Sesi Unidade de Guarapuava
DEGRADAÇÃO DO SOLO
Introdução
O solo é um elemento essencial para nós, sendo um componente vital para a biosfera, pois é um excelente reservatório de água e nutrientes, sustenta vários biomas, e além disso o utilizamos na agropecuária, no entanto ele, como muitos outros recursos, não é infinito e renovável, por isso devemos ter um certo cuidado quanto a ele.
A degradação do solo é um processo que apesar de amplo consiste em tudo o que está relacionado com o desgaste de nutrientes do solo, problema que sempre ocorreu na história de nosso planeta por causas naturais (chuvas fortes, ventos, gelo, etc.), mas atualmente as ações antrópicas como a destruição de florestas, o uso de agrotóxicos, uso da agricultura intensiva e monocultora, a expansão desordenada das cidades, a mineração e as poluições orgânicas e industriais, estão acelerando os estragos, que acarreta em graves consequências para a vida terrestre, estes estragos podem ocorrer por fatores químicos (perda de nutrientes, acidificação, salinização.), físicos (perda de estrutura, diminuição da permeabilidade) e biológicos (diminuição da matéria orgânica).
Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil, 33% dos solos do mundo enfrentam degradação de moderada a grave, índice esse que é de 14% na América do Sul.
Desenvolvimento
A degradação do solo pode ocorrer por diversas maneiras, são elas:
Lixiviação: Acontece quando chuvas fortes levam grande parte dos nutrientes da terra, geralmente causado pela retirada da vegetação do local.
Assoreamento dos rios: Com a retirada das matas ciliares os sedimentos trazidos pelos agente erosivos acabam parando no fundo dos rios, quando ocorre chuvas mais fortes, o rio tem maior chance de causar inundações, varrendo os nutrientes das suas margens.
Esgotamento dos solos: Quando utilizamos o solo para a agropecuária de maneira incorreta acabamos por esgotar os nutrientes deixando ele infértil.
Erosão: Se caracteriza pela transformação e desgaste do solo devido a ações de agentes externos (chuva, vento, gelo, ondas, sol), mas que é intensificado pela ação humana.
Laterização: É o processo que provoca a formação de uma camada dura de hidróxido de ferro ou alumínio na superfície do solo. É causada, principalmente, pela decomposição de rochas.
Voçorocas: Acontece quando as chuvas torrenciais abre grande sulcos ou fendas no solo que normalmente não tem vegetação.
Salinização: Em áreas quentes onde o índice evaporação é maior do que o índice pluviométrico, acaba sendo deixado uma dura camada de sais na superfície.
Compactação: Ocorre com o aumento da densidade do solo e pela redução da porosidade e permeabilidade do mesmo, geralmente acontece quando o solo é submetido a uma intensa pressão (tráfego de tratores e máquinas agrícolas pesadas, pisoteio do gado, etc.)
Contaminação química: é consequência do uso indiscriminado de agrotóxicos, fertilizantes e pesticidas pela agricultura, e do descarte incorreto de resíduos industriais e de lixo eletrônico.
Desertificação: Consiste na evaporação da água em quantidades maiores do que o volume das chuvas, em regiões de clima árido e semiárido fenômeno parecido com a Salinização, a diferença é que a paisagem fica mais próxima a de um deserto.
Arenização: A arenização consiste na formação de bancos de areia em solos já de consistência arenosa, a remoção da vegetação, que protege e firma os solos e o uso do solo para a agropecuária intensiva aceleram esse processo.
Consequências
A degradação deixa o solo infértil, não podendo ser usado para a prática da agropecuária.
Aceleração do processo de desertificação em algumas áreas.
Desfiguração das paisagens naturais.
Risco de deslizamentos em morros sem cobertura vegetal.
Contaminação dos lençóis freáticos
Destruição da fauna e flora.
Alternativas
Reflorestamento: é o plantio de árvores e plantas em locais que anteriormente haviam sofrido desmatamento, o que traz vários benefícios: filtra os sedimentos, protege as beiras de rios, aumenta a porosidade do solo, aumenta a infiltração, diminui o escoamento superficial da água pelo solo, protege de ação prejudicial de outros agentes físicos, etc.
Adubação verde: Consiste no cultivo de plantas que posteriormente serão incorporadas ao solo através da decomposição, isso aumenta a quantidade de nutrientes do solo sem o risco de contaminação química do solo e dos recursos hídricos.
Rotação de Culturas: Ao alternar diferentes culturas e um período de descanso para o solo se evita o seu esgotamento, proporciona uma produção diversificada de alimentos, repõe a matéria orgânica do solo, entre outros.
Curvas de Nível: Consiste em fazer várias linhas de plantas dispostas em diferentes alturas, o que cria obstáculo à descida de água em enxurradas que possam varrer os minerais e além disso aumenta a infiltração da água no solo.
Conclusão
Ao fazer o trabalho chegamos a conclusão que o solo é um meio muito importante para o sustento da vida humana, se não o conservarmos teremos séria dificuldades no futuro, as alternativas apresentadas são uma ótima solução para o problema, pois atende aos três critérios básicos da sustentabilidade: o Ambiental, Social e Econômico. Cabe então à nós saber empregar esse comportamento de maneira adequada, ajustando os fatores corretamente, para que assim possamos proteger o nosso futuro.