colégio adventista de são bernardo do campo
DOENÇAS DA ÉPOCA E A REVOLTA DA VACINA
Orientador:
Carlos Alberto da Silva Paiva Nascimento
Resumo
A Revolta da Vacina foi um motim popular ocorrido entre 10 e 16 de novembro de 1904 na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil. Seu pretexto imediato foi uma lei que determinava a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola, mas também é associada a causas mais profundas, como as reformas urbanas que estavam sendo realizadas pelo prefeito Pereira Passos e as campanhas de saneamento lideradas pelo médico Oswaldo Cruz.
Palavras-chave: revolta. vacina. varíola.
Introdução
O motivo que desencadeou a revolta foi a campanha de vacinação obrigatória, imposta pelo governo federal, contra a varíola. A situação do Rio de Janeiro era precária e a população sofria com a falta de um sistema eficiente de saneamento básico.
mary del priore
A população carioca erguia a ´´bandeira contra a modernidade imposta de cima para baixo´´ quando, em 1904, tantos protestos sucederam no levante que tomou conta da capital republicana.
Bairros portuários como os da Gamboa, Santo Cristo, e Saúde cobriram-se de trincheiras. Houve confusão e briga também no centro do Rio de Janeiro. O cenário após os alvoroços era assustador; bondes tombados, trilhos arrancados, calçamento e postes de iluminação destruídos. Eram paisagens da chamada Revolta da Vacina, que acabaram, além das perdas materiais, em 23 mortos e 90 feridos.
O trabalho sanitarista de Oswaldo Cruz foi especialmente eficaz, agindo contra as epidemias.
Em 1894, no auge de um surto de febre amarela, aproximadamente 5 (cinco) mil pessoas morreram. Dez anos depois, com as ações elevadas pela Prefeitura do Distrito Federal, os números foram reduzidos completamente. As rimas populares citadas pelo historiador Pedro Calmon, relatavam:
´´Ficou em estado de sítio
A Capital Federal,
Com espaço de trinta dias
O medo era geral!
Com a prisão dos revoltosos
Voltou a paz afinal´´.
um grande laboratório racial
Era essa a imagem do Brasil no final do século XIX. Construída pelos inúmeros viajantes que aqui estiveram, essa alusão a um país de raças híbridas encontrava também acolhida entre os cientistas nacionais, que se congregavam nos diversos centros de ensino e pesquisa: os institutos históricos e geográficos, os museus etnográficos, as faculdades de direito e de medicina. Adotando modelos do determinismo racial coube a esses intelectuais, porém, o estranho papel de difundir um extremo pessimismo no que tange ao futuro dessa nação mestiça. O desafio desse artigo, portanto, é compreender a originalidade do pensamento local, como também a convivência inesperada entre dois modelos supostamente antagônicos: liberalismo e racismo.
PASSAGEM DO SÉCULO XIX PARA O SÉCULO XX
O Rio de Janeiro, na passagem do século XIX para o XX, era ainda uma cidade de ruas estreitas e sujas, saneamento precário e foco de doenças como febre amarela, varíola, tuberculose e peste. Os navios estrangeiros faziam questão de anunciar que não parariam no porto carioca e os imigrantes recém-chegados da Europa morriam ás dezenas de doenças infecciosas.
Ao assumir a presidência da República, Francisco Pereira de Paula Rodrigues Alves instituiu como meta governamental o saneamento e reurbanização da capital da República. Para assumir a frente das reformas nomeou Francisco Bicalho para a reforma do porto e Paulo de Frontin para as reformas no centro. Rodrigo Alves nomeou ainda o médico Oswaldo Cruz para o saneamento.
O Rios de Janeiro passou a sofrer profundas mudanças, com a derrubada de casarões e cortiços e consequente despejo de seus moradores. A população apelidou o movimento de ´´bota-abaixo´´. O objetivo era a abertura de grandes bulevares, largas e modernas avenidas com prédios de cinco ou seis andares.
Ao mesmo tempo, iniciava-se o programa de saneamento de Oswaldo Cruz. Para combater a peste, ele criou brigadas sanitárias que cruzavam a cidade espalhando raticidas, mandando remover o lixo e comprando ratos. Em seguida o alvo foram os mosquitos transmissores de febre amarela. Finalmente, restava o combate á varíola. Autoritariamente, foi instituída a lei de vacinação obrigatória. A população, humilhada pelo poder público autoritário, e violento, não acreditava na eficácia da vacina. Os pais de família rejeitavam a exposição das partes do corpo a agentes sanitários do governo.
A vacinação obrigatória foi o estopim para que o povo, já profundamente insatisfeito com a ´´bota-abaixo´´ e insuflado pela imprensa, se revoltasse. Durante uma semana, enfrentou as forças da polícia e do exército até ser reprimido com violência. o episódio transformou, no período de 10 a 16 de novembro de 1904, a recém reconstruída cidade do Rio de Janeiro numa praça de guerra, onde foram erguidas barricadas e ocorreram confrontos generalizados.
HIGIENE E SAÚDE COMO INSTRUMENTOS POLÍTICOS
A Revolta da Vacina é um movimento comumente citado como tendo sido uma reação de cunho exclusivamente popular, encorajada pelo descaso das autoridades para com a higiene e a saúde. Esse ´´abandono urbano´´ pelo qual passava o Rio de Janeiro não foi combatido apenas com soluções práticas e diretas de higienização de casas, ruas e mercados, mas com uma lei institui a obrigatoriedade da vacinação, provocando desconforto popular diante da agressividade da medida, elemento, teoricamente, propulsor da revolta. Entretanto, mais do que um movimento de indignação popular contra as decisões governamentais, a Revolta da Vacina no Rio de Janeiro determinou uma comoção sediciosa que emergiu em meio a um contexto de confrontos políticos entre as autoridades brasileiras, conflitos que foram relatados diariamente pela imprensa, pretensamente, preocupada em zelar pela saúde pública e também em definir suas posições políticas. Diante disso, este escrito pretende analisar esse acontecimento a partir de um ponto de vista político, acentuando de que forma parte da imprensa da época entendeu a Revolta da Vacina.
Conclusão
Podemos concluir com o filme ´´sonhos tropicais´´ que a realidade está mais evidenciada na área da saúde, com os problemas de falta de saneamento básico, e cuidados de higiene da população. Retrata o tráfico de mulheres da Europa para o Brasil, sobretudo da Europa Oriental, da Polônia e da Rússia trazidas enganadas de seus países para exploração sexual, alimentando uma rentável rede de prostituição.
Segundo Oswaldo Cruz, era necessária a criação de uma vacina adequada de combate á epidemia, para melhores condições de vida na cidade.
O fato da Vacina ter sido aplicada de forma autoritária e violenta, isso ajudou os opositores do governo a se aproveitarem do momento para ridicularizar o sanitarista, colocando a população que já estava insatisfeita, em posição formando uma manifestação popular o que resultou na Revolta da Vacina.
Referências
. Trabalho de Conclusão de Curso () – .
. revolta da vacina. Trabalho de Conclusão de Curso () – .
. Trabalho de Conclusão de Curso () – .
. Trabalho de Conclusão de Curso () – .
. Trabalho de Conclusão de Curso () – .
. Trabalho de Conclusão de Curso () – .
. Trabalho de Conclusão de Curso () – .
. Trabalho de Conclusão de Curso () – .