UNIFACEAR - CENTRO UNIVERSITÀRIO
Administração sustentável : um desafio necessário nos dias de hoje
alécia aparecida de paiva
Orientador: Fábio
Coorientador: Fábio
Resumo
O presente trabalho aborda a necessidade da consolidação de uma gestão sustentável nas organizações, partindo do pressuposto de que o planeta enfrenta e continuará enfrentando de forma mais severa nos próximos anos uma séria degradação ambiental. O trabalho também contempla uma breve descrição da evolução das discussões sobre sustentabilidade no Brasil. O objetivo principal foi analisar como a aplicação desse tipo de gestão nas organizações pode contribuir para uma economia mais equilibrada, que atenda às necessidades da empresa, mas também da sociedade e do meio ambiente. O trabalho teve também como objetivo foi analisar quais os desafios de implantar um sistema de gestão ambiental dentro de uma organização. Como metodologia para desenvolver o trabalho buscou-se por referenciais teóricos e estudos com base na temática estudada. Sendo assim, foi possível obter informações para conhecer o assunto proporcionando assim proteção ao meio ambiente com inovações sustentáveis e práticas adotadas.
Palavras-chave: Organizações; Sustentabilidade ambiental; Gestão Ambiental; Desafios.
Abstract
This paper addresses the need for the consolidation of sustainable management within organizations, based on the premise that the planet is facing and will continue to face increasingly severe environmental degradation in the coming years. The paper also includes a brief description of the evolution of discussions on sustainability in Brazil. The main objective was to analyze how the application of this type of management in organizations can contribute to a more balanced economy that meets the needs of the company, as well as those of society and the environment. The paper also aimed to analyze the challenges of implementing an environmental management system within an organization. As a methodology for developing the work, theoretical references and studies based on the theme were sought. Thus, it was possible to obtain information to understand the subject, thereby providing protection to the environment through sustainable innovations and adopted practices.
Keywords: Organizations; Environmental sustainability; Environmental management; Challenges.
Introdução
Cada vez mais os acontecimentos climáticos permeados por tragédias, a conscientização e a educação ambiental nos mostram que é necessário se discutir a sustentabilidade em todos os âmbitos da nossa vida. Obviamente, no campo da administração não seria diferente. As organizações, sejam elas quais forem, precisam repensar suas estratégias de administração para contemplar essas necessidades, isso impactará como essa organização se colocará frente ao mercado e, consequentemente, como se destacará frente ao universo competitivo do meio administrativo.
Incorporar o conceito de sustentabilidade no meio administrativo se revela um desafio, mas também uma oportunidade de se destacar no mercado. Ou seja, a introdução desse conceito no meio administrativo pode gerar vários ganhos para a empresa, já que ajudará a reduzir impactos ambientais, diminuindo os danos na natureza e melhor relacionamento com o público-alvo.
Na verdade, incorporar a sustentabilidade no mundo da administração vem se mostrando uma necessidade uma necessidade irrevogável, já que nasce de um clamor global. Faz-se necessário, dessa forma, compreender as dinâmicas e os mecanismos que estão envolvidos na introdução da sustentabilidade no ambiente das organizações.
1,.1 METODOLOGIA
Levando em consideração tudo o que foi dito, esse trabalho visa uma revisão bibliográfica sobre sustentabilidade, sua importância e aplicação no meio empresarial. O artigo utilizou-se de uma pesquisa de cunho exploratório e descritivo, com abordagem qualitativa, adotando procedimentos técnicos de pesquisa bibliográfica, A importância desse trabalho se dá ao fato da importância de promover práticas mais sustentáveis frente à crise ambiental que assola todo o planeta.
Segundo a Gil (1994),
a pesquisa bibliográfica apresenta-se como uma metodologia de pesquisa que subsidia teoricamente todas as demais metodologias investigativas, que exigem estudos exploratórios ou descritivos uma vez que permite uma ampla visão da problemática que permeia e conduz a investigação possibilitando também a construção literária de um quadro conceitual que envolve o objeto pesquisado.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
Analisar práticas de administração sustentável em organizações e avaliar como elas contribuem para o desenvolvimento sustentável, promovendo equilíbrio entre resultados econômicos, responsabilidade social e preservação ambiental.
1.2.2 Objetivos Específicos
Identificar práticas sustentáveis: Mapear práticas e estratégias adotadas por empresas para promover a sustentabilidade em suas operações.
Avaliar impactos sociais e ambientais: Investigar como as práticas sustentáveis influenciam positivamente as comunidades locais e o meio ambiente.
Analisar indicadores de desempenho sustentável: Verificar como as organizações mensuram os resultados das iniciativas sustentáveis em termos econômicos, sociais e ambientais.
Propor melhorias nas práticas de sustentabilidade: Desenvolver sugestões para aprimorar a integração de sustentabilidade nos processos de gestão organizacional.
Explorar a viabilidade econômica da sustentabilidade: Examinar a relação entre investimentos em práticas sustentáveis e o retorno financeiro para as organizações.
1.3 JUSTIFICATIVA
Retomando o que foi dito anteriormente, salientamos que administração sustentável tem ganhado destaque como modelo essencial para organizações que buscam unir seus objetivos econômicos à preservação ambiental e à responsabilidade social. Em um contexto global marcado por desafios como mudanças climáticas, escassez de recursos naturais e consequencias sociais geradoas pela exploração desenfreada de recursos naturais , as empresas precisam adotar práticas que equilibrem crescimento econômico com práticas éticas e sustentáveis.
Este estudo é relevante pelo fato de destacar a necessidade de repensar modelos tradicionais de gestão, promovendo estratégias que minimizem impactos ambientais, valorizem as comunidades e garantam o sucesso e duração dos negócios. Além disso, o tema atende às demandas de consumidores, investidores e reguladores que buscam maior transparência e compromisso com a sustentabilidade.
Do ponto de vista acadêmico, este trabalho contribui para a ampliação do conhecimento sobre práticas de administração sustentável, servindo como referência para futuros estudos e inovações na área. De forma prática, oferece insights que podem ser aplicados por gestores interessados em incorporar a sustentabilidade como vantagem competitiva em suas organizações.
Por fim, o tema reflete o papel essencial dos administradores na construção de um futuro mais equilibrado e resiliente, ao mesmo tempo em que responde às metas globais de desenvolvimento sustentável propostas pela ONU, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
. REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Desenvolvimento Sustentável: um pouco do conceito e história no Brasil
Sem dúvidas, nas últimas décadas, o tema da sustentabilidade tem vindo cada vez mais à tona em vários meios sociais, não só nas organizações como na comunidade geral. Seguindo essa linha, o meio empresarial também tem valorizado cada vez mais esse tema.
A sustentabilidade é um conceito padrão sobre a maneira como os humanos devem se comportar com a natureza, bem como com os outros seres humanos e as próximas gerações. Essa definição ressalta a necessidade premente de uma abordagem holística e integrada em relação às práticas empresariais, onde a consideração dos impactos ambientais, sociais e econômicos se torna não apenas uma prioridade, mas uma diretriz fundamental para a ação (Ayres, 2008).
De acordo Elkington (2001),
a prosperidade económica, qualidade ambiental e justiça social são os pilares da sustentabilidade. Além disso, o autor identificou sete componentes que podem ou não sofrer uma revolução em um futuro sustentável:
1. Mercado: A empresa será orientada pelo mercado pela competição de mercado e operará em um mercado mais aberto em breve. Como resultado, a sustentabilidade será incorporada ao nível orgânico do negócio e a empresa deixará de usar a competitividade como justificativa para não seguir a agenda de desenvolvimento sustentável.
2. Valores: O conflito entre os valores humanos e sociais foi um dos impactos mais poderosos da história.
3. Transparência: aumentar a transparência internacional e promover novos sistemas de valores e TI. Além disso, um número crescente de espectadores está procurando informações sobre a empresa e o conteúdo do programa;
4. Ciclo de vida da tecnologia: a empresa está se concentrando mais no desempenho do que na aceitação dos produtos no ponto de venda. Neste caso, é necessário gerenciar o ciclo de vida de produtos e tecnologia. e alterar como a reciclagem, descarte e reciclagem são realizadas. Um componente essencial é o processo de design;
5. Parceria: acelerará o desenvolvimento de novas formas de cooperação entre a empresa e outras organizações;
6. Tempo - devido às profundas mudanças na gestão e compreensão do tempo, mais
7. Governança corporativa - é orientada pelas outras seis revoluções, proporcionando assim um melhor sistema de controle para a empresa.
Mesmo estando esse tema tão em voga nos últimos anos, ele não é novo ou atual. As primeiras falas sobre sustentabilidade ocorreram nas décadas de 70 e 80, quando começou a se falar em crescimentos para todos e a preservação dos recursos naturais. O primeiro marco foi a Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente em Estocolmo, em 1972, quando houve uma discussão sobre meio ambiente e desenvolvimento.
Em seguida, a Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento, presidida por Gro Harlem Brundtland publicou o relatório Nosso Futuro Comum que ficou conhecido como o Relatório de Brundtland. Nessa época, veio à tona os primeiros conceitos de desenvolvimento sustentável, enfatizando-se problemas ambientais como aquecimento global e a destruição da camada de ozônio.
Enquanto a Comissão Bruntland trabalhava para a divulgação de seus resultados,novos problemas ambientais preocupantes surgiam: a destruição da camada de ozônio pelos clorofluorcarbonos (CFCs), causando um aumento da taxa de câncer de pele; o aquecimento global aumentava em razão do excesso de gases de efeito estufa na atmosfera e, ao mesmo tempo, um número preocupante de espécies estavam em processo de extinção.
Frente a isso, acontece a Rio-92, que teve como tema principal a implementação do conceito de desenvolvimento sustentável em escala global, já que esse é um problema que afeta o planeta de forma globalizada.
2.2 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NAS ORGANIZAÇÕES
Oliveira, (2008, p. 138) comenta que:
Com o crescimento das multinacionais, aumentou também seu poder político e flexibilidade. Elas podem produzir onde quiserem, muitas vezes aproveitando os baixos padrões ambientais e trabalhistas de alguns países para diminuir custos de produção. Assim, com a maior competição entre os países para atraí-las, elas ganharam poder de barganha, e acabam barganhando incentivos fiscais e outros benefícios com países ou regiões para se instalarem.
Baseado nessa fala, é possível refletir que o investimento em sustentabilidade faz sentido, pois garante retorno e lucro a longo prazo. No Brasil, varias empresas já perceberam isso. Vários bancos, por exemplo, já possuem linhas ou fundos de investimentos sustentáveis. Entre eles está o Unibanco, O Itaú entre outros. O Itaú lançou o Fundo Itaú de Excelência Social criado em 2004 com um patrimônio aproximadamente de R$250 milhões em novembro de 2006. O Unibanco, na área de microcrédito tem esse tipo de operação com o lançamento do ISE – Índice de Sustentabilidade empresarial, da Bovespa.
SAVITZ e WEBER (2006) mostram que,
melhor ponto do desenvolvimento sustentável é onde o desenvolvimento sustentável corporativo se encontra entre os interesses da empresa e os interesses do público. As empresas mais bem-sucedidas tentam descobrir isso e agir em direção a ele. Essa visão reforça a importância de encontrar um equilíbrio delicado entre os imperativos comerciais e as expectativas da sociedade, destacando a necessidade de uma abordagem integrada que promova não apenas o sucesso empresarial, mas também o bem-estar social e ambiental.
Uma boa gestão ambiental deve ser capaz de diferenciar entre empreendimentos que buscam a sustentabilidade e aqueles convencionais, aplicando tratamentos administrativos diferenciados. Isso é essencial para incentivar os empreendedores a adotarem conceitos ambientais mais avançados (PHILIPPI, ROMÉRIO, COLLET, 2014).
Em relação ao desenvolvimento sustentável da empresa, Bielschowsky (2008) afirma que
depende da capacidade da empresa de fornecer competitividade e rentabilidade a longo prazo ao fornecer produtos e serviços com qualidade e preço alinhados com o mercado, bem como garantir remuneração justa para seus funcionários, investidores e proprietários.
As falas acima mostram como é interessante financeiramente para as empresas investirem em administração voltadas para a sustentabilidade, principalmente numa análise a longo prazo. NETO (2021) reforça isso quando diz que
O termo sustentabilidade tem se tornado cada vez mais presente na sociedade e está ligado, principalmente, à preservação ambiental e a visão de longo prazo. Além disso, a sustentabilidade tem sido aplicada ao ambiente organizacional buscando a captação de novos segmentos de mercado, a readequação de processos, a diminuição de desperdícios e a valorização da imagem da organização (NETO et al., 2021, p.12).
De acordo com Almeida (2002),
uma empresa deve priorizar a ecoeficiência em todas as suas ações e decisões para alcançar o desenvolvimento sustentável. Isso significa que ela deve produzir produtos de maior qualidade, reduzir a poluição e diminuir o uso de recursos naturais. Essa abordagem destaca a importância crucial da eficiência ambiental na busca pela sustentabilidade empresarial, destacando a necessidade de uma gestão cuidadosa dos recursos e a adoção de práticas que minimizem o impacto ambiental, ao mesmo tempo em que impulsionam a inovação e a competitividade no mercado.
2.3 TEORIAS E MODELOS IMPORTANTES NA ÁREA DE ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL
Sabendo-se a respeito das mudanças estratégicas que devem acontecer dentro das organizações, sabe-se também que há um grande distanciamento entre as discussões teóricas e o comportamento real das organizações. Uma empresa deve incluir em todos os seus processos e decisões a ecoeficiência, de modo constante, pois organizações que apenas discutem acerca da sustentabilidade, e não a colocam em prática, tenderão a se extinguir ao longo dos anos (ALMEIDA, 2002). Neste sentido, empresas de grande porte apresentam maior exposição a riscos em virtude do maior impacto ambiental negativo que tendem a ocasionar.
Observemos o que diz Nascimento, Lemos e Melo (2009), sobre as necessidade de mudanças nas empresas:
Como é possível observar, o conceito de desenvolvimento sustentável é simples, mas suas implicações são profundas. Seu maior significado é: devemos colocar nosso modo de vida atual em um alicerce baseado na geração de renda e não na destruição dos ativos. O processo de construção do desenvolvimento sustentável não depende apenas de macroestruturas (ONU, Banco Mundial, grandes potências, etc), mas também das ações de cada indivíduo no seu cotidiano. Portanto, desenvolvimento sustentável significa aprender a valorizar, manter e desenvolver o nosso patrimônio ambiental (ou capital natural), de maneira que possamos viver de sua renda, e não de seu capital. (NASCIMENTO; LEMOS; MELLO, 2009, p. 63).
Um termo que se tornou muito comum na área da sustentabilidade nas organizações é o Triple Bottom Line, ou tripé da sustentabilidade, criado por por John Elkington. Esse conceito defende que uma empresa deve ser sustentável não apenas em seu desempenho financeiro, mas também gerar impactos positivos ambientais e sociais, de forma conjunta (SAVITZ e WEBER, 2007). No mesmo sentido, Silva Filho (2010), afirma que o conceito do Triple Bottom Line apresenta as organizações em três linhas de resultados: econômico, social e ambiental. E somente essa tríplice de resultados positivos acarretará a incorporação de um negócio na sustentabilidade.
O Triple Bottom Line busca incorporar o desempenho não somente do lucro, mas também de ações sociais e ambientais, levando-as a um mesmo grau de importância no ambiente empresarial (MACKEY e SISODIA, 2018). Hoje em dia, são várias as empresas que já norteiam seus relatórios baseados no Triple Bottom Line e muitas ainda irão aderir.
Como afirma Guarnieri (2011, p. 26):
As empresas que não utilizam análise Triple Botton Line como uma ferramenta de design estratégico dos seus produtos e negócios perdem uma excelente oportunidade de criar valor nos três setores: ambiental, social e financeiro.
Dessa forma, pode-se dizer que uma empresa só poderá ser considerada sustentável se além de ser economicamente viável, possuir compromisso social e ambiental na mesma proporção. Um conceito não caminha sem o outro.
Nessa linha de pensamento de encontrar alternativas para uma administração mais sustentável, surge a economia circular, como uma alternativa sustentável ao modelo linear. Esse tipo de modelo circular propõe fechar o ciclo (Extrair, transformar, produzir, utilizar e descartar) repensando práticas econômicas e sociais de modo a aproximar o funcionamento do sistema econômico à forma como a natureza realiza seus processos. Esse modelo ajuda a reduzir a utilização de novos recursos, o que, consequentemente, também reduz a quantidade de resíduos produzidos e descartados.
De acordo com Azevedo (2015), o conceito está ligado à ideia de que a natureza é sempre inovadora, isto é, ela mesma é capaz de criar soluções para os problemas que surgem. Benyus (2002) aponta que essa teoria leva em consideração a natureza como modelo, como medida e como um mentor, ou seja, é possível buscar na própria natureza a solução para os problemas que ela enfrenta.
2.4 DESAFIOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE UMA ADMINISTRAÇÃO SUSTENTÁVEL NAS ORGANIZAÇÕES
A sustentabilidade é um tema cada vez mais relevante no mundo dos negócios, mas sua implementação traz uma série de desafios que as empresas precisam enfrentar. O atual cenário exige, além de uma postura mais competitiva, um comportamento mais cooperativo. Um novo modelo de gestão prevalece com a
busca pela sustentabilidade empresarial. A base do desenvolvimento sustentável é um sistema de mercado aberto e competitivo, no qual a total transparência nas relações é pré-requisito fundamental. Para as organizações, isto significa ouvir e considerar em suas decisões as opiniões e expectativas de todas as partes interessadas. “Reconhecer o valor do diálogo com as partes interessadas é a própria essência da responsabilidade social corporativa. É crucial saber com quem falar e por que falar” (ALMEIDA, 2002).
Um dos principais obstáculos é o custo associado à adoção de práticas sustentáveis. Muitas vezes, as soluções ecológicas exigem investimentos iniciais significativos, o que pode ser um impedimento, especialmente para pequenas e médias empresas que operam com margens de lucro apertadas.
Além disso, a resistência à mudança é um fator que pode dificultar a transição para práticas mais sustentáveis. Funcionários e gestores podem estar acostumados a métodos tradicionais de operação e podem hesitar em adotar novas abordagens, temendo que isso impacte a produtividade ou a eficiência. Essa resistência pode ser superada com uma comunicação clara sobre os benefícios da sustentabilidade, tanto para o meio ambiente quanto para a própria empresa.
Outro desafio importante é a falta de conhecimento e capacitação sobre práticas sustentáveis. Muitas empresas não têm acesso a informações adequadas ou a treinamentos que as ajudem a entender como implementar essas práticas de forma eficaz. Isso pode levar a uma implementação inadequada ou ineficaz, resultando em frustração e desmotivação.
Por fim, a complexidade das regulamentações ambientais e a necessidade de conformidade com normas podem ser um desafio adicional. As empresas precisam se manter atualizadas sobre as leis e diretrizes, o que pode demandar tempo e recursos.
Superar esses desafios requer um compromisso genuíno com a sustentabilidade, além de uma estratégia bem planejada que inclua educação, engajamento e inovação. Com o tempo, as empresas que conseguem integrar práticas sustentáveis em suas operações não apenas contribuem para um futuro mais verde, mas também podem se beneficiar de uma imagem de marca mais positiva e de uma maior lealdade dos consumidores.
Conclusão
Em conclusão, o desenvolvimento sustentável se apresenta como uma abordagem essencial para garantir que as necessidades das gerações presentes sejam atendidas sem comprometer a capacidade das futuras gerações de atenderem suas próprias necessidades. Ao longo deste trabalho, foi possível observar a interconexão entre aspectos sociais, econômicos e ambientais, evidenciando que a sustentabilidade não é apenas uma questão ambiental, mas um compromisso com a justiça social e a equidade econômica.
As práticas sustentáveis discutidas, como a utilização de energias renováveis, a promoção da economia circular e a conservação da biodiversidade, demonstram que é possível conciliar crescimento econômico com a preservação dos recursos naturais. Além disso, a conscientização e a educação ambiental são fundamentais para engajar a sociedade na construção de um futuro mais sustentável.
Portanto, é imperativo que governos, empresas e cidadãos trabalhem juntos para implementar políticas e ações que promovam o desenvolvimento sustentável. Somente assim poderemos construir um mundo mais equilibrado, justo e resiliente, capaz de enfrentar os desafios globais do século XXI. O futuro depende das escolhas que fazemos hoje, e é nossa responsabilidade garantir que essas escolhas sejam guiadas por princípios de sustentabilidade.
Referências
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ELKINGTON, , J. . Canibais com Garfo e Faca . São Paulo : Makron Books, , 2001 .
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MACKEY , John ; SISODIA , Rajendra . Capitalismo consciente: O espírito heroico dos negócios. . Rio de Janeiro : Alta Books Editora, , 2018 .
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