que os trabalhadores estejam sempre protegidos contra os riscos da mineração. Além disso, o foco na educação, fiscalização e gestão contribui para a criação de um ambiente de trabalho mais seguro e saudável para todos.
Óculos de Proteção
O uso de óculos de proteção é um dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) mais importantes na mineração, onde os trabalhadores estão expostos a uma série de riscos, como partículas em suspensão, produtos químicos, radiação UV e radiação visível, que podem comprometer a saúde ocular. A seguir, são apresentadas propostas de melhorias para otimizar o uso e a eficácia dos óculos de proteção nas atividades de mineração:
1. Escolha Adequada do Tipo de Óculos de Proteção
Análise de riscos específicos: Realizar uma avaliação detalhada dos riscos oculares presentes em cada ambiente de trabalho dentro da mina, como poeira, radiação, partículas metálicas e produtos químicos. Com base nessa avaliação, selecionar o tipo de óculos adequado (exemplo: lentes antiembaçantes, lentes com proteção UV, lentes de segurança contra impactos, etc.).
Lentes de alta qualidade e durabilidade: Garantir que os óculos de proteção fornecidos aos trabalhadores tenham lentes de alta qualidade, capazes de resistir a impactos e abrasões, além de oferecer proteção eficiente contra os riscos identificados. Considerar o uso de lentes de policarbonato, que são mais resistentes e leves.
2. Capacitação e Treinamento
Treinamento sobre o uso correto: Implementar programas de treinamento periódicos para todos os trabalhadores sobre a importância do uso adequado dos óculos de proteção, como ajustá-los corretamente e a necessidade de usá-los durante toda a jornada de trabalho. O treinamento deve incluir informações sobre a manutenção dos óculos e os cuidados necessários.
Sensibilização sobre riscos oculares: Promover campanhas de conscientização sobre os danos permanentes que podem ocorrer nos olhos, como perda de visão, queimaduras ou lesões causadas por partículas em suspensão ou radiação. Isso pode ser feito por meio de palestras, vídeos educativos e materiais informativos.
3. Ajuste e Conforto dos Óculos
Óculos ajustáveis e ergonômicos: Investir em óculos de proteção ajustáveis e ergonômicos, que se adaptem confortavelmente ao rosto dos trabalhadores, com tiras de cabeça ajustáveis e pontas de hastes flexíveis. Óculos bem ajustados garantem que os trabalhadores usem o EPI de maneira consistente e correta, sem desconforto.
Modelos com ventilações adequadas: Considerar a adoção de modelos de óculos de proteção com sistemas de ventilação que evita o embaçamento das lentes, facilitando a visão em ambientes com alta umidade ou calor, características comuns na mineração.
4. Manutenção e Conservação
Inspeções regulares dos óculos: Estabelecer a obrigatoriedade de inspeções regulares para verificar o estado dos óculos de proteção, principalmente quanto a danos nas lentes, riscos, embaçamento excessivo ou danos nas hastes. Óculos danificados devem ser substituídos imediatamente.
Orientação para a conservação: Instruir os trabalhadores sobre a forma correta de limpar e armazenar os óculos de proteção, para evitar riscos de contaminação das lentes e desgaste prematuro. Além disso, garantir que os óculos sejam armazenados em locais adequados quando não estiverem em uso, como estojos e suportes.
5. Fornecimento e Reposição
Fornecimento regular e gratuito: A empresa deve garantir o fornecimento regular e gratuito de óculos de proteção para todos os trabalhadores, levando em consideração as necessidades individuais e as especificações de cada atividade de mineração. A reposição deve ser feita sempre que houver sinais de desgaste ou dano.
Garantia de qualidade e certificação: Certificar-se de que os óculos de proteção atendem às normas de segurança exigidas, como as da ABNT NBR 15088, que especifica as características de desempenho e qualidade dos óculos de segurança.
6. Monitoramento e Controle
Acompanhamento do uso correto dos EPIs: Implementar um sistema de monitoramento que verifique se os trabalhadores estão utilizando os óculos de proteção adequadamente. Supervisores ou responsáveis pela segurança devem fazer inspeções frequentes nos locais de trabalho e garantir que todos os funcionários estejam seguindo as orientações de segurança.
Sistema de penalidades para não conformidade: Caso o uso dos óculos de proteção seja negligenciado, aplicar um sistema disciplinar para reforçar a importância do cumprimento das normas de segurança, com advertências ou outras medidas adequadas.
7. Feedback e Melhorias Contínuas
Coleta de feedback dos trabalhadores: Criar canais para que os trabalhadores possam reportar problemas ou dificuldades com o uso dos óculos de proteção, como desconforto, problemas de visão ou falta de ajuste. Esse feedback pode ser usado para realizar ajustes na escolha ou no fornecimento dos EPIs.
Avaliação contínua do EPI: Realizar avaliações periódicas sobre a eficácia dos óculos de proteção, levando em consideração o feedback dos trabalhadores, o desempenho do EPI nas condições de trabalho e as inovações tecnológicas disponíveis para melhorar a segurança ocular.
Essas medidas visam garantir que os óculos de proteção utilizados na mineração sejam eficientes, confortáveis e adequados aos riscos aos quais os trabalhadores estão expostos. A combinação de um fornecimento de qualidade, treinamento contínuo e manutenção adequada ajudará a reduzir lesões oculares e promoverá um ambiente de trabalho mais seguro na mineração.
Conclusão
No desenvolvimento deste trabalho se buscou analisar e propor melhorias no uso de EPI’s, para diminuir os riscos de acidentes inerentes ao trabalho no canteiro de obras e proporcionar ao operário melhor conforto no uso do EPI, uma vez que a indústria da mineração é causadora de muitos acidentes no trabalho, pois a natureza de sua operação coloca seus trabalhadores expostos a fatores de risco, como calor, altura, ruídos e esforços repetitivos.
Por meio de uma análise do uso de EPI, juntamente com a análise de pesquisas feitas por vários profissionais na área, buscamos obter os principais incômodos acarretados no uso dos EPI’s, cujos resultados são necessários para um diagnóstico de identificação e posterior uso na proposta de melhoria, assim adequando-os em conformidade com as necessidades dos operários.
Através da análise de reclamações foi possível identificar os principais EPI 's que mais incomodam durante o exercício do trabalho dos operários, sendo estes: capacete, luva e óculos. Este resultado concorda com a literatura, vê-se na revisão bibliográfica que muito se tem discutido acerca da problemática que leva os operários a quererem rejeitar o uso de alguns EPI 's. Em várias abordagens, percebe-se que os operários nem sempre utilizam os EPI 's fornecidos, e quando utilizados, muitas vezes os retiram durante o trabalho, por desconforto, hábito, falta de conscientização inicial ou ainda falta de fiscalização. Para os diversos autores, os EPI 's evidenciados nas reclamações geralmente são capacetes por aquecer a cabeça e as luvas por escorregarem.
Diante disso foram apresentadas propostas de melhorias nos EPI 's, com vista a diminuir ou até sanar os problemas evidenciados.
O trabalho realizado mostrou que os EPI 's em estudo apresentam diversos incômodos físicos nos operários, que motivam muitas vezes a retirada do mesmo em algum momento do trabalho, e podem acarretar em danos à saúde e integridade física dos trabalhadores. Assim viu-se a necessidade de proposta de melhoria nos EPI 's, mostrando que o EPI adequado e melhorado de acordo com a necessidade do trabalho e do operário, é de suma importância para a segurança de cada um.
Referências
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