
Centro de Profissionalização e Educação Técnica
Aplicação de Produtos Fitossanitários com Drones
GREGORY FELIPE FERREIRA DE CARVALHO
Orientador: Adriana Morais
Coorientador: Marcia Cristiane Oliveira
Resumo
O objetivo deste trabalho é realizar uma análise sobre a tecnologia de pulverização de produtos fitossanitários utilizando RPAS (Remotely Piloted Aircraft System), também conhecida como Aeronave Remotamente Pilotada ou, popularmente, drone, além de ser denominada VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado). O estudo aborda a origem dos drones, suas aplicações e objetivos iniciais, bem como a introdução dessa tecnologia no Brasil e na agricultura. Também são analisados o funcionamento dos drones, a legislação brasileira relacionada à sua operação e sua aplicação na pulverização de defensivos agrícolas. Além disso, são discutidos os impactos sociais, ambientais e econômicos, bem como as vantagens e limitações agronômicas dessa tecnologia. A adoção dessa inovação tem proporcionado melhorias significativas na qualidade da pulverização, redução no consumo de recursos e defensivos, economia de mão de obra, aumento na demanda por qualificação profissional, novas oportunidades para jovens no meio rural, desafios para trabalhadores com menor escolaridade e possibilidades de uso por pequenos produtores.
Palavras-chave: Drones; Agricultura; Pulverização; Viabilidade; Qualificação.
Abstract
The objective of this work is to analyze the technology for spraying phytosanitary products using RPAS (Remotely Piloted Aircraft System), also known as Remotely Piloted Aircraft or, popularly, drone, in addition to being called UAV (Unmanned Aerial Vehicle). The study addresses the origin of drones, their applications and initial objectives, as well as the introduction of this technology in Brazil and in agriculture. The functioning of drones, the Brazilian legislation related to their operation and their application in the spraying of agricultural pesticides are also analyzed. In addition, the social, environmental and economic impacts, as well as the agronomic advantages and limitations of this technology are discussed. The adoption of this innovation has provided significant improvements in the quality of spraying, reduction in the consumption of resources and pesticides, labor savings, increased demand for professional qualification, new opportunities for young people in rural areas, challenges for workers with less education and possibilities of use by small producers.
Keywords: Drones; Agriculture; Spraying; Viability; Qualification.
Introdução
A agricultura moderna tem passado por rápidas transformações, com inovações que alteram não apenas o manejo dos cultivos, mas também a forma de pensar as atividades diárias nas propriedades rurais. A redução da oferta de mão de obra no campo, associada à demanda por operações mais seguras e eficientes, tem impulsionado o desenvolvimento e a adoção de novas tecnologias. Entre essas, destaca-se o uso de drones, ou VANTs (Veículos Aéreos Não Tripulados), que, aliados ao georreferenciamento, agricultura de precisão e à agricultura 4.0, vêm ganhando espaço no setor agrícola (Jorge, Inamasu, 2014; De oliveira, 2020).
Os drones têm atraído produtores rurais interessados em reduzir custos e enfrentar a escassez e o alto custo da mão de obra. No caso da pulverização de produtos fitossanitários, a precisão e eficiência proporcionadas por essa tecnologia despertam grande interesse. No entanto, os produtores enfrentam preocupações relacionadas às implicações legais no uso de defensivos agrícolas, impactos ambientais, economia de recursos, segurança alimentar, saúde dos aplicadores, além de riscos às plantações vizinhas e áreas urbanas.
A pulverização com drones, frequentemente abordada na mídia agrícola, feiras e eventos do setor, tem atraído a atenção de produtores, técnicos e agrônomos (Sedano, 2019). Em comparação com métodos tradicionais, como pulverizadores acoplados, costais ou aviões, o uso de drones apresenta diferenças significativas. No entanto, surgem dúvidas sobre custos de aquisição, operação, manutenção e necessidade de qualificação profissional.
Este trabalho busca analisar a viabilidade do uso de drones na pulverização agrícola, investigando sua origem, introdução no Brasil, legislação aplicável e impactos ambientais, econômicos e sociais. A pesquisa pretende fornecer informações e ferramentas que auxiliem os produtores na tomada de decisões assertivas quanto à adoção dessa tecnologia. Partindo desse contexto a pesquisa busca apresentar respostas e definições para a viabilidade dessa tecnologia, apresentando informações e ferramentas que permitam decisões assertivas. A Pesquisa abrangerá a origem de VANTs (Veículos Autônomos Não Tripulados), sua aplicabilidade inicial, na atualidade, introdução da tecnologia no Brasil, na agricultura e na pulverização agrícola.
REFERENCIAIS TEÓRICOS
2.1 A História dos Drones
A primeira menção a Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) ocorreu em 17 de março de 1849, no jornal Scientific American. O relato mencionava o bombardeio de Veneza pelos austríacos, que utilizaram cinco balões equipados com cinco bombas cada, conectados por fios de cobre (ALFARO, 2015). Esse evento marcou o início de estudos mais aprofundados sobre essa tecnologia. Conforme Vulej, os VANTs surgiram inicialmente no âmbito militar, com funções como reconhecimento de terrenos, fornecendo uma visão aérea. Além disso, desempenharam papéis importantes em ataques, espionagem e até no envio de mensagens.
Os drones propriamente ditos foram inspirados nas bombas alemãs da Segunda Guerra Mundial, como a Bomba V-1 (BRANT, 1967). Após o conflito, em 1973, a Força Aérea Americana desenvolveu o drone conhecido como Projeto Áquila. Apesar de sua intenção inicial de 20 horas de voo, sua autonomia era limitada a poucos minutos, necessitando de 30 pessoas em solo para operá-lo simultaneamente.
O engenheiro espacial israelense Abraham Karem é amplamente reconhecido como o inventor do drone moderno (REZENDE, 2018). Atualmente, o uso militar continua em destaque, abrangendo atividades como vigilância de fronteiras, espionagem, policiamento, ataques a alvos humanos e militares, além de redução de custos e riscos, evitando o contato direto de soldados com campos de batalha (LEMOS et al., 2014).
Embora os drones tenham sido inicialmente desenvolvidos para fins militares, sua adaptação para usos civis começou em março de 2010 (LONGHITANO, 2010). Avanços tecnológicos tornaram esses dispositivos mais acessíveis à população, permitindo que empresas utilizassem a tecnologia para melhorar serviços (ALFARO, 2015). Pequenos drones se popularizaram rapidamente, sendo empregados em áreas como construção civil, jornalismo, fotografia, transporte de cargas e até mesmo no deslocamento de pessoas (BUZZO, 2015).
No Brasil, os primeiros relatos de VANTs datam da década de 1980, quando o Centro Tecnológico Aeroespacial (CTA) apresentou o projeto Acauã, destinado a aplicações militares. Posteriormente, em 2007, esse projeto foi reativado por iniciativa governamental (SOUZA, 2020).
De acordo com Beté, a extinta Companhia Brasileira de Tratores (CBT) produziu, em 1983, a primeira aeronave não tripulada brasileira, o BQM1-BR. Essa aeronave a jato servia como alvo aéreo. Outro exemplo notável é o Gralha Azul, produzido pela Embravant, com mais de 4 metros de envergadura e autonomia de até 3 horas de voo.
Mais tarde, o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CENPRA) desenvolveu o dirigível AURORA (Autonomous Unmanned Remote Monitoring Robotic Airship) (MEDEIROS, 2007), com foco na capacitação de sua equipe de desenvolvimento. O projeto ARARA (Aeronave de Reconhecimento Assistida por Rádio e Autônoma) (JORGE et al., 2014) foi criado com aplicações voltadas principalmente para a agricultura.
Segundo Chiarello (2017), a Embrapa foi pioneira no uso de VANTs, iniciando pesquisas em 1998 com o objetivo de substituir aeronaves convencionais em fotografias e monitoramento aéreo de áreas agrícolas e de risco ambiental. A Embrapa Instrumentação liderou essas iniciativas, apostando em VANTs de pequeno porte para tarefas de monitoramento e registro fotográfico de alta precisão.
2.2 Funcionamento dos drones
Os drones, de maneira geral, possuem diversos componentes essenciais para seu funcionamento, como um sistema de comunicação, um controlador de voo, hélices acopladas a motores, dispositivos para controle da velocidade dos motores, baterias e sensores que monitoram o nível de inclinação, responsáveis pelo nivelamento da aeronave. Com base nas informações fornecidas pelos sensores, os motores são acelerados ou desacelerados individualmente, garantindo o equilíbrio, a posição e a direção do voo (SANTOS, CARDOSO e CARVALHO, 2015).
De acordo com Lígia (2019), há diversos tipos de drones, como os de rotor único, multimotores (tricópteros, quadcópteros, hexacópteros e octocópteros) e os de asa fixa:
Rotor Único: equipado com uma única hélice de sustentação, é utilizado em voos estacionários. Este modelo, amplamente conhecido no mercado, apresenta longa duração de voo e alta capacidade de carga.
Tricóptero: possui três motores que garantem maior estabilidade durante o voo.
Quadcóptero: equipado com quatro motores, sendo dois que giram no sentido horário e outros dois no sentido anti-horário. Este modelo, o mais comercializado, destaca-se pela facilidade de fabricação, bom controle, excelente custo-benefício e alta capacidade de carga proporcional.
Hexacóptero: conta com seis motores, sendo três que giram no sentido horário e três no sentido anti-horário. Esses drones possuem maior potência e capacidade de carga, mas também apresentam custos elevados e alta necessidade de manutenção.
Octocóptero: equipado com oito motores que distribuem a força entre as hélices, proporcionando alta capacidade de voo, desempenho e estabilidade. Contudo, é mais pesado, consome mais energia (baterias) e tem autonomia limitada pela carga transportada e pelo uso.
Asa fixa: possui uma asa alongada, garantindo alta capacidade e autonomia para sobrevoar grandes áreas lineares. Resistente a quedas, pode deslizar no solo, mas apresenta alto custo e exige espaços amplos para pouso e decolagem.
A controladora de voo, considerada o "cérebro" do drone, processa informações recebidas do GPS, da bússola, dos sensores de obstáculos e do controle remoto, transmitindo esses dados aos ESC (Controladores Eletrônicos de Velocidade) para gerenciamento dos motores (FLYPRO, 2022).
A principal função de um controlador é estabelecer uma comunicação eficiente entre a unidade remota e as ondas de rádio. A maioria dos drones opera na frequência de 2.4 GHz, e muitos controles utilizam redes Wi-Fi, permitindo aos usuários controlarem os movimentos. Similaridades entre smartphones e drones, como GPS, Wi-Fi e sensores integrados, permitem que estes dispositivos permaneçam estáveis no ar por longos períodos, ajustando manobras de altura, direção e outros aspectos cruciais (PEDRO, 2022).
O GPS nos drones desempenha um papel fundamental ao determinar sua posição. O Sistema de Aeronaves Não Tripuladas (UAS, na sigla em inglês) depende frequentemente de uma posição GPS, que, combinada com dados da Unidade de Medida Inercial (IMU), fornece informações precisas para controle da trajetória, altitude e localização em tempo real.
O GPS garante que o drone mantenha sua estabilidade durante o voo, retorne ao ponto inicial e navegue por rotas pré-programadas (waypoints). Essa funcionalidade permite ao drone permanecer estável mesmo sob ventos moderados ou variações de direção, regressando ao ponto de origem automaticamente em caso de bateria fraca ou perda de visibilidade pelo piloto. A maioria dos drones possui um botão GPS que, ao ser acionado, permite que o drone retorne autonomamente ao ponto de partida.
Por fim, o GPS também possibilita que os drones sigam rotas pré-determinadas. O piloto especifica, por meio do controle remoto, as coordenadas, altitude e velocidade, e o drone segue rigorosamente a rota estabelecida. (AEROCÂMARAS, 2021).
2.3 Aplicabilidade agrícola de drones
A modernização das atividades agrícolas, com o uso de sistemas integrados a satélites e equipamentos como drones, possibilita o monitoramento de problemas fitossanitários, o acompanhamento do desenvolvimento das culturas, a medição dos níveis de clorofila, a identificação de falhas no plantio e a avaliação de sistemas de irrigação, como excesso ou falta de água. O uso de imagens obtidas remotamente permite acompanhar o crescimento das culturas de forma rápida e precisa, reduzindo a necessidade de mão de obra e minimizando erros nas tomadas de decisão. A pulverização e a distribuição de sementes e insumos, como fertilizantes, são realizadas com maior precisão, otimizando o uso dos recursos e garantindo mais segurança, já que os drones são controlados remotamente e não tripulados (RODRIGO, 2016; CLERCQ et al., 2018).
O Brasil é um dos pioneiros no uso de drones na agricultura, e muitos profissionais do setor agrário estão investindo suas carreiras no uso e nas possibilidades oferecidas por esses dispositivos (SHIRATSUCHI, 2014).
Os primeiros testes de pulverização com drones foram realizados em 2017, em Porto Alegre (RS), utilizando o drone Pelicano, da empresa Skydrones. A primeira aplicação em condições reais ocorreu em Pelotas (RS), com a utilização de um herbicida dessecante para plantio direto de soja e arroz (GIRALDELI, 2019).
De acordo com Nascimento, os drones têm mostrado um excelente desempenho no controle de pragas na cultura da soja, comparados a métodos tradicionais como pulverizadores acoplados a tratores, borrifadores manuais ou pulverizadores costais.
As ferramentas associadas à Agricultura de Precisão impulsionaram o conceito de Agricultura 4.0, derivado do termo Indústria 4.0, caracterizado pela digitalização dos processos produtivos que ultrapassam a simples mecanização agrícola. A Agricultura 4.0 incorpora práticas e processos de precisão utilizando sensores e tecnologias avançadas como Sistemas de Informações Geográficas (SIG) e GPS (Global Positioning System). Esse conceito integra ferramentas e tecnologias digitais conectadas por softwares, sistemas e equipamentos, permitindo a coleta e análise de dados para tomadas de decisão mais assertivas, melhorando a eficiência em etapas como plantio, monitoramento e colheita (JACTO, 2018).
Os avanços na tecnologia de computação, aliados aos sistemas de navegação e geoprocessamento, ampliam significativamente as possibilidades de aplicação agrícola de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) e Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAs), como os drones (CAVALCANTE et al., 2022).
O uso de drones no campo está em constante crescimento, abrangendo diversas atividades, como análise e inspeção de plantações, detecção e monitoramento de problemas e outras aplicações voltadas para a modernização agrícola.
2.4 Pulverização com drones
A aplicação de produtos fitossanitários tem como objetivo principal garantir a quantidade adequada de ingrediente ativo no alvo, maximizando a eficiência, minimizando os custos e reduzindo ao máximo os impactos ambientais (MATTHEWS, 2002).
Uma das aplicações mais promissoras do uso de drones na agricultura é a pulverização de defensivos agrícolas, fertilizantes e sementes, atividade que tradicionalmente é realizada por meio de pulverizadores costais, acoplados a tratores, autopropelidos ou até mesmo aviões. Nos últimos anos, a pulverização com drones tem ganhado relevância e despertado o interesse de produtores, técnicos, engenheiros agrônomos e prestadores de serviços especializados.
Comparada aos métodos convencionais, a pulverização com drones apresenta algumas vantagens significativas. Entre elas, destaca-se a redução drástica no consumo de água – enquanto pulverizadores tradicionais utilizam em média 100 litros por hectare, os drones operam com apenas 10 litros por hectare. Além disso, os drones eliminam o problema do amassamento das culturas causado por pneus, reduzem os riscos de intoxicação dos aplicadores (que não precisam estar na área de aplicação) e são altamente eficientes em terrenos acidentados, declives acentuados ou áreas de difícil acesso para tratores e aviões. Os drones também proporcionam maior precisão na aplicação, sendo capazes de atender culturas de grande porte, como eucalipto, banana e cana-de-açúcar, e direcionar o produto exatamente ao alvo, seja ele uma praga, doença ou planta daninha.
O processo de pulverização com drones geralmente começa com o mapeamento da área a ser tratada. Isso pode ser feito utilizando o próprio drone, caminhando pelo local ou com o auxílio de um veículo. Com o suporte de aplicativos específicos, é possível programar previamente o plano de voo no computador, utilizando imagens de satélite. O técnico ou engenheiro agrônomo define o alvo da aplicação, o estádio da cultura e escolhe os bicos de pulverização mais adequados para a operação, além dos defensivos e das doses recomendadas. Antes da aplicação, o plano de voo é carregado no equipamento, que pode operar de forma autônoma utilizando navegação por GPS ou ser controlado manualmente por um operador remoto.
Os drones pulverizadores são equipados com sensores de micro-ondas que medem variações no terreno, garantindo uma altura de pulverização uniforme, além de detectar obstáculos para evitar danos ao equipamento (MORAES, 2022). O reservatório de calda desses drones varia conforme o modelo, indo de 10 litros a até 40 litros nas versões mais avançadas. A calda é pressurizada por uma bomba e liberada por pontas de pulverização similares às dos pulverizadores tradicionais. A turbulência gerada pelas hélices do drone melhora a deposição da calda no alvo, movimentando as folhas da planta e permitindo que o produto atinja também as partes inferiores, mesmo com um volume reduzido de aplicação, entre 8 e 10 litros por hectare.
Embora seja uma tecnologia relativamente nova, a pulverização com drones vem demonstrando eficiência em diversas pesquisas. Estudos apontam que essa técnica utiliza baixos volumes de calda, bicos de pulverização de baixa vazão e gotas finas, além de operar a uma altura superior à dos pulverizadores tradicionais, beneficiando-se da turbulência gerada pelas hélices. Isso resulta em uma pulverização diferenciada, com alta qualidade de cobertura (Bassetto et al., 2021).
Segundo Bassetto Filho et al., a pulverização realizada com drones utilizando 10 litros de calda por hectare apresentou eficácia semelhante ao método tradicional com pulverizador costal, que emprega 200 litros por hectare, no controle do percevejo-marrom (Euschistus heros). Além disso, Oliveira et al. relatam que, na cultura da soja, a pulverização com drones no estrato inferior proporcionou um depósito de calda cerca de duas vezes maior do que a aplicação tratorizada com 80 litros por hectare. Esses resultados demonstram o potencial dos drones para melhorar o controle de pragas e doenças.
2.5 Impactos ambientais da pulverização com drones
A pulverização com drones tem se consolidado como uma tecnologia inovadora e promissora no setor agrícola, impulsionada pela crescente disponibilidade de equipamentos, redução de custos, acesso facilitado ao financiamento e opções de compra ou aluguel. Esse cenário tem contribuído para o aumento significativo do uso de drones pulverizadores nas propriedades rurais.
Embora as vantagens dessa tecnologia sejam evidentes, como a maior cobertura no dossel inferior das plantas e a precisão na aplicação dos produtos, ainda existem lacunas na compreensão de seus impactos ambientais. Apesar da regulamentação estabelecida pela Portaria nº 298, de setembro de 2021, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a fiscalização das operações de pulverização com drones no campo permanece limitada. Isso abre espaço para abusos e para a atuação de profissionais pouco capacitados, o que pode gerar sérias consequências ambientais.
Um dos principais desafios associados ao uso de drones na pulverização é o fenômeno da deriva. A deriva ocorre quando as gotas pulverizadas se deslocam horizontalmente antes de atingir o alvo, podendo ultrapassar os limites da área de aplicação. Embora a deriva causada por drones seja menor que a gerada por aviões (cerca de 25% do volume), ainda é o dobro da observada em equipamentos terrestres (GANDOLFO, 2020).
A deriva, quando fora de controle, pode provocar contaminação de áreas vizinhas, corpos d’água, pessoas e animais. O problema também afeta a eficiência da aplicação, pois parte do defensivo não atinge o alvo, causando perdas econômicas ao produtor. O tamanho das gotas, a velocidade do vento, a umidade relativa do ar e a altura do voo são fatores determinantes para o controle da deriva. Gotas menores, embora proporcionem maior cobertura, são mais suscetíveis ao deslocamento.
Além dos prejuízos econômicos, os impactos ambientais da deriva incluem danos à fauna e flora locais. Espécies benéficas, como abelhas e outros polinizadores, podem ser severamente afetadas, comprometendo o equilíbrio ecológico. A contaminação de recursos hídricos, como rios e nascentes, também representa um risco significativo, especialmente em áreas próximas a zonas de pulverização.
No entanto, medidas preventivas podem minimizar esses problemas. É essencial que a pulverização seja realizada sob condições climáticas favoráveis, como baixa velocidade do vento e alta umidade relativa do ar. A escolha de pontas de pulverização adequadas, o uso de adjuvantes e produtos anti-deriva, além de uma altura de voo compatível com a cultura, são práticas fundamentais para reduzir os riscos (Gandolfo & Gandolfo, 2020).
Apesar dos desafios, a pulverização com drones apresenta vantagens ambientais quando comparada aos métodos tradicionais. Por utilizarem energia elétrica em vez de combustíveis fósseis, os drones não emitem gases de efeito estufa, como o CO₂, contribuindo para uma agricultura mais sustentável. A aplicação direcionada a áreas específicas, como manchas de infestação de pragas ou ervas daninhas, reduz a quantidade de defensivos utilizada, diminuindo o risco de contaminação do solo e de recursos hídricos.
Comparados à pulverização com aviões, os drones apresentam uma redução de até 75% na deriva, tornando-se uma alternativa significativamente menos impactante ao meio ambiente (ANTUNIASSI, 2004). Essa precisão também evita a aplicação em áreas desnecessárias, preservando a qualidade do solo e reduzindo a contaminação provocada pelo escoamento superficial durante as chuvas (CHAIM, 2012).
Em síntese, a pulverização com drones oferece avanços importantes para a agricultura, combinando eficiência e sustentabilidade. Contudo, para maximizar seus benefícios e mitigar seus impactos negativos, é fundamental que o uso dessa tecnologia seja acompanhado de regulamentação efetiva, capacitação técnica e práticas responsáveis.
2.6 impactos sociais da pulverização com drones
A introdução de tecnologias avançadas, característica marcante da Agricultura 4.0, tem transformado profundamente o cenário rural, gerando efeitos diretos e indiretos na sociedade. Essas inovações têm acelerado mudanças no mercado de trabalho, demandando profissionais com novas competências, especialmente em áreas como tecnologia, agronomia e engenharia. Com isso, cresce a necessidade de mão de obra qualificada para atender às exigências dessa nova realidade (HECKLAU et al., 2016).
Por outro lado, essas transformações também criam desafios. Pessoas que não buscarem qualificação terão dificuldade em se inserir nesse mercado competitivo. Isso afeta especialmente trabalhadores mais velhos, com menor escolaridade e poucas condições financeiras, que podem enfrentar dificuldades para se adaptar às novas exigências e, consequentemente, correr o risco de desemprego.
A pulverização com drones, um exemplo de inovação em expansão, exige operadores capacitados. Para atuar na área, além de conhecimentos básicos em informática e dispositivos eletrônicos, é necessário realizar o Curso de Aplicador Aeroagrícola Remoto (CAAR). Esse treinamento deve ser acompanhado por um responsável técnico, como engenheiro agrônomo ou florestal, o que, por sua vez, cria novas oportunidades de emprego para esses profissionais especializados.
No entanto, nem todos conseguem atender aos requisitos desse novo mercado. Trabalhadores que atuavam em pulverizações terrestres podem perder seus postos de trabalho, sendo obrigados a buscar outras alternativas, como migração para áreas urbanas. Esse movimento pode contribuir para o aumento da urbanização desordenada, agravando problemas sociais, como a formação de favelas e o crescimento da pobreza.
Além disso, pequenos agricultores familiares enfrentam desafios adicionais. Com recursos financeiros limitados, muitos têm dificuldade em adotar tecnologias modernas em suas propriedades, o que os torna menos competitivos. A falta de acesso a essas inovações pode levar a baixos índices de produtividade, redução na qualidade de vida e, em casos extremos, ao abandono de suas atividades agrícolas (RENZCHERCHEN et al., 2021).
Apesar dessas dificuldades, a pulverização com drones também apresenta vantagens significativas. Ela cria oportunidades de emprego e pode contribuir para fixar os jovens no meio rural, reduzindo o êxodo para os grandes centros urbanos. Entre 2004 e 2014, por exemplo, 72,5% dos jovens entre 15 e 29 anos que deixaram o campo em busca de trabalho e renda migraram para áreas urbanas (BALSADI & DEL GROSSI, 2016). O crescimento do uso de drones pode ajudar a reverter essa tendência ao oferecer novas perspectivas de emprego no campo.
Outro benefício relevante está relacionado à segurança dos trabalhadores. Diferentemente das pulverizações terrestres e aéreas tradicionais, a aplicação com drones mantém o operador fora da área de exposição, reduzindo significativamente os riscos de intoxicação por defensivos agrícolas. Isso é especialmente importante em um setor onde os trabalhadores estão frequentemente em contato com produtos químicos nocivos (MAIA et al., 2018).
Embora a pulverização com drones represente uma revolução tecnológica no meio rural, trazendo oportunidades e ganhos significativos, é essencial enfrentar os desafios sociais e econômicos decorrentes dessa transformação. Investir em capacitação profissional, ampliar o acesso a tecnologias e criar políticas públicas que apoiem pequenos agricultores são estratégias fundamentais para garantir que os benefícios dessa inovação sejam amplamente compartilhados.
2.7 Impactos econômicos da pulverização com drones
A introdução de tecnologias avançadas, característica marcante da Agricultura 4.0, tem transformado profundamente o cenário rural, gerando efeitos diretos e indiretos na sociedade. Essas inovações têm acelerado mudanças no mercado de trabalho, demandando profissionais com novas competências, especialmente em áreas como tecnologia, agronomia e engenharia. Com isso, cresce a necessidade de mão de obra qualificada para atender às exigências dessa nova realidade (HECKLAU et al., 2016).
Por outro lado, essas transformações também criam desafios. Pessoas que não buscarem qualificação terão dificuldade em se inserir nesse mercado competitivo. Isso afeta especialmente trabalhadores mais velhos, com menor escolaridade e poucas condições financeiras, que podem enfrentar dificuldades para se adaptar às novas exigências e, consequentemente, correr o risco de desemprego.
A pulverização com drones, um exemplo de inovação em expansão, exige operadores capacitados. Para atuar na área, além de conhecimentos básicos em informática e dispositivos eletrônicos, é necessário realizar o Curso de Aplicador Aeroagrícola Remoto (CAAR). Esse treinamento deve ser acompanhado por um responsável técnico, como engenheiro agrônomo ou florestal, o que, por sua vez, cria novas oportunidades de emprego para esses profissionais especializados.
No entanto, nem todos conseguem atender aos requisitos desse novo mercado. Trabalhadores que atuavam em pulverizações terrestres podem perder seus postos de trabalho, sendo obrigados a buscar outras alternativas, como migração para áreas urbanas. Esse movimento pode contribuir para o aumento da urbanização desordenada, agravando problemas sociais, como a formação de favelas e o crescimento da pobreza.
Além disso, pequenos agricultores familiares enfrentam desafios adicionais. Com recursos financeiros limitados, muitos têm dificuldade em adotar tecnologias modernas em suas propriedades, o que os torna menos competitivos. A falta de acesso a essas inovações pode levar a baixos índices de produtividade, redução na qualidade de vida e, em casos extremos, ao abandono de suas atividades agrícolas (RENZCHERCHEN et al., 2021).
Apesar dessas dificuldades, a pulverização com drones também apresenta vantagens significativas. Ela cria oportunidades de emprego e pode contribuir para fixar os jovens no meio rural, reduzindo o êxodo para os grandes centros urbanos. Entre 2004 e 2014, por exemplo, 72,5% dos jovens entre 15 e 29 anos que deixaram o campo em busca de trabalho e renda migraram para áreas urbanas (BALSADI & DEL GROSSI, 2016). O crescimento do uso de drones pode ajudar a reverter essa tendência ao oferecer novas perspectivas de emprego no campo.
Outro benefício relevante está relacionado à segurança dos trabalhadores. Diferentemente das pulverizações terrestres e aéreas tradicionais, a aplicação com drones mantém o operador fora da área de exposição, reduzindo significativamente os riscos de intoxicação por defensivos agrícolas. Isso é especialmente importante em um setor onde os trabalhadores estão frequentemente em contato com produtos químicos nocivos (MAIA et al., 2018).
A pulverização com drones represente uma revolução tecnológica no meio rural, trazendo oportunidades e ganhos significativos, é essencial enfrentar os desafios sociais e econômicos decorrentes dessa transformação. Investir em capacitação profissional, ampliar o acesso a tecnologias e criar políticas públicas que apoiem pequenos agricultores são estratégias fundamentais para garantir que os benefícios dessa inovação sejam amplamente compartilhados.
2.8 Viabilidade dos drones pulverização agrícola
A pulverização com drones tem se expandido no setor agrícola, conquistando cada vez mais espaço. Muitos produtores estão aderindo à tecnologia por diversos motivos, incluindo a curiosidade, a facilidade de financiamento e as promessas feitas por vendedores. No entanto, em muitos casos, essa adesão ocorre sem uma análise aprofundada dos custos e da viabilidade econômica da operação.
Quando a viabilidade, nesse contexto, refere-se à capacidade de um investimento ser sustentável e lucrativo a longo prazo. Para que uma tecnologia seja considerada viável, os custos associados à sua aquisição, operação e manutenção devem ser inferiores à receita gerada pelo seu uso (STRONG, 2021). A ausência de planejamento financeiro e a tomada de decisões improvisadas são fatores que frequentemente levam à inadimplência e até à falência de empreendimentos rurais (PREVEDELLO, 2018).
Para avaliar a viabilidade de um drone pulverizador, tomamos como exemplo o modelo AGRAS DJI T30, um equipamento amplamente utilizado no setor agrícola. Esse drone, classificado como equipamento de classe 2, possui capacidade para transportar 30 litros de calda de pulverização e autonomia aproximada de 3 hectares por voo. O custo de aquisição desse modelo, segundo SUPERCAMPO, é de R$ 206.500,00, e o equipamento pode ser financiado pelo programa Inovagro, com juros anuais de 10,5%, resultando em uma parcela anual de cerca de R$ 36.000,00 (GLOBORURAL, 2021).
Os custos operacionais incluem o recarregamento das baterias, que consome aproximadamente 1 litro de gasolina por ciclo. Com o preço médio da gasolina no Brasil em outubro de 2022 sendo R$ 4,79 por litro (PETROBRAS), o custo por hectare para recarregar a bateria é de cerca de R$ 1,60. Além disso, o operador precisa realizar o curso de qualificação CAAR (Curso de Aplicador Aeroagrícola Remoto), com custo estimado de R$ 3.411,00 na modalidade EAD (VERDEDRONE, 2022).
Quando comparado à pulverização terrestre, um dos principais benefícios do uso de drones é a eliminação das perdas por amassamento das culturas. Na soja, essas perdas podem chegar a 4% da produtividade, o que equivale a 2,34 sacas por hectare, considerando a média nacional de 58,6 sacas por hectare na safra 2020/2021 (EMBRAPA). Com base no preço médio semanal da soja de R$ 170,81 por saca (CONAB), as perdas com amassamento podem ser estimadas em R$ 412,34 por hectare (COSTA, 2017).
Ao analisar os custos e benefícios, observa-se que a operação com o drone AGRAS DJI T30 em uma área de 100 hectares de soja apresenta o seguinte cenário anual:
Custo total do investimento: R$ 39.571,00 (incluindo a parcela do financiamento, o curso CAAR e o custo de combustível).
Economia com perdas evitadas por amassamento: R$ 41.234,00.
Saldo positivo: R$ 1.663,00.
Esse resultado demonstra que, apenas considerando a redução das perdas por amassamento, o investimento no drone já se justifica. Vale destacar que outras vantagens, como maior precisão na aplicação de defensivos e menor impacto ambiental, podem contribuir ainda mais para a viabilidade dessa tecnologia.
Em resumo, o uso de drones para pulverização agrícola apresenta potencial econômico interessante para produtores que realizam o planejamento adequado de seus investimentos. Entretanto, é essencial que esses equipamentos sejam utilizados de maneira consciente e estratégica, sempre avaliando os custos e benefícios envolvidos, a fim de garantir a sustentabilidade do negócio a longo prazo.
METODOLOGIA
Este estudo tem como objetivo analisar a viabilidade do uso de drones na aplicação de produtos fitossanitários na agricultura. Busca-se reunir informações que auxiliem agricultores e profissionais do setor agropecuário a tomarem decisões mais embasadas e estratégicas sobre a adoção dessa tecnologia.
A metodologia adotada para este trabalho é baseada em uma revisão bibliográfica, com a coleta de informações provenientes de diversas fontes, como livros, artigos científicos, teses acadêmicas, relatórios técnicos, revistas especializadas, reportagens e conteúdos disponíveis online. Além disso, foram analisadas legislações, regulamentos e normas técnicas relacionadas ao uso de drones no contexto agrícola, especialmente nas operações de pulverização. Trata-se, portanto, de uma pesquisa descritiva, cuja abordagem teórica busca analisar, comparar e interpretar os dados levantados, culminando em conclusões fundamentadas.
As fontes utilizadas para a pesquisa foram selecionadas com base na sua acessibilidade e relevância, priorizando materiais disponíveis gratuitamente em plataformas como Google Acadêmico, SciELO, EMBRAPA e outros repositórios digitais. A escolha dessas fontes levou em consideração a facilidade de acesso, a confiabilidade das informações e a possibilidade de verificar suas referências bibliográficas. A pesquisa incluiu tanto publicações nacionais quanto internacionais, visando enriquecer a análise e possibilitar uma visão mais ampla e comparativa sobre o tema.
Com essa abordagem, espera-se que o estudo contribua para uma melhor compreensão da tecnologia de pulverização com drones e suas implicações práticas, econômicas e ambientais, promovendo um suporte técnico e estratégico para o agronegócio.
RESULTADOS e DISCUSSÃOS
Por muitas décadas, drones foram desenvolvidos e amplamente utilizados em aplicações militares, destacando-se em missões de reconhecimento, espionagem e ataques a alvos estratégicos. Por causa da sua eficiência e precisão, continuam sendo empregados em operações como vigilância e ataques direcionados. O termo "drone" é genérico, enquanto a nomenclatura técnica e oficial é RPA (Aeronave Remotamente Pilotada), caracterizando dispositivos operados por um controlador em solo. Já os VANTs (Veículos Aéreos Não Tripulados) são programados para seguir rotas predefinidas, sem a necessidade de intervenção.
O uso civil dos drones começou a se expandir apenas na última década. A partir de 2010, essas aeronaves passaram a ser comercializadas amplamente, inicialmente voltadas para hobbies, captação de imagens, reportagens e mapeamento. Com o passar do tempo, sua funcionalidade foi crescendo exponencialmente, abrangendo desde a entrega de alimentos e medicamentos até o transporte de órgãos para transplantes. Na agricultura, o uso de drones ganhou grande relevância com o avanço da tecnologia de georreferenciamento e da agricultura de precisão, sendo empregados para monitoramento de lavouras, topografia e manejo animal. Em 2017, surgiram as primeiras aplicações de drones para pulverização de produtos fitossanitários, consolidando-se rapidamente como uma ferramenta essencial no campo.
Atualmente, drones pulverizadores são projetados com capacidades cada vez maiores, tanto em termos de carga como de autonomia, além de integrarem recursos tecnológicos que otimizam seu desempenho. O setor agrícola tem demonstrado grande interesse por essa tecnologia, com destaque em feiras do agronegócio e linhas de crédito oficiais, como as oferecidas pelo BNDES, facilitando sua aquisição e popularização.
Para propriedades com cerca de 100 hectares e cultivos anuais, a adoção de drones pulverizadores pode trazer vantagens significativas. Além de eliminar perdas relacionadas ao amassamento das culturas, os custos de aquisição e manutenção são mais competitivos em comparação com equipamentos terrestres.
Os benefícios da tecnologia são variados e incluem a redução do risco de intoxicação dos operadores, economia de água e defensivos agrícolas, menor emissão de CO2, menor demanda por mão de obra e maior eficiência na aplicação em áreas de difícil acesso. Os drones também garantem uma melhor cobertura do dossel inferior das plantas, resultando em maior eficácia no controle de pragas e doenças. Esses fatores, aliados à ausência de danos físicos às culturas, proporcionam um retorno financeiro mais rápido para os produtores.
No entanto, a tecnologia também apresenta desafios. A redução da demanda por trabalhadores não qualificados pode gerar desemprego em comunidades rurais e aprofundar desigualdades sociais. Ambientalmente, o uso de drones pode acarretar maiores riscos de deriva em comparação a pulverizações terrestres, aumentando o potencial de contaminação de corpos d’água, fauna e flora locais.
Além disso, o alto custo inicial e a necessidade de capacitação técnica dificultam a adoção por pequenos produtores familiares, que frequentemente enfrentam limitações financeiras e tecnológicas. Esses produtores, ao ficarem excluídos das inovações, tornam-se menos competitivos, intensificando a desigualdade no meio rural.
Portanto, a adoção de drones na pulverização agrícola deve ser precedida por um estudo de viabilidade econômica e técnica para evitar endividamento ou insucesso financeiro. Uma análise criteriosa e planejada é essencial para garantir que essa tecnologia seja aplicada de maneira sustentável e eficiente, trazendo benefícios reais ao setor agropecuário.
CONCLUSÃO
A tecnologia dos RPAs, popularmente conhecidos como drones, teve suas origens e avanços iniciais no meio militar, sendo empregada em missões de reconhecimento, exploração de terrenos inimigos e ataques direcionados. Durante décadas, o desenvolvimento esteve restrito a essa área, mas, com a evolução tecnológica e a redução nos custos de materiais, os drones se tornaram acessíveis à sociedade civil. Desde então, a sua utilização expandiu-se rapidamente, alcançando diversas áreas, incluindo a agricultura, onde têm desempenhado um papel crucial.
Na agricultura, drones associados a tecnologias como georreferenciamento e SIG (Sistemas de Informação Geográfica) têm proporcionado benefícios significativos. Essas ferramentas possibilitam monitoramento detalhado das lavouras, planejamento mais eficiente das propriedades, execução precisa de tarefas e redução de desperdícios de insumos, tempo e mão de obra. A aplicação de produtos fitossanitários com drones, embora recente, iniciada em 2017, ganhou forte adesão nos últimos anos, destacando-se como uma solução promissora para o setor agrícola.
No entanto, muitos agricultores investem em drones movidos pela curiosidade ou por expectativas geradas por vendedores, sem o devido planejamento ou informações claras sobre o funcionamento e as limitações da tecnologia. Essa falta de preparo pode acarretar consequências graves, como prejuízos econômicos, danos ambientais e riscos à saúde humana e à segurança alimentar. Quando operados sem capacitação técnica adequada, os drones não atingem seu pleno potencial, comprometendo a eficiência e os benefícios esperados.
Este estudo tem como objetivo fornecer informações detalhadas sobre a utilização de drones na pulverização de produtos fitossanitários, auxiliando agricultores e profissionais do agronegócio a tomar decisões mais conscientes e fundamentadas.
O uso dessa tecnologia ainda enfrenta desafios significativos, especialmente no que diz respeito à regulamentação e adequação técnica. É necessário atualizar as bulas dos defensivos agrícolas e o receituário agronômico para incluir orientações específicas para aplicações com drones, que atualmente são baseadas em informações voltadas para a aviação agrícola. Essa lacuna regulatória pode comprometer a segurança e a eficácia das operações.
A conscientização de todos os envolvidos no processo – agricultores, operadores de drones e profissionais técnicos – é essencial para evitar impactos negativos. A adoção responsável da tecnologia pode trazer benefícios expressivos, como redução de custos operacionais, economia no uso de defensivos, melhoria na cobertura e no controle de pragas e doenças. Por outro lado, o uso inadequado, a falta de fiscalização e a ausência de ética profissional podem causar sérios problemas, incluindo contaminação ambiental, riscos à saúde humana, perdas econômicas e penalidades legais, como multas e até prisão.
Portanto, é indispensável que a tecnologia seja aplicada com responsabilidade e embasada em informações técnicas atualizadas. Apenas assim será possível aproveitar plenamente seus benefícios, contribuindo para uma agricultura mais eficiente, sustentável e alinhada às normas ambientais e de segurança alimentar.
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