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JULIANA TEREZINHA DINIZ

Ergonomia e Segurança no Trabalho

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Ergonomia e Segurança no Trabalho

ERGONOMIA E SEGURANÇA NO TRABALHO

Centro de Profissionalização e Educação Técnica

ERGONOMIA E SEGURANÇA NO TRABALHO

JULIANA TEREZINHA DINIZ

Orientador: Adriana Moraes

Coorientador: Adriana Moraes

Resumo

A ergonomia e a segurança no trabalho são áreas fundamentais para garantir a saúde, bem-estar e produtividade dos trabalhadores. A ergonomia visa adaptada o trabalho às características físicas e cognitivas dos indivíduos, buscando otimizar o desempenho e prevenir lesões ocupacionais. Já a segurança no trabalho tem como objetivo identificar, avaliar e controlar os riscos de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, proporcionando um ambiente seguro e saudável. O objetivo geral deste estudo é analisar a importância da ergonomia e da segurança no trabalho e sua influência no desempenho e bem-estar dos trabalhadores, visando proporcionar ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos. No que pese os objetivos específicos: Compreender os conceitos de ergonomia e segurança no trabalho, suas definições e abordagens; investigar os principais riscos ergonômicos e de segurança presentes nos diversos setores produtivos; avaliar os impactos da ergonomia e segurança no trabalho na saúde e produtividade dos trabalhadores; Propor medidas e estratégias para promover a ergonomia e a segurança no trabalho, visando à prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. A justificativa para este estudo está na tradição da ergonomia e da segurança no trabalho para a saúde e qualidade de vida dos trabalhadores, além dos benefícios que esses aspectos podem trazer para as empresas. Para alcançar os objetivos propostos, este estudo se baseou em uma metodologia bibliográfica, envolvendo a revisão e análise de literatura científica, livros, normas técnicas e documentos relacionados à ergonomia e segurança no trabalho. Serão consultadas bases de dados especializados, como PubMed, Scopus e Google Scholar, a fim de selecionar estudos relevantes e atuais que abordam os temas padrões.

Palavras-chave: Ergonomia. Segurança no trabalho. Saúde ocupacional. Prevenção. Lesões ocupacionais.

Abstract

Ergonomics and occupational safety are fundamental areas for ensuring the health, well-being and productivity of workers. Ergonomics aims to adapt work to the physical and cognitive characteristics of individuals, seeking to optimize performance and prevent occupational injuries. Occupational safety, on the other hand, aims to identify, assess and control the risks of work-related accidents and illnesses, providing a safe and healthy environment. The general objective of this study is to analyze the importance of ergonomics and occupational safety and their influence on the performance and well-being of workers, aiming to provide healthier and more productive work environments. Regarding the specific objectives: To understand the concepts of ergonomics and occupational safety, their definitions and approaches; To investigate the main ergonomic and safety risks present in the various production sectors; To assess the impacts of ergonomics and occupational safety on the health and productivity of workers; To propose measures and strategies to promote ergonomics and occupational safety, aiming at the prevention of accidents and occupational illnesses. The justification for this study is the tradition of ergonomics and occupational safety for the health and quality of life of workers, in addition to the benefits that these aspects can bring to companies. To achieve the proposed objectives, this study was based on a bibliographic methodology, involving the review and analysis of scientific literature, books, technical standards and documents related to ergonomics and occupational safety. Specialized databases, such as PubMed, Scopus and Google Scholar, will be consulted in order to select relevant and current studies that address the standard themes.

Keywords: Ergonomics. Occupational safety. Occupational health. Prevention. Occupational injuries.

INTRODUÇÃO

A ergonomia e a segurança no trabalho são elementos fundamentais para garantir a saúde, bem-estar e eficiência dos trabalhadores em qualquer ambiente laboral. Esses conceitos têm se tornado cada vez mais relevantes em um mundo onde a qualidade de vida no trabalho é valorizada e onde acidentes e doenças ocupacionais representam sérios problemas para as empresas e para os próprios colaboradores, são dois conceitos inter-relacionados que têm como objetivo garantir a saúde, bem-estar e eficiência dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho.

A ergonomia, também conhecida como "engenharia humana", refere-se ao estudo da interação entre o ser humano e seu ambiente de trabalho. Seu objetivo é projetar os ambientes, tarefas e equipamentos de forma a adequá-los às capacidades, habilidades e recursos físicos e representados pelos trabalhadores. Isso inclui a análise e otimização de posturas, movimentos, espaços de trabalho, ferramentas e dispositivos, visando minimizar a fadiga, lesões musculoesqueléticas e outros problemas relacionados ao trabalho. A ergonomia e a segurança no trabalho são fundamentais tanto para os trabalhadores quanto para as empresas. Ao garantir condições de trabalho cumpridas, proteger-se os riscos de acidentes e doenças ocupacionais, melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e promover um ambiente mais saudável e produtivo.

Por outro lado, a segurança no trabalho é o conjunto de medidas e procedimentos adotados para prevenir acidentes, lesões e doenças ocupacionais. Envolve uma identificação e avaliação dos riscos presentes no ambiente de trabalho, bem como a implementação de medidas de controle para reduzir ou eliminar esses riscos. Isso inclui a utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs), treinamento adequado, sinalização de segurança, manutenção preventiva de máquinas e equipamentos, entre outras ações.

O objetivo geral deste estudo é analisar a importância da ergonomia e da segurança no trabalho e sua influência no desempenho e bem-estar dos trabalhadores, visando proporcionar ambientes de trabalho mais saudáveis ​​e produtivos. No que pese os objetivos específicos: Compreender os conceitos de ergonomia e segurança no trabalho, suas definições e abordagens; Investigar os principais riscos ergonômicos e de segurança presentes nos diversos setores produtivos; Avaliar os impactos da ergonomia e segurança no trabalho na saúde e produtividade dos trabalhadores; Propor medidas e estratégias para promover a ergonomia e a segurança no trabalho, visando à prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.

A justificativa para este estudo está na tradição da ergonomia e da segurança no trabalho para a saúde e qualidade de vida dos trabalhadores, além dos benefícios que esses aspectos podem trazer para as empresas. Ao compreender e aplicar princípios ergonômicos e medidas de segurança adotadas, é possível reduzir os índices de acidentes de trabalho, melhorar a satisfação dos trabalhadores, aumentar a produtividade e reduzir os custos relacionados à saúde ocupacional.

Os ambientes de trabalho frequentemente apresentam condições adversas que podem comprometer a saúde e a segurança dos trabalhadores. Posturas incorretas, mobilidade inadequada, excesso de ruído, falta de equipamentos de proteção individual (EPIs) e desconhecimento dos riscos são apenas algumas das questões que podem levar a acidentes e doenças ocupacionais. Nesse contexto, é fundamental investigar como a ergonomia e a segurança no trabalho podem ser aplicadas de forma eficiente para minimizar esses problemas.

A hipótese deste estudo é de que a adoção de princípios ergonômicos e medidas de adequação no ambiente de trabalho contribui para a redução de acidentes e doenças ocupacionais, bem como para o aumento da satisfação, produtividade e qualidade de vida dos trabalhadores.

Para alcançar os objetivos propostos, este estudo se baseou em uma metodologia bibliográfica, envolvendo a revisão e análise de literatura científica, livros, normas técnicas e documentos relacionados à ergonomia e segurança no trabalho. Serão consultadas bases de dados especializados, como PubMed, Scopus e Google Scholar, a fim de selecionar estudos relevantes e atuais que abordam os temas padrões.

Ao final deste estudo, espera-se obter um panorama claro e embasado sobre a importância da ergonomia e segurança no trabalho, assim como seus impactos na saúde e produtividade dos trabalhadores. Através da análise bibliográfica, será possível identificar medidas e estratégias eficazes para promover ambientes de trabalho mais seguros, saudáveis ​​e produtivos, esperançosos para a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, além de proporcionar maior qualidade de vida aos colaboradores.

DESENVOLVIMENTO

2.1 Conceitos de ergonomia e sua importância no ambiente de trabalho


A ergonomia é uma disciplina que busca adaptada o trabalho, o ambiente e os equipamentos às características, habilidades e limitação dos trabalhadores, visando otimizar a eficiência, a segurança e o bem-estar no ambiente de trabalho. Ela considera aspectos físicos, cognitivos, emocionais e organizacionais para garantir condições de trabalho adequadas (BRASIL, 2020).

Existem três áreas principais da ergonomia: ergonomia física, ergonomia cognitiva e ergonomia organizacional.

Ergonomia física: refere-se à adaptação dos elementos físicos do ambiente de trabalho para atender às necessidades do trabalhador. Isso inclui o projeto de mobilidade, equipamentos, posturas, movimentos e esforços físicos exigidos pelas tarefas. A ergonomia física visa reduzir a fadiga, desconforto muscular, lesões musculoesqueléticas e outros problemas de saúde relacionados ao trabalho (BRASIL, 2020).

Ergonomia cognitiva: concentra-se nos aspectos mentais e psicológicos do trabalho. Envolve o estudo da carga mental, processos de tomada de decisão, memória, atenção e interação homem-máquina. A ergonomia cognitiva busca projetar sistemas e tarefas de maneira a minimizar a sobrecarga cognitiva, facilitar a compreensão e reduzir erros (BRASIL, 2020).

Ergonomia organizacional: diz respeito à organização do trabalho, aos aspectos sociais e à gestão dos recursos humanos. Envolve o projeto de sistemas de trabalho, rotação de tarefas, horários, trabalho em equipe, cultura organizacional e políticas de segurança. A ergonomia organizacional visa melhorar a eficiência, a satisfação e o bem-estar dos trabalhadores no contexto organizacional (BRASIL, 2020).

A importância da ergonomia no ambiente de trabalho é significativa. Ao aplicar princípios ergonômicos, é possível alcançar diversos benefícios, como:

Prevenção de lesões e doenças ocupacionais: Ao adaptar o ambiente e as tarefas às capacidades e limitação dos trabalhadores, a ergonomia reduz os riscos de lesões musculoesqueléticas, distúrbios relacionados ao trabalho e outros problemas de saúde ocupacional (BARBOSA, 2011). Melhoria da eficiência e produtividade: Ao projetar o trabalho de forma ergonômica, considerando a fluidez dos movimentos, a acessibilidade aos recursos e a redução de fatores de distração, é possível aumentar a eficiência e produtividade dos trabalhadores (BARBOSA, 2011).

Aumento da satisfação dos trabalhadores: A ergonomia contribui para a melhoria do ambiente de trabalho, desconforto físico, estresse e fadiga, o que resulta em maior satisfação e bem-estar dos trabalhadores. Redução de custos: Ao prevenir lesões e doenças ocupacionais, a ergonomia pode reduzir os custos relacionados a afastamentos, tratamentos médicos e substituição de trabalhadores (BARBOSA, 2011).

Melhoria do clima organizacional: A aplicação de princípios ergonômicos promove um ambiente de trabalho saudável, seguro e respeitoso, o que contribui para um clima organizacional positivo e uma cultura de bem-estar. Em resumo, a ergonomia desempenha um papel crucial no ambiente de trabalho, garantindo a evolução das condições de trabalho às necessidades dos trabalhadores. Sua aplicação beneficia tanto os indivíduos quanto as organizações, promovendo segurança, eficiência, satisfação e saúde ocupacional (BARBOSA, 2011).

2.2 Princípios e abordagens da ergonomia: ergonomia física, cognitiva e organizacional

A ergonomia engloba diferentes princípios e abordagens para abordar as necessidades e características dos trabalhadores nos ambientes de trabalho. A seguir, serão explorados os três principais campos da ergonomia: ergonomia física, ergonomia cognitiva e ergonomia organizacional (CASTRO; AKAWA, 2016).

2.2.1 Ergonomia física: A ergonomia física concentra-se na relação entre o corpo humano e o ambiente físico de trabalho. Seu objetivo é adaptar o ambiente, os equipamentos e as tarefas às capacidades e limitações físicas dos trabalhadores. Alguns dos princípios e abordagens da ergonomia física incluem:

Postura: O design dos móveis, assentos e estações de trabalho deve promover posturas adequadas e confortáveis, minimizando a sobrecarga nos músculos e articulações (CASTRO; AKAWA, 2016).

Movimentos e exercícios: Os movimentos repetitivos, levantamento de cargas e exercícios excessivos devem ser evitados ou minimizados por meio de técnicas e equipamentos adequados, a fim de prevenir lesões musculoesqueléticas (CASTRO; AKAWA, 2016).

Layout do local de trabalho: O arranjo dos equipamentos, estações de trabalho e fluxo de trabalho deve ser projetado de maneira eficiente, permitindo a fácil realização das tarefas e minimizando a necessidade de movimentos necessários (CASTRO; AKAWA, 2016).

Condições ambientais: Aspectos como temperatura, umidade, iluminação e ruído devem ser controlados para garantir um ambiente de trabalho seguro e confortável (CASTRO; AKAWA, 2016).

2.2.2 Ergonomia cognitiva: A ergonomia cognitiva lida com os processos mentais e psicológicos envolvidos no trabalho. Seu objetivo é otimizar a interação entre o trabalhador e as tarefas cognitivas, tecnologia e ambiente de trabalho. Alguns dos princípios e abordagens da ergonomia cognitiva incluem:

Carga mental: O projeto de tarefas e sistemas deve levar em consideração a capacidade cognitiva dos trabalhadores, evitando sobrecarga mental e garantindo que as demandas cognitivas sejam adequadas ao nível de habilidade e experiência dos indivíduos (COIMBRA, et al, 2015).

Tomada de decisão: Os sistemas e interfaces devem ser projetados para facilitar a tomada de decisão eficiente e precisa, fornecendo informações claras e relevantes no momento adequado (COIMBRA, et al, 2015).

Fluxo de informações: A organização das informações e comunicações no ambiente de trabalho deve ser intuitiva, clara e adequada para evitar erros e mal-entendidos (COIMBRA, et al, 2015).

Interação humano-computador: O design de interfaces e confortável entre humanos e computadores deve ser intuitivo, amigável e adaptado às habilidades e expectativas dos usuários (COIMBRA, et al, 2015).

2.2.3 Ergonomia organizacional: A ergonomia organizacional se concentra na estrutura, políticas e processos organizacionais para promover a eficiência, satisfação e segurança no trabalho. Alguns dos princípios e abordagens da ergonomia organizacional incluem (COIMBRA, et al, 2015):

Estrutura organizacional: A estrutura da organização deve ser adequada, com clara definição de papéis e responsabilidades, para evitar sobrecarga ou falta de tarefas. Gerenciamento de recursos humanos: Práticas de recrutamento, seleção, treinamento e avaliação devem ser cumpridas para garantir que os trabalhadores possuam as habilidades necessárias para realizar suas tarefas com eficiência (FERREIRA; FERREIRA, 2019).

Cultura organizacional: A cultura da organização deve promover a segurança, cooperação, comunicação aberta e participação dos trabalhadores, valorizando o bem-estar e o envolvimento de todos. Participação dos trabalhadores: Os trabalhadores devem ser envolvidos nas decisões relacionadas ao seu trabalho, permitindo sua contribuição para melhorias nos processos, segurança e ergonomia (FERREIRA; FERREIRA, 2019).

Esses princípios e abordagens da ergonomia física, cognitiva e organizacional são essenciais para a criação de ambientes de trabalho seguros, saudáveis ​​e eficientes, levando em consideração os recursos, limitação e necessidades dos trabalhadores. A aplicação desses princípios pode melhorar a satisfação dos trabalhadores, reduzir a fadiga e as lesões relacionadas ao trabalho, além de aumentar a produtividade e o desempenho geral da organização (FERREIRA; FERREIRA, 2019).

2.3 Benefícios da aplicação da ergonomia no ambiente de trabalho

A aplicação da ergonomia no ambiente de trabalho oferece uma série de benefícios para os trabalhadores, empresas e sociedade em geral. Aqui estão alguns dos principais benefícios:

Melhoria da saúde e bem-estar dos trabalhadores: A ergonomia visa adaptada às condições de trabalho às capacidades e limitação dos trabalhadores, sentindo a ocorrência de lesões musculoesqueléticas, doenças ocupacionais e fadiga. Isso resulta em trabalho mais saudável, com maior bem-estar físico e mental (FERREIRA; FERREIRA, 2019).

Redução de acidentes de trabalho: Ao analisar e projetar os elementos do ambiente de trabalho de acordo com os princípios ergonômicos, é possível identificar e mitigar riscos de acidentes. Isso leva a uma redução na ocorrência de acidentes de trabalho, minimizando lesões e benefícios aos trabalhadores e à empresa (FERREIRA; FERREIRA, 2019).

Aumento da produtividade: Um ambiente de trabalho ergonômico fornece condições garantidas para que o trabalhador desempenhe suas tarefas de forma eficiente. Ao reduzir a fadiga, o desconforto e as distrações, a ergonomia contribui para um aumento na produtividade e qualidade do trabalho realizado (FRANCISCO; MEDEIROS, 2016).

Melhoria da satisfação e motivação dos trabalhadores: A ergonomia leva em consideração as necessidades e motivações dos trabalhadores, proporcionando um ambiente de trabalho mais confortável e adequado. Isso resultou em maior satisfação no trabalho, aumento da motivação e engajamento dos funcionários (FRANCISCO; MEDEIROS, 2016).

Redução de custos relacionados à saúde e segurança ocupacional: A implementação de medidas ergonômicas no ambiente de trabalho pode resultar em uma diminuição dos custos associados a lesões, doenças ocupacionais e afastamentos. Além disso, a redução de acidentes de trabalho também implica em economia de recursos financeiros (FRANCISCO; MEDEIROS, 2016).

Melhoria da imagem da empresa: Empresas que valorizam a saúde e segurança do trabalhador e investem em práticas ergonômicas positivas tendem a ter uma imagem corporativa positiva. Isso pode atrair e reter talentos, melhorar a aceitação da empresa e fortalecer as relações com clientes e partes interessadas (FRANCISCO; MEDEIROS, 2016).

Em resumo, a aplicação da ergonomia no ambiente de trabalho traz benefícios alcançados, incluindo melhoria da saúde e bem-estar dos trabalhadores, redução de acidentes, aumento da produtividade, maior satisfação dos funcionários e redução de custos relacionados à saúde e segurança ocupacional. Portanto, investir em ergonomia é fundamental para promover um ambiente de trabalho saudável, seguro e eficiente (FRANCISCO; MEDEIROS, 2016).

2.4 Principais riscos ergonômicos no trabalho

Existem vários riscos ergonômicos que podem afetar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. Esses riscos estão relacionados a condições alérgicas de trabalho que podem sobrecarregar o corpo e a mente, levando a lesões, doenças ocupacionais e desconforto (GOMES, 2019). A seguir, são apresentados alguns dos principais riscos ergonômicos no trabalho:

Posturas desejadas: Trabalhar em posições desconfortáveis, como permanecer sentado por longos períodos sem apoio adequado para as costas, adotar posturas repetitivas ou manter posições forçadas, pode levar a problemas musculoesqueléticos, como dores nas costas, pescoço e ombros (GOMES, 2019)

Esforços físicos excessivos: levantar, mover, puxar ou carregar cargas pesadas sem o auxílio de equipamentos adequados ou técnicas de levantamento corretos podem causar lesões na coluna vertebral, além de sobrecarregar os músculos e tendões (GOMES, 2019).

Movimentos repetitivos: Executar movimentos repetitivos com frequência, como digitação intensa, uso repetitivo de ferramentas ou operação de máquinas, pode levar a lesões por esforço repetitivo (LER) e distúrbio musculoesquelético, como tendinite e síndrome do túnel do carpo (GOMES, 2019).

Vibrações: trabalho com equipamentos que sofreram vibrações, como ferramentas elétricas ou veículos, podem causar danos aos tecidos e estruturas do corpo, causados ​​em problemas circulatórios, lesões nos nervos e desconforto (GOMES, 2019).

Condições de trabalho rigorosas: Ambientes de trabalho com temperaturas extremas, iluminação satisfatória, ruídos excessivos ou falta de ventilação podem causar desconforto, fadiga, estresse e problemas de saúde. Carga mental excessiva: Tarefas que tendem a alta demanda cognitiva, como tomada de decisões complexas, processamento de informações intensivo ou multitarefa, podem levar à fadiga mental, estresse e erros (GOMES, 2019).

Organização do trabalho desfavorável: Fatores como ritmo excessivo de trabalho, pressão por produtividade, falta de pausas adequadas, falta de autonomia e controle sobre o trabalho podem causar estresse, esgotamento e insatisfação do trabalhador. Falta de treinamento e capacitação: A falta de treinamento adequado para realizar tarefas específicas pode aumentar o risco de lesões e erros, especialmente quando não são fornecidas instruções claras sobre como realizar as tarefas de forma ergonômica (GOMES, 2019).

É importante ressaltar que esses são apenas alguns exemplos de riscos ergonômicos no trabalho, e cada local de trabalho pode apresentar riscos específicos, dependendo da natureza das tarefas realizadas. Identificar, avaliar e mitigar esses riscos é fundamental para promover um ambiente de trabalho seguro e saudável (GOMES, 2019).

2.5 Métodos e técnicas de prevenção e controle de riscos ergonômicos

Existem várias abordagens e técnicas que podem ser adotadas para prevenir e controlar os riscos ergonômicos no ambiente de trabalho. Essas medidas visam reduzir a exposição dos trabalhadores a condições adversas e promover um ambiente de trabalho saudável e seguro (GOMES; OLIVEIRA, 2012). A seguir, são apresentados alguns dos principais métodos e técnicas de prevenção e controle de riscos ergonômicos:

Análise Ergonômica do Trabalho (AET): Realizar uma análise ergonômica do trabalho é essencial para identificar os riscos e problemas ergonômicos específicos em um determinado ambiente de trabalho. Um AET envolve uma análise detalhada das tarefas, dos equipamentos, do ambiente e dos aspectos organizacionais, permitindo uma identificação de áreas de melhoria e proposição de soluções adequadas (IIDA; GUIMARÃES, 2016).

Design ergonômico: O design adequado de postos de trabalho, equipamentos e ferramentas é fundamental para prevenir riscos ergonômicos. Isso envolve considerar as características e necessidades dos trabalhadores, garantindo que os elementos do ambiente de trabalho sejam projetados de forma a minimizar a carga física e mental imposta aos trabalhadores (IIDA; GUIMARÃES, 2016).

Treinamento e capacitação: Fornecer treinamento adequado aos trabalhadores é essencial para conscientizá-los sobre os riscos ergonômicos, ensiná-los sobre as posturas corretas, técnicas de levantamento seguro, uso de equipamentos adequados e adoção de práticas de trabalho ergonômicas. O treinamento também deve abordar a importância da pausa e do descanso regular, bem como fornecer orientações sobre o autocuidado e a prevenção de lesões (IIDA; GUIMARÃES, 2016).

Implementação de pausas e rodízio de tarefas: introduzir pausas regulares durante a jornada de trabalho e promover o rodízio de tarefas entre os trabalhadores ajuda a reduzir a exposição contínua aos mesmos movimentos repetitivos ou posturas estáticas. Essas práticas auxiliam na redução da fadiga muscular e mental, permitindo a recuperação e evitando sobrecargas específicas (IIDA; GUIMARÃES, 2016).

Ergonomia organizacional: Abordar aspectos organizacionais, como a carga de trabalho, ritmo de trabalho, políticas de descanso, horários flexíveis e participação dos trabalhadores nas decisões, contribui para a prevenção de riscos ergonômicos. O envolvimento dos trabalhadores no planejamento e na organização do trabalho pode aumentar a satisfação, reduzir o estresse e promover um ambiente de trabalho saudável (INOUE; VILELA, 2014).

Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): Em alguns casos, o uso de EPIs ergonômicos pode ser necessário para proteger o trabalhador contra riscos ergonômicos específicos. Por exemplo, o uso de luvas apropriadas para proteger as mãos de vibração ou o uso de óculos ergonômicos para minimizar a fadiga visual (INOUE; VILELA, 2014).

Monitoramento e avaliação contínua: É importante monitorar e avaliar regularmente as condições de trabalho, as práticas ergonômicas e a eficácia das medidas de controle persistentes. Isso permite identificar problemas em potencial e ajustar as medidas de prevenção conforme necessárias (INOUE; VILELA, 2014).

A combinação dessas abordagens e técnicas pode ajudar a prevenir e controlar os riscos ergonômicos no ambiente de trabalho, garantindo a saúde, segurança e bem-estar dos trabalhadores. É importante que as medidas sejam adaptadas às necessidades específicas de cada local de trabalho, levando em consideração as tarefas executadas, os equipamentos utilizados e as características dos trabalhadores envolvidos (INOUE; VILELA, 2014).

2.6 Conceitos de segurança no trabalho e sua importância na prevenção de acidentes e lesões ocupacionais

A segurança no trabalho refere-se à aplicação de medidas e práticas para prevenir acidentes, lesões ocupacionais e doenças relacionadas ao trabalho. Ela envolve uma identificação, avaliação e controle dos riscos presentes no ambiente de trabalho, visando criar condições seguras e saudáveis ​​para os trabalhadores. (KONZEN, et al, 2020). Alguns conceitos importantes relacionados à segurança no trabalho são:

Identificação de riscos: Consiste em identificar os diferentes tipos de riscos presentes no ambiente de trabalho, como riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes, por meio de estimativas de segurança e análises de risco (KONZEN, et al, 2020)

Prevenção de acidentes: Envolve a implementação de medidas e controles para eliminar ou minimizar os riscos de acidentes no local de trabalho. Isso pode incluir o uso de equipamentos de proteção, adoção de práticas seguras de trabalho, treinamentos adequados e manutenção regular dos equipamentos (KONZEN, et al, 2020)

Treinamento e conscientização: É fundamental fornecer treinamento adequado aos trabalhadores para que estejam cientes dos riscos existentes, saibam como identificar situações perigosas e estejam preparados para agir de forma segura. A conscientização sobre os riscos e a importância das práticas seguras no trabalho são essenciais para a prevenção de acidentes e lesões ocupacionais (KONZEN, et al, 2020).

Equipamentos de proteção individual (EPIs): Os EPIs são dispositivos ou vestimentas que os trabalhadores devem utilizar para proteger-se contra requisitos específicos no ambiente de trabalho, como capacetes, óculos de proteção, luvas, protetores auriculares, entre outros. A correta utilização e manutenção dos EPIs são fundamentais para garantir a segurança dos trabalhadores (KONZEN, et al, 2020).

Procedimentos de emergência: É importante estabelecer procedimentos de emergência, como planos de evacuação, primeiros socorros e combate a incêndios, para garantir que os trabalhadores estejam preparados para lidar com situações de risco iminente ou emergência (KONZEN, et al, 2020).

A importância da segurança no trabalho na prevenção de acidentes e lesões ocupacionais não pode ser subestimada. Além de proteger a saúde e o bem-estar dos trabalhadores, a implementação de práticas de segurança adotadas também traz benefícios para as empresas, como redução de custos com acidentes de trabalho, aumento da produtividade e melhoria da imagem e prestação da organização. A segurança no trabalho é um investimento essencial para criar um ambiente de trabalho seguro, saudável e produtivo (KONZEN, et al, 2020).

2.7 Identificação e avaliação de riscos de segurança no trabalho: análise de riscos, identificação de perigos, análise de falhas, entre outros

A identificação e avaliação de riscos de segurança no trabalho são processos fundamentais para a prevenção de acidentes e promoção de um ambiente de trabalho seguro. Esses processos envolvem várias técnicas e ferramentas que auxiliam na análise dos perigos e riscos existentes (KROEMER; GRANDJEAN, 2005). Alguns métodos comuns usados ​​são:

Análise de Riscos: A análise de riscos é um processo sistemático de identificação, análise e avaliação dos riscos presentes no ambiente de trabalho. Ela envolve a identificação dos perigos potenciais, a probabilidade da probabilidade de ocorrência e a avaliação das consequências associadas. A análise de riscos pode ser realizada por meio de métodos qualitativos ou quantitativos (MARTINS, 2017).

Identificação de Perigos: Consiste em identificar as fontes de perigo ou condições que têm o potencial de causar danos aos trabalhadores. Isso pode incluir riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. A identificação de perigos pode ser realizada por meio de inspeções de segurança, observação dos processos de trabalho, análise de incidentes passados ​​e consulta aos trabalhadores (MARTINS, 2017).

Análise de Falhas: A análise de falhas, também conhecida como análise de causa raiz, é uma técnica utilizada para identificar as causas subjacentes de um acidente ou incidente de segurança. Ela envolve uma investigação minuciosa das circunstâncias que levaram ao incidente, com o objetivo de identificar as falhas nos sistemas, nos procedimentos ou nas ações humanas que falam para o ocorrido (MARTINS, 2017).

Listas de verificação de segurança: As listas de verificação são listas de verificação que contêm itens específicos relacionados à segurança no trabalho. Essas listas auxiliam na identificação de perigos potenciais e na verificação do cumprimento dos requisitos de segurança. As listas de verificação podem ser utilizadas em inspeções de segurança regulares para garantir que todas as áreas e processos sejam considerados de forma abrangente (MARTINS, 2017).

Avaliação de Consequências: A avaliação de consequências envolve a análise dos possíveis efeitos dos riscos identificados. Isso inclui a avaliação das lesões ou danos que podem ocorrer em caso de acidente, bem como as instrutoras para os trabalhadores, a empresa e o meio ambiente. A avaliação de consequências auxilia na priorização das medidas de controle e na tomada de decisões para reduzir os riscos (MÁSCULO; VIDAL, 2011).

Essas são apenas algumas das técnicas utilizadas na identificação e avaliação de riscos de segurança no trabalho. É importante adaptar os métodos de acordo com as necessidades e características específicas de cada local de trabalho. O objetivo principal é identificar os perigos, analisar os riscos associados e implementar medidas de controle para prevenir acidentes e garantir um ambiente de trabalho seguro (MATTOS; MÁSCULO, 2011).

2.8 Medidas de controle e prevenção de riscos de segurança: uso de EPIs, normas e regulamentos de segurança, treinamento em segurança, manutenção preventiva de máquinas e equipamentos

A implementação de medidas de controle e prevenção de riscos de segurança é essencial para garantir um ambiente de trabalho seguro. Existem diversas estratégias e práticas que podem ser adotadas para minimizar os riscos de acidentes e lesões ocupacionais (RESENDE, 2019). A seguir, são desenvolvidas algumas das principais medidas de controle e prevenção:

Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): Os EPIs são dispositivos, equipamentos ou vestimentas utilizadas pelos trabalhadores para proteger-se contra riscos específicos presentes no ambiente de trabalho. Exemplos comuns incluem capacetes, óculos de proteção, luvas, protetores auriculares e calçados de segurança. A utilização correta dos EPIs, conforme instruções e orientações fornecidas, é fundamental para garantir a proteção dos trabalhadores (RESENDE, 2019).

Normas e Regulamentos de Segurança: O cumprimento das normas e regulamentos de segurança é fundamental para prevenir acidentes e lesões. As legislações trabalhistas e as regulamentações específicas para cada setor estabelecem diretrizes e requisitos de segurança que devem ser seguidos pelas empresas. É importante que as organizações sigam e implementem essas normas, garantindo que os padrões de segurança sejam atendidos (RESENDE, 2019).

Treinamento em Segurança: Fornecer treinamento adequado aos trabalhadores é essencial para conscientizá-los sobre os riscos existentes e as medidas de segurança a serem adotadas. O treinamento em segurança deve abordar aspectos como o uso correto dos EPIs, procedimentos de emergência, práticas seguras de trabalho, identificação de perigos e importância da prevenção de acidentes. Os trabalhadores devem ser capazes de reconhecer e lidar com situações de risco no ambiente de trabalho (RESENDE, 2019).

Manutenção Preventiva de Máquinas e Equipamentos: A manutenção regular e preventiva de máquinas e equipamentos é fundamental para garantir que eles estejam em condições seguras de operação. A falta de manutenção adequada pode levar a falhas, mau funcionamento e acidentes. As empresas devem implementar programas de manutenção preventiva, realizando inspeções periódicas, substituição, substituição de peças desgastadas e reparos quando necessário (RESENDE, 2019).

Sinalização de Segurança: A utilização adequada de sinalização de segurança, como placas, sinais luminosos e marcações no piso, ajuda a alertar os trabalhadores sobre riscos específicos e orienta-los sobre as medidas de segurança a serem adotadas em certas áreas ou situações. A sinalização deve ser clara, visível e compreensível para todos os trabalhadores (RESENDE, 2019).

Participação dos Trabalhadores: Incentivar a participação ativa dos trabalhadores na identificação de riscos e na proposição de medidas de controle é fundamental para promover uma cultura de segurança. Os trabalhadores estão em contato direto com as atividades treinadas e podem oferecer insights valiosos para a melhoria das práticas de segurança. A consulta e o envolvimento dos trabalhadores nas decisões relacionadas à segurança ocorreram para a eficácia (RESENDE, 2019).

É importante ressaltar que as medidas de controle e prevenção devem ser adaptadas às características e necessidades específicas de cada local de trabalho. Um programa eficaz de segurança no trabalho deve ser contínuo, envolvendo estimativas regulares de riscos, revisão das medidas implementadas e busca constante por melhorias na segurança e saúde dos trabalhadores (RESENDE, 2019).

2.9 Legislação e normas relacionadas à ergonomia e segurança no trabalho: leis trabalhistas, normas técnicas, diretrizes internacionais

No Brasil, existem diversas leis, normas técnicas e diretrizes relacionadas à ergonomia e segurança no trabalho (RESENDE, 2019). A seguir, são mencionadas algumas das principais referências alcançadas no país:

  1. Normas Regulamentadoras (NRs): As Normas Regulamentadoras, residentes pelo Ministério do Trabalho e Emprego, são um conjunto de regulamentos que estabelecem requisitos mínimos de segurança e saúde ocupacional. Algumas NRs relevantes para ergonomia e segurança no trabalho incluem:
  • NR 6: Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
  • NR 9: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)
  • NR 17: Ergonomia
  • NR 18: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
  • NR 32: Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde

Essas são apenas algumas das NRs relacionadas ao tema, e cada uma delas apresenta requisitos específicos para prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.

  1. ABNT NBR ISO 45001: A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) adota diversas normas internacionais, como a ISO 45001, que trata de sistemas de gestão de saúde e segurança ocupacional. Essa norma fornece orientações e requisitos para estabelecer, implementar e melhorar um sistema de gestão de segurança e saúde no trabalho.
  2. Portaria 3.214/1978: Essa portaria do Ministério do Trabalho estabelece as normas regulamentadoras aplicáveis ​​a todas as empresas no Brasil. Ela abrange diversos aspectos da segurança e saúde no trabalho, incluindo ergonomia.
  3. Diretrizes da Organização Internacional do Trabalho (OIT): A OIT emite convenções e recomendações que podem servir como referência para a legislação trabalhista brasileira. Essas diretrizes abordam questões relacionadas à segurança e saúde no trabalho, incluindo aspectos ergonômicos.

Para garantir a conformidade legal e promover um ambiente de trabalho seguro, é recomendado que as empresas consultem os órgãos competentes, como o Ministério do Trabalho e Emprego, e busquem orientação de profissionais especializados em segurança e saúde ocupacional.

2.10 Estratégias de implementação da ergonomia e segurança no trabalho: programas de saúde ocupacional, comitês de ergonomia e segurança, envolvimento dos trabalhadores, cultura de segurança

A implementação eficaz da ergonomia e segurança no trabalho requer a adoção de estratégias e práticas específicas. A seguir, são desenvolvidas algumas das principais estratégias de implementação:

Programas de Saúde Ocupacional: Um programa de saúde ocupacional consiste em um conjunto de ações e atividades interativas para promover a saúde e prevenir acidentes e doenças ocupacionais. Esses programas podem incluir previsões de riscos, treinamentos em segurança, monitoramento da saúde dos trabalhadores, medidas de prevenção e promoção da saúde, entre outros. A implementação de um programa de saúde ocupacional ajuda a garantir uma abordagem sistemática e contínua para a ergonomia e segurança no trabalho (SALIBA, 2011).

Comitês de Ergonomia e Segurança: Os comitês de ergonomia e segurança são grupos formados por representantes da empresa, empregadores e trabalhadores, com o objetivo de discutir e propor medidas para melhorar as condições de trabalho em termos de ergonomia e segurança. Esses comitês têm a função de identificar riscos, avaliar situações de trabalho, propor soluções e acompanhar a implementação das medidas. Os envolvimentos de diferentes partes interessadas promovem a cooperação e a participação ativa na busca por um ambiente de trabalho mais seguro e saudável (SESI, 2015).

Envolvimento dos Trabalhadores: A participação ativa dos trabalhadores é essencial para o sucesso da implementação da ergonomia e segurança no trabalho. Os trabalhadores devem ser incentivados a relatar problemas, sugestões e preocupações relacionadas à ergonomia e segurança. Sua experiência e conhecimento prático são valiosos na identificação de riscos e no desenvolvimento de soluções adaptadas. Além disso, o trabalhador deve ser envolvido na tomada de decisões, treinamentos e programas de conscientização, promovendo uma cultura de segurança no local de trabalho (SHIDA; BENTO, 2012).

Cultura de Segurança: Uma cultura de segurança é um conjunto de crenças, valores e comportamentos compartilhados por todos os membros de uma organização em relação à segurança no trabalho. Essa cultura é estabelecida por meio de ações consistentes e observadas de compromisso com a segurança, desde a alta direção até os trabalhadores de linha de frente. É fundamental promover a conscientização sobre a importância da segurança, fortalecer boas práticas, reconhecer e recompensar comportamentos seguros e realizar procedimentos de acidentes para aprender com as falhas. Uma cultura de segurança fortalecida contribui para a sustentabilidade das práticas de ergonomia e segurança no trabalho (SILVEIRA, 2012).

A implementação bem-sucedida da ergonomia e segurança no trabalho requer um esforço contínuo e a participação de todos os níveis da organização. Ao adotar essas estratégias, as empresas podem melhorar as condições de trabalho, prevenir acidentes e lesões, promover a saúde dos trabalhadores e alcançar um ambiente de trabalho mais seguro e produtivo (TURELLA, et al, 2011).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A ergonomia e a segurança no trabalho são temas de extrema importância para garantir a saúde, bem-estar e produtividade dos trabalhadores. Ao longo deste trabalho, exploramos conceitos, princípios, métodos, benefícios, riscos e medidas de prevenção relacionados a essas áreas.

A ergonomia aborda a adaptação do trabalho às características e necessidades dos trabalhadores, visando otimizar o desempenho, prevenir lesões e melhorar o conforto no ambiente de trabalho. Já a segurança no trabalho tem como objetivo identificar, avaliar e controlar os riscos de acidentes e doenças ocupacionais, garantindo um ambiente seguro e saudável.

A implementação da ergonomia e segurança no trabalho requer ações coordenadas e integradas. É fundamental envolver todos os níveis da organização, desde a alta direção dos trabalhadores, para promover uma cultura até de segurança e garantir a continuidade das medidas adotadas. Programas de saúde ocupacional, práticas de ergonomia e segurança, envolvimento dos trabalhadores e uma cultura de segurança são estratégias-chave para alcançar esse objetivo.

Além disso, a legislação, normas técnicas e diretrizes internacionais fornecem direcionamentos importantes para a implementação de práticas seguras e ergonômicas no ambiente de trabalho. No Brasil, as Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho e Emprego empregam um papel fundamental nesse sentido, estabelecendo requisitos mínimos a serem seguidos pelas empresas.

Ao promover a ergonomia e segurança no trabalho, as organizações podem obter diversos benefícios, como a redução de acidentes e lesões, melhoria do clima organizacional, aumento da produtividade, diminuição de afastamentos e licenças médicas, entre outros. Além disso, forneça um ambiente de trabalho seguro e demonstre de forma saudável o compromisso da empresa com o bem-estar de seus colaboradores, desejando a motivação, a satisfação e a retenção de talentos.

A ergonomia e a segurança no trabalho continuam sendo áreas de grande relevância para as organizações, especialmente em um contexto em que a saúde e o bem-estar dos trabalhadores estão cada vez mais em foco. Com o avanço da tecnologia, novos desafios e oportunidades surgem em relação à ergonomia e segurança no trabalho. A introdução de novos equipamentos, processos e ambientes de trabalho requer uma análise cuidadosa dos aspectos ergonômicos e de segurança envolvidos. Além disso, o uso de tecnologias digitais e robóticas pode trazer mudanças significativas na forma como as tarefas são executadas, processamento ergonômico e medidas de segurança adequadas.

A ergonomia e a segurança no trabalho são campos interdisciplinares, envolvendo conhecimentos de diversas áreas, como engenharia, psicologia, fisiologia, design, entre outras. Uma abordagem multidisciplinar é essencial para compreender as necessidades dos trabalhadores, identificar riscos e implementar medidas eficazes. A colaboração entre profissionais de diferentes disciplinas é fundamental para promover soluções abrangentes e efetivas.

A promoção da ergonomia e segurança no trabalho não se resume apenas à implementação de medidas técnicas. É necessário promover uma mudança cultural que priorize a segurança e o bem-estar dos trabalhadores. Isso envolve a conscientização, o treinamento adequado, a comunicação eficaz e a participação ativa dos trabalhadores. Uma cultura de segurança e ergonomia é construída com o tempo, por meio do comprometimento contínuo de todos os envolvidos.

A ergonomia e a segurança no trabalho devem ser vistas como processos contínuos, sujeitos a monitoramento e melhoria constante. A avaliação periódica dos riscos, a análise de incidentes e acidentes, e o feedback dos trabalhadores são ferramentas importantes para identificar áreas de melhoria e implementar ações corretivas. O aprendizado com as experiências passadas e a busca constante pelas melhores práticas são fundamentais para aprimorar continuamente as condições de trabalho.

Em conclusão, investir em ergonomia e segurança no trabalho é uma medida estratégica e responsável. É uma forma de proteger e cuidar dos trabalhadores, promovendo uma cultura de prevenção e criando condições propícias para o desenvolvimento profissional e a qualidade de vida no trabalho. A adoção dessas práticas reflete diretamente nos resultados organizacionais, construindo um ambiente de trabalho mais seguro, saudável e produtivo. Em resumo, a ergonomia e a segurança no trabalho são áreas dinâmicas e em constante evolução. A adaptação às mudanças tecnológicas, a abordagem multidisciplinar, a promoção de uma cultura de segurança e a busca pela melhoria contínua são elementos essenciais para garantir ambientes de trabalho seguros, saudáveis ​​e produtivos.

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